#3

- Vou ter saudades tuas… - Joe estava abraçado à rapariga à frente do grande Hotel.
- Eu também… mas sempre me podes ir visitar. – sorriu-lhe beijando a bochecha direita do rapaz. – Sim, Joey?
- Sim, Mel. - sorriu-lhe – Amo-te, miúda!
- Eu também te amo óh melhor amigo! – riu-se e abraçou-o novamente.

Entrou no Hotel e dirigiu-se ao quarto que David lhe houvera falado.
- Posso? – perguntou depois de bater à porta.
- Entra. – disse um rapaz, cabelos castanhos escorridos e olhos verdes. – Olá, suponho que sejas a Melanie… - sorriu-lhe aproximando-se dela.
- Sim, e tu és… o Georg, certo? – riu-se tentando lembrar-se das fotos e dos nomes que houvera estado a ver com Joe. Deu-lhe dois beijinhos.
- Yup, em pessoa! – apontou o próprio corpo. Riram.

- Oh Hobbit viste o Bill? - entrou Tom de rompante no quarto. – Estás acompanhado?! – riu-se. Melanie olhou-o.
- É! Atão não vês? – gozou Georg olhando a rapariga, esperava que ela não levasse a mal.
- És o Tom certo? – perguntou Melanie olhando o rapaz.
- Sim… eu não te conheço? – Tom tinha a sensação de já a ter visto em algum lado, mas onde?
- Cruzaste-te comigo à dois anos atrás neste mesmo Hotel.
- Wow. – Georg ficou parvo.
- Pois foi. – Tom lembrou-se, aqueles olhos não se esqueciam, mas se não estava enganado tinha-a visto loira e de roupas justas, não de cabelo negro e t-shirts mais largas. – És a Melanie não é? – perguntou – A sobrinha do David?
- Sim, sou eu! – sorriu ao rapaz de tranças negras, quando se houvera cruzado com ele tinha rastas loiras, ao que parecia também ele tinha deixado alguma coisa para trás e tal como ela tinha optado pela cor negra. Porquê? – Que é feito do meu tio? – perguntou sentando-se na cama, visto ser o único sítio onde alguém se podia sentar, afinal o resto do quarto tinha malas até dizer chega.
- Deve estar aí a chegar, cruzei-me com ele há bocado e disse que não demorava. – respondeu Tom. – Já agora és portuguesa?
- GEORG!!! – ouviram berrar do lado de fora da porta.
- Eh lá que é que me querem? – perguntou com cara de susto aos outros dois.
- De qualquer das maneiras é melhor ires ver… - riu-se Tom.
- Sim. Até já! – sorriu a Melanie e saiu do quarto encontrando Gustav fora deste de mãos na cintura e cara de poucos amigos.

- E? – perguntou Tom.
- E o quê? – riu ela. Tom sorriu, ela tinha uma gargalhada fantástica.
- És portuguesa?
- Ah. – sorriu. – Metade. A minha mãe era…
- Era?
- Sim, - olhou os olhos dele, bastante similares aos seus – morreu há uns anos.
- Desculpa, não sabia. – Tom reprimiu-se interiormente por ter tocado em tal assunto.
- Não faz mal. É passado. – sorriu, tinha visto que Tom tivera ficado incomodado com a revelação. Tom sorriu-lhe também.
- Mas falas bem alemão, tens uma pronúncia sexy! – Melanie soltou a segunda gargalhada verdadeira depois de estar na companhia de Tom. Gostava de estar com ele, afinal lembrava-lhe Joe.
- Sexy?
- Sexy. – confirmou olhando-a. Se bem se lembrava do corpo dela até que nem perdia nada em experimentá-la…
- Mel! – David tinha entrado no quarto seguido de Bill, Gustav e Georg. – Então estás bem? – abraçou-a.
- Muito! – sorriu, toda a vida agora seria enfrentada com um sorriso e nunca lágrimas. – E agora vocês devem ser o Gustav e o Bill! – apontou respectivamente a figura de cada um.
- Ya! – Gustav levantou a mão e Bill aproximou-se dela dando-lhe dois beijinhos.
- Bem pessoal como já todos sabem esta é a Melanie, vem connosco para a Alemanha e vai em Tour connosco! – informou.
- Em Tour? – perguntou a própria.
- Sim. Viemos apenas buscar-te. – “Wow!” Melanie nunca pensou nisso, mas agora que o via tão perto era óptimo! Isto queria dizer que iria viajar pelo mundo com umas das maiores estrelas mundiais! “BRUTAL!” pensou.

