sábado, 29 de maio de 2010

#16


Uma semana, uma semana passara desde aquele telefonema que ela tentara esquecer. Tentou e quase conseguiu. Tom e Bill, que eram os que sabiam de tudo, e David, que também já estava informado e já se comprometera a tratar de tudo para prender aquele cretino, animavam-na da melhor forma. E Melanie sorria, ria e continuava a dançar, podia mesmo jurar que se esquecia do mundo quando estava com eles. Os pesadelos desapareceram momentaneamente, e sentia-se leve.
Estava deitada numa espreguiçadeira do Hotel em que estavam hospedados, enquanto os rapazes acabavam as entrevistas.
O seu pensamento recaía cada vez mais em Tom, cada vez mais necessitava de beijar aqueles lábios, e cada vez mais sentia que precisava de o ter por completo novamente. No entanto, não seria estranho estar a pedir a Tom que tivesse sexo consigo? Talvez fosse esquisito, mas se já conhecia algo dele, sabia que não iria recusar o convite. Mesmo assim o seu pensamento estava bloqueado naquilo, mas de qualquer das formas o mais certo era ele já ter esquecido tudo e nem se importar mais com ela. “Não acredito.” E não, o seu consciente não acreditava naquilo que o cérebro processava. Não dava, simplesmente, não dava. Era um facto que não namoravam, apenas curtiam de vez em quando, em plena cozinha do Bus, mas não era nada mais que isso, uns beijos e umas apalpadelas. Riu-se com o pensamento, ter Tom de novo sobre si, devia ser bom de sentir.

Manteve-se concentrada na música que entrava pelos seus ouvidos, devido aos fones, que tinha ligados ao seu iPod.

Tom chegara, nos seus calções de banho, à zona da piscina onde Melanie se encontrava. Olhou à volta e não viu ninguém à excepção daquela rapariga morena, de corpo definido e tonificado, que envergava, desta vez, um biquíni roxo e branco. “Posso fazer o que quiser!” pensou com uma gargalhada para si mesmo, afinal era só ele, Melanie e a piscina. Aproximou-se dela devagar e ao reparar que era impossível ela ouvir fosse o que fosse, devido aos fones, correu até ela e pegou no seu corpo ao colo, saltando para a piscina com Melanie nos braços.

Melanie sentiu alguém pegar no seu corpo ao colo e abriu os olhos instantaneamente, deixando os fones e o aparelho sofisticado cair no chão, ao lado da espreguiçadeira onde estava. Apercebeu-se da pessoa que a agarrava e que, no momento, saltava para a piscina consigo nos braços: Tom.
- És louco! – subiu à superfície e, torcendo o cabelo e limpando os olhos, olhou-o.
- Como se tu não gostasses! – aproximou-se dela com um sorriso e enlaçou-a pela cintura, fazendo-a recuar lentamente até embater numa das paredes da piscina deserta. Melanie riu-se e sentiu os lábios de Tom embaterem contra os seus. “Acho que não esqueceu mesmo!” sorriu interiormente. Sim, gostava dele, gostava até demasiado dele, gostava dele daquela maneira que nunca se permitiu gostar. Nunca ligou a rapazes, facto que ela era bastante bonita e segundo muitos rapazes era boa, mas ela simplesmente os mandava dar uma volta. Até aos seus 18 anos, o termo rapaz apenas existiu com um sinónimo: Joe, o melhor amigo.
Quebrou o beijo e deixou que Tom encostasse mais o corpo ao dela. Melanie começava a ferver, não conseguia resistir a Tom a partir do momento em que ele usava as suas mãos no corpo dela. Era mágico. Suspirou de encontro aos lábios dele e levou as mãos às suas costas, arranhando-as suavemente. Sabia que Tom gostava disso, pois imediatamente o sentiu respirar pesadamente no seu pescoço e, com todas as intenções, deixar-lhe um chupão bem vermelho um pouco acima do ombro.
Mel afastou-se dele e olhou-o nos olhos, no entanto permitindo que as mãos de Tom continuassem presas à sua cintura.
- Que foi? – ele perguntou.
- Nada. – encolheu os ombros e beijou-o – Só me apeteceu olhar para ti. – sorriu-lhe e Tom riu-se.
- É por eu ser todo bom, não é?
- Sim, Tom é por isso. – riu-se e beijou-lhe o ombro. Tom agarrou-lhe a face por entre as mãos, deslizando-as da sua cintura até à cara. Beijou-a. Apenas a beijou com tudo aquilo que achava que ela merecia. Cada vez que estava com Mel sentia-se impelido de a beijar, de sentir aqueles lábios e de a ver sorrir após o beijo. Gostava de ver todo o seu corpo, facto, mas adorava muito mais a pessoa que ela era na totalidade. E por muito estúpido que pudesse soar, adorava a pessoa que ele era quando estava com ela. Parecia mais maduro e muito mais completo. Sentia-se bem a adormece-la, sentia-se bem em saber que ele próprio dormia mais descansado se a tivesse ali, perto do seu coração a sentir a sua respiração. Agora, naquele preciso momento, mais nada existia além dela e da sua beleza latina.
- Eu sei que é verdade. – voltou à conversa deslizando as mãos de novo até às ancas de Melanie.
- Não sejas convencido, óh! – atirou-lhe água contra as costas, que já tinham tido tempo de secar com o sol que fortemente embatia neles.
- Está fria! – queixou-se arqueando as costas. Ela riu-se e empurrou-o ligeiramente, de modo a que Tom mergulhasse. Até se tinha saído bem, só não esperava é que Tom levasse a sua perna com ele e, consequentemente, a puxasse também a ela.
- Hey! – protestou.
- Foste tu que começaste, não tenho culpa! – elevou as mãos no ar e atirou-lhe água novamente.
- Olha a graça! – riu-se e retribuiu a água. Tom chegou-se a ela novamente. Estar numa piscina, com uma rapariga linda e totalmente sozinhos não era propriamente uma rotina, por isso havia que aproveitar. Beijou os lábios dela e deixou que fosse Melanie a encostá-lo à parede. Entreabriu as pernas para que ela se encaixasse em si, e forçou Melanie a entreabrir os seus lábios de modo a que ele pudesse brincar com a sua língua. Levou as mãos às costas da rapariga e tentou-se a desapertar-lhe os fios da parte superior roxa do biquíni. Devia? Quebrou o beijo e olhou-a nos olhos, como que lhe perguntando se podia avançar.
Melanie sorriu-lhe ao saber o que ele queria. Levou as mãos aos calções de banho de Tom e brincou com os atilhos. Tom riu-se, sim estava completamente à vontade para fazer o que quisesse com ela, aquele sorriso tinha-lhe dito tudo. Desapertou o biquíni dela e deixou que a pouca movimentação da água da piscina levasse a peça de roupa. Passou as mãos pelo corpo da rapariga e deixou-se brincar com todas as suas curvas. Cada curva que encontrava parecia mais perfeita que a anterior, podia já ter ido para a cama com muitas mulheres, mas o corpo em que agora tocava era certamente o mais perfeito e o que melhor lhe enchia as medidas.
Mel desapertou os calções de Tom e tirou-lhos. Seria possível ir realmente fazer o que ia fazer, numa piscina? Riu-se sensualmente ao sentir Tom atacar de novo o seu pescoço. Ao que parecia até era. Passou novamente as mãos por todo o corpo de Tom e deixou que ele lhe desapertasse os fios brancos do biquíni que ainda tinha vestido. Estava nua dentro de uma piscina de hotel, juntamente com Tom. Achava-se louca. No entanto, uma louca saudável.
Tom virou-a contra a parede da piscina e passou as suas mãos húmidas pelos ombros, peito, barriga e coxas de Melanie, antes de a agarrar pela cintura e de se dar ao prazer de a consumir ali mesmo.
Entrou nela e sentiu Melanie rodear o seu pescoço com os braços, suspirando contra eles. Sorriu, adorava o impacto que tinha nela.

