quarta-feira, 19 de maio de 2010

#13



“É hoje?”
Tinha certezas que aquela pergunta mental que fizera àquela rapariga tivera tido uma resposta afirmativa. Estava deitado na sua cama de Hotel à espera que os rapazes e Melanie chegassem. Tinham combinado jantar todos juntos ali, e no entanto o pensamento de ver Melanie chegar ao seu quarto e, que provavelmente, viria com intenções diferentes estavam a matá-lo de curiosidade.
Já ter visto Melanie em biquíni, e após isso ter imaginado o seu corpo nu sobre o dele, deixavam-no ainda mais curioso e excitado com a situação em que se encontrava. Era ela, e ia ser sua naquela noite.

**
- MEL!! – Joe berrou do outro lado da linha. – Então, amor tudo bem? – perguntou de forma carinhosa como sempre a tratava.
- Muito bem. – suspirou. – E tu?
- Esse suspiro Mel, já tiveste alguma coisa com o Tom?!
– perguntou logo escondendo um sorriso.
- Não! – riu-se – Mas esta noite…
- Vais ter esta noite?!
- Meu, fazes-me lembrar as velhas cuscas!
– riu e Joe acompanhou-a. – Mas sim, eu quero tê-lo esta noite.
- Estás muito saidinha da casca minha menina! Tu é que o queres ter?
– sorriu.
- Ele coiso. – limitou-se a responder.
- Oh sim, queres que eu decifre é? – riu-se.
- Oh, ele também me quer, percebes? E acho que é o rapaz ideal para a minha primeira vez. – sorriu. Sim, gostava dele e da maneira de ser dele, porque não?
- Que bom, querida! – saiu-lhe numa voz fofa.
- Estou nervosa…
- É normal, Mel mas de certeza que ele te vai pôr à vontade. Ele sabe que tu és virgem
? – perguntou.
- Sim, eu contei-lhe.
- E a tua história, não tens vontade de lhe contar?
– perguntou adivinhando o que já circulava na cabeça de Melanie à dias!
- Quero, mas não sei como. E é muito forte…
- Não é ele que te adormece muitas vezes? Não é ele que te ajuda? Não é ele que goza contigo e tu retribuis?
– riu-se.
- Sim.
- Então talvez ele mereça…
- Sim, eu quero tanto fazê-lo mas tenho medo do que ele possa pensar, percebes Joey?
- Sim, percebo-te, mas não podes esconder-te para sempre, já para não falar em como as coisas andam com o teu pai. Eu não sei dele nem nada, por isso não sei se já desconfia de alguma coisa.
- Eu preciso de pôr esse sujeito na prisão.
– tomou consciência das próprias palavras e concordou consigo mesma. – Preciso e vou fazê-lo.
- Concordo. Mas como?
- Não sei
. – suspirou – Agora tenho que ir jantar com eles…
- Uuhh e a seguir ter o Tom como sobremesa.
- Oh yeah!
– riram-se.
**

- Vens? – Bill tinha parado à porta dela no momento em que Melanie saía.
- Sim. – sorriu-lhe e seguiu-o. Entraram no quarto de Tom, que permanecia deitado na cama de braços cruzados atrás da cabeça, e mirava um ponto no tecto.
- TOMMY! – Bill saltou para cima dele e Melanie descascou-se a rir.
- Hey puto olha lá que és pesado! – afastou-o com as mãos.
- Pesado? – Melanie descaiu o queixo. – Mais pesada sou eu! – disse.
- Oh sim, mas tu coise, não saltas para cima de mim nestes modos! – levantou-se da cama e arranjou as roupas que o irmão tirara do lugar.
- Até parece que tu não querias. – Bill encolheu os ombros e sentou-se na cama mirando os outros dois que se olhavam.
- Isso não é para aqui chamado. – Tom despachou e Melanie suspirou olhando-o – Os outros dois? – perguntou ouvindo de seguida a porta a ser batida. – Abram! – disse.
Georg e Gustav entraram no quarto e imediatamente o clima arrefeceu. A atmosfera densa e perigosa que se tinha formado pela boca do Bill e pelo descontrolo dos corações dos dois envolvidos na piada, pouco oportuna, tinha realmente desaparecido.

