
Carol estava subjugada contra uma das paredes frias do minúsculo compartimento em que se encontrava. Tinha um rapaz moreno e de olhos claros colado ao seu corpo tacteando-o de maneira hábil e prazível. Não sabia o seu nome e nem fazia tenções de lho perguntar, estava ali com ele para sexo, não para um romance de longa data em que no final se casariam. Não. Carol não era assim e estava longe de o ser.
Desapertou o fecho e botão das calças do rapaz e de forma bruta baixou-lhas, levando os boxers atrás. Ele sorriu vendo a fome que ela tinha por si. Subiu-lhe cuidadosamente a saia para cima, contrariando a sua sofreguidão, e encostou-a à parede prendendo-a pela cintura fina. Beijavam-se loucamente com puro desejo à vista. Estavam ofegantes e ansiosos que os seus corpos de fundissem.
- Penetra-me. – pediu Carol levando uma mão ao seu decote tirando de lá um preservativo. Rasgou a embalagem e colocou-a no membro do rapaz que pulsava de satisfação. Ele obedeceu e entrou fundo nela, rápido e à bruta. Carol gemeu. Adorava aquela sensação de invasão pedida. Ela pedia que a invadissem e eles, como meros submissos faziam-no. Também não se importavam minimamente do que ela pudesse fazer a seguir, só importava o sexo.
Estiveram unidos um no outro escassos minutos até ambos atingirem o pico daquele encontro, Carol nunca queria mais que uma simples rapidinha. Ela desceu dos braços do moreno rapaz pondo a saia no devido lugar. Ele tirou o preservativo que colocou no lixo que ali estava e puxou os boxers e as calças para cima. Beijou o pescoço da rapariga e sussurrou ao seu ouvido:
- Joel…
- Não me interessa… - respondeu no mesmo tom lambendo os lábios do rapaz e saindo do compartimento que houvera partilhado com ele. Parou em frente ao espelho da casa de banho comum e olhou-se. Penteou o cabelo com os dedos e deu um jeito no top, que com a turbulência ficara fora do sítio.
O rapaz juntou-se a ela e observou o seu corpo, onde há momentos atrás navegara.
- Até nunca. – disse Carol antes de sair da casa de banho nos seus saltos altos.
Numa outra discoteca, Tom Kaulitz limitava-se a entrar e sair de uma loira oxigenada, olhos verdes e formas curvilíneas. Podia sentir que em poucos momentos sentiria o seu corpo contrair para no minuto seguinte distender e relaxar desfrutando o prazer que aquele corpo lhe dava. Era só o que pedia. Um momento em que pudesse esquecer de onde era, quem era e porque razão estava no mundo. Não era o Tom Kaulitz guitarrista dos Tokio Hotel, quando subjugava alguém contra uma parede fria ou contra um colchão quente, não. Aí era apenas o Tom Kaulitz que nascera para não se apaixonar, apenas para satisfazer e ser satisfeito.
Ajudou a rapariga a descer do lavatório e deu-lhe um rápido beijo enquanto puxava as calças para cima e depositava o preservativo usado no caixote para o efeito.
Saiu de encontro ao irmão que o esperava com cara de poucos amigos, nunca aceitara aquela vida do seu gémeo, mas não valia a pena abrir-lhe os olhos, um dia Tom perceberia que aquilo não era vida para ele.
(…)
- Ana?! Mas que raio! O que é que estamos a fazer à porta de um Hotel como este?! – perguntou Carolina à irmã mais velha. Estavam em plena Alemanha, Berlim mais precisamente, tinham-se mudado para lá depois de os pais morrerem num trágico acidente de viação.
- Viemos ver e conhecer a banda do momento! – disse-lhe Ana muito simplesmente.
- Quem é a banda do momento? – perguntou Carol com a sobrancelha esquerda no ar.
- Os Tokio Hotel!! – respondeu Ana. Ela de facto adorava Tokio Hotel, e tinha uma leve panca pelo Bill, devido ao seu estilo.
- Ah tá bem. – Carol não ligava muito àquilo que a irmã ouvia, nem àquilo que arrastava uma quantidade infindável de ‘pitas’, como a própria dizia, atrás deles. – Tu sabes perfeitamente que não sei quem eles são, certo?
- Sei, por isso é que aqui vens comigo! – disse contente.
- Ai, ok ok. – “Nunca lhes vi a face e agora tenho que os vir ver actuar?!” refilou para si mesma. “Ainda por cima conhecê-los?! Onde é que ela arranjou isto?” perguntou-se.