Deixaram-se levar pelo prazer que era sentirem-se e pela excitação acessória que a água lhes conferia. Era um dos melhores sítios para ter sexo, segundo Tom, por isso se para ele ter Melanie como sua era bom, tê-la como sua na água era totalmente o paraíso.
Investiu nela uma última vez até sentir Melanie ceder e o seu próprio corpo enrijecer para no segundo seguinte descontrair. Ofegou pesadamente contra o peito de Melanie e deixou que ela descansasse a cabeça no seu ombro. Olharam-se, sorriram, beijaram-se e vestiram-se. “Foi de loucos!”

Estavam sentados na beira da piscina, simplesmente conversavam sobre um tema qualquer para não abordarem o que tinham acabado de fazer, pela segunda vez.
- TOM?! – ouviram Bill berrar, seguido de David, Georg e Gustav.
- Sim? – voltou-se para eles, visto estarem de costas.
- Temos que reunir, puto! – era David.
- Ok. – levantou-se. – Tu vens? – estendeu a mão a Melanie que a aceitou com um sorriso.
- Sim. – Tom dirigiu-se imediatamente ao corredor que lhes era reservado, única e exclusivamente a eles (talvez por isso a piscina estivesse vazia!), e Melanie passou antes pela espreguiçadeira alcançando o Ipod. – Vão onde agora? – perguntou a Bill, que imediatamente reconheceu um chupão um pouco abaixo do pescoço da rapariga.
- Wow. – olhou a mancha e seguidamente Tom.
- Que foi? – perguntou Tom ao olhar o irmão. Melanie também não percebeu o que era.
- Isto. – pousou a mão no chupão da rapariga.
- Que tem? – perguntou Mel.
- O chupão. – sussurrou Tom rindo.
- Ah, pensei que era outra coisa! – riu-se com Tom.
- Se o David vê, vocês estão lixados, já viram bem que ele não acha piada a ver-te com ele, Mel. – explicou baixinho.
- Achas que eu me importo? – perguntou – Eu nem tenho nada com o Tom! – disse.
- Qualquer coisa têm, ou não andavam sempre enrolados!
- Oh. – Melanie encolheu os ombros e seguiu os rapazes que seguiam David.

2 comentários:

  1. Gostei deste (.
    mas avança mais na história em si, o que acontecerá ao Peter? Ao Joe? Ao David? Estou curiosa (:

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