(…)

- Ok, este é o teu quarto pode ser Melanie? – perguntou David.
- Claro!
- Divides o bus com o Bill e o Tom, porque é o mais espaçoso, sim? – perguntou novamente.
- Sim!
- Vai ser divertido! – meteu-se Bill.
- Claro! Vai ser brutal! – disse Tom.
- Sim… vai ser bom. – Mel sorriu. – Qualquer coisa é melhor que… - olhou David e interrompeu-se, não iria falar daquilo, não iria remexer no passado que quase estava esquecido.
- Que…? – perguntou Tom curioso.
- Não sejas cusco! – Melanie riu-se em tom de brincadeira.
- Uhh tens concorrência Tommy! – gozou Bill.
- Melanie, Melanie… - passou um braço pelos ombros dela - … tens que aprender que aqui quem manda sou eu! Ok? – olhou-a seriamente, e tanto Mel como Bill se descascaram a rir, já David olhou-os, não estaria Tom a abusar da sorte?
- Bem divirtam-se. – David deixou o bus e entrou no seu, deixando-os conhecerem-se, e sinceramente apesar dos abusos do Kaulitz mais velho tinha certezas que se iriam dar bem.

- Bem vou descobrir isto algum de vocês quer vir comigo? – perguntou Melanie.
- Eu vou! – ofereceu-se Tom trocando um olhar com o irmão. “Ui, ele tem alguma na manga!” pensou Bill.
- Então mostra-me isto que eu acho que me perco. – sorriu. Tom sorriu apenas por a ver sorrir, ela tinha um sorriso tão puro, tão verdadeiro, tinha a sensação de que ela não sorria muitas vezes mas de quando o fazia fazia-o com a alma.
- Eh que exagero! Isto até é pequenino… - começaram pela sala improvisada, pela mini casa de banho, e subiram ao andar de cima. Melanie não podia ficar mais deslumbrada com aquilo que via. Estava tudo muito bem organizado, muito limpo e era enorme! Coisa a que Melanie não estava acostumada.
- Ainda dizes que é pequenino?! – perguntou-lhe espantada. Tom riu.
- E não é?
- Estás habituado a luxos, está comprovado. Mas eu não. – olhou-o e limitou-se a responder entrando naquele que David lhe houvera dito ser o seu quarto. Sentou-se na cama e observou Tom passar pela porta dirigindo-se novamente ao andar de baixo.
- Luxos? – murmurou Tom para consigo mesmo. – Se calhar… - sentou-se numa das cadeiras depois de passar pelo frigorífico e apanhar uma garrafa de Coca-Cola.
- Que cara. – observou Bill sentando-se ao lado dele.
- A fama não te sobe à cabeça de vez em quando? – perguntou.
- Han? – Bill estranhou a pergunta. “Mas que raio?”
- Não te sobe à cabeça a fama? Não te afecta demais de vez em quando?
- Assim-assim. – respondeu encolhendo os ombros. – Porquê?
- A miúda acha-me demasiado habituado a luxos.
- E até és. – disse Bill olhando-o. – Tu, eu e qualquer famoso a partir do momento em que o dinheiro pode comprar a maior parte do mundo!
- O dinheiro compra tudo, Bill. Tudo, não é só a maior parte do mundo. – deu uma golada na bebida gaseificada, soluçando a seguir.
- Não, não compra o amor por exemplo.
- Lá vens tu e as tuas lamechices! – resmungou.
- Hey! Fiz-te algum mal ou o quê? – perguntou olhando o rapaz mais velho 10 minutos que ele. – A miúda deixou-te assim só por te dizer que estavas habituado a luxos, Tom? Tu não és assim! – observou.
- Ok, mas se tu visses o olhar dela ao dizer aquilo, parecia que me desprezava ou algo parecido. – levantou-se e caminhou por aquele corredor.
- Tu estás doente, é a única coisa que te digo.
- Até pode ser, mas ela não me pode odiar!
- Ela não te odeia, fez apenas uma observação! Bastante correcta até! – disse Bill encolhendo os ombros concordando com o que Melanie aparentemente tinha dito ao irmão. – Mas e se ela te odiasse, qual era o problema há tanta gente que te odeia!
Tom virou-se e encarou o irmão. – Sim, mas não quando estou interessado nelas! – respondeu bruscamente.
- Tom, é sobrinha do David! Mesmo assim queres ter sexo com ela?
- É mulher, não é por ser sobrinha do David que eu não a posso ter. – sentou-se e falou mais calmamente. – Há qualquer coisa nela… um mistério qualquer…
- Ela trás história, e disso posso-te dar certezas. Aquilo de querer apenas viajar não é real, há algo por detrás desta vida dela.
- Tens razão… e eu vou saber o que é.