Entraram no luxuoso Hotel. Ana dirigiu-se à recepção e perguntou pelos ditos Tokio Hotel, afinal de contas eles tinham organizado uma mini actuação em acústico naquele Hotel.
- Sim, mas sabe que era só por convite, tem-nos consigo? – perguntou amavelmente a recepcionista de cabelos loiros.
- Sim, sim! – respondeu, mostrou-lhe dois passes. – É para mim e para a minha irmã que ali está. – disse apontando para a rapariga em questão.
- Muito bem. – sorriu. – É no restaurante do Hotel. Podem dirigir-se para lá!
- Obrigada! – respondeu e dirigiu-se à irmã. – Toma. – entregou-lhe um dos passes. – Guarda-me isso religiosamente! – Carol ‘guardou’ o passe na mão
- Ok.
- Eu vou à casa de banho, esperas por mim aqui?
- Ya, vai lá! – respondeu vendo a irmã virar costas.
Decidiu sentar-se. Olhou em volta e viu uns sofás bem apetitosos ao fundo da sala onde se encontrava.
Dirigia-se para lá quando do nada alguém choca contra ela, fazendo com que caíssem os dois.
- Hey, e veres por onde andas, não? – refilou Carol a um rapaz de estilo hip-hop, rastas e boné na cabeça. – Sai! – disse vendo que o rapaz, que houvera caído sobre ela, não descolava de si, enquanto literalmente a olhava de alto a baixo.
- Calma lá! – retorquiu o rapaz.
- Calma ó caralho é que é calma! – asseverou.
- Desculpa. – disse atrapalhado, mas contrariado em relação àquela palavra. “Por que é que lhe pedi desculpa?” perguntou-se. “Ao menos é boa!” rodou o piercing. Estendeu-lhe uma mão para a ajudar a levantar.
- Não preciso de ajuda, obrigada. – levantou-se rapidamente num pulo. Olhou-o. “Até é giro!” sorriu com o pensamento perverso que lhe atravessou a mente. Carol não podia negar, adorava rapazes, adorava sexo, era o seu melhor refúgio, era o seu passatempo preferido.
Olhou em redor… Tivera perdido o passe que a irmã lhe deu.
- Oh boa -.- - disse.
- Que foi? – perguntou o rapaz.
- Não foi nada! Acho que já te podes ir embora!
- Eu vou! -.- Mal-educada miúda! – retorquiu.
- Mal-educada a tua tia! – Carol fez-lhe um gesto obsceno com o dedo do meio e virou-lhe costas começando à procura. Não encontrava. “Tou lixada, a Ana mata-me :S”
- Carol? – Ana houvera chegado e via a irmã literalmente, de rabo para o ar à procura de alguma coisa. – Que perdeste?
- O passe! – respondeu. O tal rapaz aparece novamente à frente de Carol. Ana congela, reconheceu-o. Era Tom. Tom Kaulitz. O guitarrista dos Tokio Hotel e estava ali à sua frente. Aliás, reparou melhor, estava à sua frente a discutir com a sua irmã.
- E não sabias ter-me logo dado isso?! – perguntou Carol.
- Não vi! -.- Senão tinha-to dado, não achas?! – Tom referia-se ao passe do concerto.
- Eu não acho nada, contigo não se pode confiar! – respondeu tirando-lhe o passe das mãos. Tom nem dera conta que aquele papel era para o concerto que eles dariam ali, dentro de poucos minutos, afinal só o tinha visto de relance e reparara que não lhe pertencia.
- Tu nem me conheces! Como podes dizer isso? – perguntou.
- Hey Tom! ‘Bora meu, estamos a ficar atrasados! – era um rapaz de cabelos pelos ombros que chamava pelo tal Tom.
- Ok, meu já vou! – respondeu olhando o rapaz. Ana parou novamente. Era Georg! – Xau aí, óh! -.-
- Óh quê?
- Óh qualquer coisa! Nem sei o teu nome! - disse-lhe saindo de ao pé dela.
- Pois tá bem! – virou-se para a irmã. – Viste-me este cromo?! – perguntou - Ana? Anaaa?! – Ana estava estática - HEY! Acorda! – disse abanando a irmã.
- Eram… eram…
- Eram eram? Eram eram quem? – perguntou feita estúpida.
- Eram! – Ana não prosseguia mais para além dessa palavra.
- Já percebi que eram! Só não percebi O QUE eram! -.- - Ana não falava de todo. – Ok, não interessa vamos mas é para o tal concerto! Era aonde mesmo? – perguntou.
- Restaurante. – balbuciou Ana.