*


- Digam-me que vamos gastar o jantar a jogar! – sorriu Georg depois de se empanturrar em comida.
- Oh sim, não me faltava mais nada! – era Gustav – Nem penses! – disse.
- Desmancha-prazeres. – refilou.
- Eu posso jogar. – disse Melanie.
- Tu és boa em tudo, aposto que lhe ganhas, por isso estou do teu lado! – era Bill.
- Pronto, vais perder, Ge! – riu Tom.
- Queres? – perguntou Mel.
- Quero. – sorriu-lhe e no momento seguinte retirou o telemóvel do bolso esboçando um olhar carinhoso e um sorriso adorável que fez Melanie e Bill sorrirem.
- ALERTA NAMORADA! – gritou Tom rindo. Os outros três riram também e Georg virou costas.
- Jogamos outro dia Melanie! – sorriu antes de sair do quarto e atender.
- Reduzidos a quatro. – suspirou Bill.
- A três, tá? Eu vou para o quarto, dão-me licença?
- Vais exercitar a mão Gusti?
– perguntou Tom fazendo-lhe olhinhos pela piada perversa.
- Não existes! – ele riu-se - Até amanhã!
- Eu não vou ficar a fazer de vela, pois não
? – perguntou Bill.
- Porque raio havias de o fazer? – perguntou Tom.
- Sei lá com vocês nunca se sabe, mais vale perguntar antes de fazer asneira! – disse com um ar angelical.
- Parvo! – Melanie empurrou-o num encontrão amigável.
- Oh, tu gostas! – sorriu-lhe. Melanie aproximou-se de Bill e depositou-lhe um beijo na bochecha.
- Sabes que sim! – riu-se.
- Hey hey, eu também estou aqui, tá? – era Tom que se ria.
- Pronto já ficou com ciúmes! Ela é toda tua, mano! – riu-se e dirigiu-se à porta do quarto. – E eu não vou mesmo ficar a fazer de vela. – sorriu-lhes e saiu.

Tom olhou a rapariga e sentiu de imediato uma vontade animal de a agarrar e possuir ali mesmo. Sentiu-se como canibal sexual, queria mesmo ter Melanie naquele momento. A maneira como ela corara com a boca de Bill, a maneira como os seus movimentos eram retraídos, a maneira como sorrateiramente o olhava à espera que ele avançasse, sentia-se realmente impelido em beijá-la e tê-la durante o resto da noite.

Melanie estava num nervosismo que nunca sentira, estava numa situação em que nunca estivera e, sentir Tom observá-la ao pormenor, não estava a ajudar. Podia sentir as suas bochechas arderem, de tão vermelhas que deviam estar, e sentia o coração palpitar de forma enervante no seu peito. Virou um pouco o corpo e os seus olhos cruzaram os de Tom. “E agora?”