- Olha disse outra palavra! – gozou Carol. Encaminharam-se para lá. Mostraram os passes, o segurança deu-lhes a informação de que no final do concerto subiriam até ao quarto 323 para conhecerem a banda, afinal no passe estava escrito “Meet and Greet”.
Subiram ao palco. “Não acredito?!” Carol estava completamente parva! Tinha estado a discutir com um dos elementos da banda?! Impossível.
(…)
Desapertou o fecho e botão das calças do rapaz e de forma bruta baixou-lhas, levando os boxers atrás. Ele sorriu vendo a fome que ela tinha por si. Subiu-lhe cuidadosamente a saia para cima, contrariando a sua sofreguidão, e encostou-a à parede prendendo-a pela cintura fina. Beijavam-se loucamente com puro desejo à vista. Estavam ofegantes e ansiosos que os seus corpos de fundissem.
- Penetra-me. – pediu Carol levando uma mão ao seu decote tirando de lá um preservativo. Rasgou a embalagem e colocou-a no membro do rapaz que pulsava de satisfação. Ele obedeceu e entrou fundo nela, rápido e à bruta. Carol gemeu. Adorava aquela sensação de invasão pedida. Ela pedia que a invadissem e eles, como meros submissos faziam-no. Também não se importavam minimamente do que ela pudesse fazer a seguir, só importava o sexo.
Estiveram unidos um no outro escassos minutos até ambos atingirem o pico daquele encontro, Carol nunca queria mais que uma simples rapidinha. Ela desceu dos braços do moreno rapaz pondo a saia no devido lugar. Ele tirou o preservativo que colocou no lixo que ali estava e puxou os boxers e as calças para cima. Beijou o pescoço da rapariga e sussurrou ao seu ouvido:
- Joel…
- Não me interessa… - respondeu no mesmo tom lambendo os lábios do rapaz e saindo do compartimento que houvera partilhado com ele. Parou em frente ao espelho da casa de banho comum e olhou-se. Penteou o cabelo com os dedos e deu um jeito no top, que com a turbulência ficara fora do sítio.
O rapaz juntou-se a ela e observou o seu corpo, onde há momentos atrás navegara.
- Até nunca. – disse Carol antes de sair da casa de banho nos seus saltos altos.
Numa outra discoteca, Tom Kaulitz limitava-se a entrar e sair de uma loira oxigenada, olhos verdes e formas curvilíneas. Podia sentir que em poucos momentos sentiria o seu corpo contrair para no minuto seguinte distender e relaxar desfrutando o prazer que aquele corpo lhe dava. Era só o que pedia. Um momento em que pudesse esquecer de onde era, quem era e porque razão estava no mundo. Não era o Tom Kaulitz guitarrista dos Tokio Hotel, quando subjugava alguém contra uma parede fria ou contra um colchão quente, não. Aí era apenas o Tom Kaulitz que nascera para não se apaixonar, apenas para satisfazer e ser satisfeito.
Ajudou a rapariga a descer do lavatório e deu-lhe um rápido beijo enquanto puxava as calças para cima e depositava o preservativo usado no caixote para o efeito.
Saiu de encontro ao irmão que o esperava com cara de poucos amigos, nunca aceitara aquela vida do seu gémeo, mas não valia a pena abrir-lhe os olhos, um dia Tom perceberia que aquilo não era vida para ele.
(…)
- Ana?! Mas que raio! O que é que estamos a fazer à porta de um Hotel como este?! – perguntou Carolina à irmã mais velha. Estavam em plena Alemanha, Berlim mais precisamente, tinham-se mudado para lá depois de os pais morrerem num trágico acidente de viação.
- Viemos ver e conhecer a banda do momento! – disse-lhe Ana muito simplesmente.
- Quem é a banda do momento? – perguntou Carol com a sobrancelha esquerda no ar.
- Os Tokio Hotel!! – respondeu Ana. Ela de facto adorava Tokio Hotel, e tinha uma leve panca pelo Bill, devido ao seu estilo.
- Ah tá bem. – Carol não ligava muito àquilo que a irmã ouvia, nem àquilo que arrastava uma quantidade infindável de ‘pitas’, como a própria dizia, atrás deles. – Tu sabes perfeitamente que não sei quem eles são, certo?
- Sei, por isso é que aqui vens comigo! – disse contente.
- Ai, ok ok. – “Nunca lhes vi a face e agora tenho que os vir ver actuar?!” refilou para si mesma. “Ainda por cima conhecê-los?! Onde é que ela arranjou isto?” perguntou-se.
Entraram no luxuoso Hotel. Ana dirigiu-se à recepção e perguntou pelos ditos Tokio Hotel, afinal de contas eles tinham organizado uma mini actuação em acústico naquele Hotel.
- Sim, mas sabe que era só por convite, tem-nos consigo? – perguntou amavelmente a recepcionista de cabelos loiros.
- Sim, sim! – respondeu, mostrou-lhe dois passes. – É para mim e para a minha irmã que ali está. – disse apontando para a rapariga em questão.
- Muito bem. – sorriu. – É no restaurante do Hotel. Podem dirigir-se para lá!
- Obrigada! – respondeu e dirigiu-se à irmã. – Toma. – entregou-lhe um dos passes. – Guarda-me isso religiosamente! – Carol ‘guardou’ o passe na mão
- Ok.
- Eu vou à casa de banho, esperas por mim aqui?
- Ya, vai lá! – respondeu vendo a irmã virar costas.
Decidiu sentar-se. Olhou em volta e viu uns sofás bem apetitosos ao fundo da sala onde se encontrava.
Dirigia-se para lá quando do nada alguém choca contra ela, fazendo com que caíssem os dois.
- Hey, e veres por onde andas, não? – refilou Carol a um rapaz de estilo hip-hop, rastas e boné na cabeça. – Sai! – disse vendo que o rapaz, que houvera caído sobre ela, não descolava de si, enquanto literalmente a olhava de alto a baixo.
- Calma lá! – retorquiu o rapaz.
- Calma ó caralho é que é calma! – asseverou.
- Desculpa. – disse atrapalhado, mas contrariado em relação àquela palavra. “Por que é que lhe pedi desculpa?” perguntou-se. “Ao menos é boa!” rodou o piercing. Estendeu-lhe uma mão para a ajudar a levantar.
- Não preciso de ajuda, obrigada. – levantou-se rapidamente num pulo. Olhou-o. “Até é giro!” sorriu com o pensamento perverso que lhe atravessou a mente. Carol não podia negar, adorava rapazes, adorava sexo, era o seu melhor refúgio, era o seu passatempo preferido.
Olhou em redor… Tivera perdido o passe que a irmã lhe deu.
- Oh boa -.- - disse.
- Que foi? – perguntou o rapaz.
- Não foi nada! Acho que já te podes ir embora!
- Eu vou! -.- Mal-educada miúda! – retorquiu.
- Mal-educada a tua tia! – Carol fez-lhe um gesto obsceno com o dedo do meio e virou-lhe costas começando à procura. Não encontrava. “Tou lixada, a Ana mata-me :S”
- Carol? – Ana houvera chegado e via a irmã literalmente, de rabo para o ar à procura de alguma coisa. – Que perdeste?
- O passe! – respondeu. O tal rapaz aparece novamente à frente de Carol. Ana congela, reconheceu-o. Era Tom. Tom Kaulitz. O guitarrista dos Tokio Hotel e estava ali à sua frente. Aliás, reparou melhor, estava à sua frente a discutir com a sua irmã.
- E não sabias ter-me logo dado isso?! – perguntou Carol.
- Não vi! -.- Senão tinha-to dado, não achas?! – Tom referia-se ao passe do concerto.
- Eu não acho nada, contigo não se pode confiar! – respondeu tirando-lhe o passe das mãos. Tom nem dera conta que aquele papel era para o concerto que eles dariam ali, dentro de poucos minutos, afinal só o tinha visto de relance e reparara que não lhe pertencia.
- Tu nem me conheces! Como podes dizer isso? – perguntou.
- Hey Tom! ‘Bora meu, estamos a ficar atrasados! – era um rapaz de cabelos pelos ombros que chamava pelo tal Tom.
- Ok, meu já vou! – respondeu olhando o rapaz. Ana parou novamente. Era Georg! – Xau aí, óh! -.-
- Óh quê?
- Óh qualquer coisa! Nem sei o teu nome! - disse-lhe saindo de ao pé dela.
- Pois tá bem! – virou-se para a irmã. – Viste-me este cromo?! – perguntou - Ana? Anaaa?! – Ana estava estática - HEY! Acorda! – disse abanando a irmã.
- Eram… eram…
- Eram eram? Eram eram quem? – perguntou feita estúpida.
- Eram! – Ana não prosseguia mais para além dessa palavra.
- Já percebi que eram! Só não percebi O QUE eram! -.- - Ana não falava de todo. – Ok, não interessa vamos mas é para o tal concerto! Era aonde mesmo? – perguntou.
- Restaurante. – balbuciou Ana.
- Olha disse outra palavra! – gozou Carol. Encaminharam-se para lá. Mostraram os passes, o segurança deu-lhes a informação de que no final do concerto subiriam até ao quarto 323 para conhecerem a banda, afinal no passe estava escrito “Meet and Greet”.