- Nervosa? – Tom sentou-se na cama e fez-lhe sinal para que também ela se sentasse.
- É normal, não? – perguntou.
- Suponho que sim. – sorriu-lhe deitando-se sobre a cama. Melanie deitou-se ao lado dele.
- Queres mesmo fazer isto comigo? – perguntou Tom virando-se de lado, pousando a cabeça na mão apoiada pelo cotovelo no colchão.
- Quero. – virou-se para ele. – Não sei o que é mas há qualquer coisa em ti… - não terminou a frase e deixou que Tom a puxasse para cima de si pela cintura.
- Não fales. – sussurrou sugando-lhe o lábio inferior como já se habituara a fazer. Levou-lhe as mãos à t-shirt e fê-la subir pelo seu tronco. Acariciou o seu peito e a sua barriga da forma mais pausada a que se permitia, afinal não sabia quando voltava a sentir aquele corpo perfeito que, desde que vira, desejava. Deixou-se levar pelo seu corpo e pelos seus sentimentos. Sabia que Melanie não era apenas mais um corpo que possuía durante uma noite, e sabia que depois daquilo que ambos iriam partilhar, não se iria privar de a abraçar pela cintura e colocar-se bem colado a ela para adormecer da melhor maneira possível. Virou-a na cama e deixou que as mãos dela lhe arrancassem a t-shirt do corpo e lhe apalpassem os abdominais definidos tal como os braços musculados.
Melanie aproveitou todos os momentos para nunca largar os lábios dele, eles tinham qualquer coisa que a ligavam a ele de maneira especial e bonita. Tom tinha todos os toques possíveis e imagináveis num homem. Tinha um bom corpo, beijava bem, dava-se bem com ela, ajudava-a quando ela precisava e poderia não parecer aos olhos de muitos, mas era sensível. Levou mais uma vez os seus lábios aos dele, trincando-lhe o piercing, e deixou que mais tarde Tom percorresse o seu tronco a beijos.
Tom removeu-lhe as largas e negras calças e beijou a ferida que houvera sido feita por aquela queda de mortal, sabia que nela os seus lábios tinham poderes curativos. Arrastando, depois, os lábios pela sua anca sentiu as duas palavras que Melanie ali tinha tatuadas.
- O que dizem? – perguntou num suspiro, sentido a sua voz fraquejar pelo facto de realizar, literalmente, um sonho. Agora tinha esperanças que ela lhe dissesse o seu significado e não mandá-lo passear, como fez na piscina.
- Passado esquecido. – Melanie falou, em português, também ela com a voz já um tanto pesada.
- Que é que isso quer dizer? – perguntou subindo pela sua barriga, brincando com a língua no seu umbigo e chegando aos seios, agora desprovidos de soutien. Melanie gemeu e traduziu a frase. Tom parou e olhou-a. – Porquê? – ela apenas lhe sorriu.
- Um dia conto-te. – abraçou-o pelo pescoço e deu-se ao luxo de o virar ela na cama. Acabou de o despir e deixou que Tom livrasse o seu corpo das roupas que começavam a queimar-lhe a pele.
Tom deitou-se sobre o corpo de Melanie e roçou os lábios no seu ouvido.
- Se te magoar, avisa, está bem? – sussurrou.
- Está bem. – Melanie sussurrou de volta e deixou-se invadir pelo corpo másculo e forte de Tom. Aproveitou a noite, e gozou de tudo aquilo a que tinha direito na sua primeira vez… psicológica.
Não deixou de soltar uma interjeição, talvez de prazer, ao sentir Tom dentro de si.
- Magoei-te? – perguntou preocupado parando o movimento e olhando-a nos olhos.
- Não… - sussurrou com um sorriso que derreteu Tom - … continua. – ele obedeceu-lhe e entregou-se.

Tom deixou-se cair sobre o corpo suado de Melanie tentando controlar a sua ofegante respiração. Estava cansado, muito mais que qualquer noite de sexo lhe dava, mas tinha um estúpido sorriso na cara. Esta noite tinha dado o triplo do normal e podia sentir que tinha sido recompensado.
Melanie abraçou o corpo cansado de Tom e beijou-lhe carinhosamente a testa.
- Obrigada. – sussurrou.
- Achas que tens que agradecer? – perguntou Tom pousando o queixo no peito dela – Eu é que tenho, realizaste um sonho meu e ainda por cima foi a melhor noite de sempre! – brincou.
- Oh não gozes! – apanhou as suas cuecas do fundo da cama e voltou a deitar-se, cobrindo o peito.
- Não estou a gozar! – sorriu-lhe vestindo os boxers deitando-se ao lado dela, permitindo que Melanie se aninhasse no seu peito e se deixasse dormir.
- Ainda bem. – sussurrou.

2 comentários:

  1. Conseguiram *.* (':
    que fofinho que é o Tommy *w*

    é engraçado como eu me imagino a escrever esta história de uma forma bem diferente da tua! Não é mau, até é muito bom sentir isso (:
    tens uma escrita muito boa miúda *.*
    e agora vou ler o último :D

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