Subiram ao palco. “Não acredito?!” Carol estava completamente parva! Tinha estado a discutir com um dos elementos da banda?! Impossível.
(…)
- Então mas tu sabias que ele era o guitarrista e não me dizias nada?! – perguntou Carol a Ana, que estava numa euforia total no final do mini concerto.
- Eu tentei, mas não saíam as palavras! – disse-lhe sorridente.
- Oh fodasse isso quer dizer que tenho que voltar a dar de caras com ele! - desabafou ao lembrar-se de que o segurança disse quarto 323.
- Anda! – Ana puxou-a.
- Oh boa. -.- - respondeu ao sentir-se já dentro do elevador.
- Ora 323, 323… - era Ana que falava sozinha à procura da dita porta. – Cá está! 323. Anda! – voltou a puxar Carol.
- Mas menos páh! Não sou nenhuma criança! – refilou largando a mão da irmã do seu braço.
- Tá bem, mas mexe esse cu então! -.- - Ana estava tão mas tão fora de si! “OMG eu acho que lhe dá um piripac!” pensou Carol. Bateram à porta.
Tom veio abrir com um copo de Coca-Cola nas mãos.
- Olá menin… - interrompeu-se ao dar de caras com Carol que ao vê-lo revirou os olhos. – Tu?! – perguntou.
- Sim eu porquê algum problema com isso!?
- Provavelmente! -.- - respondeu. – Entrem! – abriu mais a porta e deixou as raparigas passar.
- Aqui estão as felizardas! – disse um rapazito loiro, Gustav.
- Siim! – era Ana.
- Controla-te! – Carol falou à irmã entre dentes e dando-lhe uma cotovelada.
- Mas bem, precisam que nos apresentemos? – perguntou Bill rindo.
- Eu sim ela não. – respondeu Carol com um sorriso, achou Bill até simpático, ao menos a irmã tinha uma panca por um gajo simpático. “Sim porque ela não tem mais que pancas! -.-“ pensou.
- Não és nossa fã? – perguntou Georg com um sorriso confuso.
- Não, não é! É uma mal-educada de primeira é o que é ela é! – refilou Tom remexendo o bolso das calças.
- Olha só quem fala! Uma pessoa não pode andar à vontade tem logo que levar contigo em cima!
- Desculpa?! Tu é que estavas ali a mais! Eu tenho o direito de andar por onde quiser!
- Ah tu tens!? Então e os outros óh meu grandessíssimo… - Carol foi interrompida.
- Importas-te? – perguntou-lhe Ana dando-lhe uma cotovelada. Carol olhou-a.
- Importo! As verdades são para ser ditas e este cabeça de esfregona aqui… - disse apontando com o polegar para trás de si, onde se encontrava Tom - …merece ouvi-las!
- Claro como que se fosse eu que tivesse que ouvir fosse o que fosse! Tu estavas no meu caminho! – insistiu – A única culpada és tu! – acusou. Bill, Gustav, Georg e Ana olhavam-nos.
- Mas eles conhecem-se? – perguntou Bill.
- Sei lá eu! – respondeu Georg.
- A única coisa que eu sei é que eles já estavam a discutir antes do concerto. – explicou Ana – Eu fui à casa de banho e deixei-a sozinha, quando cheguei estava a discutir com o Tom.
- Estúpida! – atirou Tom.
- Ananás! – respondeu Carol.
- Arara! – chamou-lhe Tom.
- Ave rara! – retorquiu a rapariga.
- Avestruz!
- Cabeça de esfregona!
- Cabeça de esfregona?! E tu és o quê? Han? Com estas coisas cor-de-rosa aí penduradas? – perguntou-se Tom.
- Sou uma pessoa perfeitamente normal que por acaso decidiu pintar o cabelo, dar estilo sim?! -.- Agora tu! Tu só serves para limpar o chão!
- Claro! Atão não! – ironizou.
- Atão sim! – respondeu pegando no copo de Tom e atirando-lho à t-shirt.
- Mas tu és parva ou o caralho? – perguntou alterado.
- Não tanto quanto tu com toda a certeza! – respondeu.
- Vais pagá-las, miúda! – disse.
- Isso é uma ameaça? – perguntou Carol.
- Não, avestruz é um aviso! – respondeu. Carol riu.
Tom dirigiu-se à mala que ali tinha, afinal estavam no seu quarto. Despiu as t-shirts que tinha vestidas e trocou-as por outras.”OMG! O gajo é bom!!” Carol não evitou que este pensamento lhe atravessa-se a cabeça depois de ver o corpo atlético de Tom. Ele reparou nisso, no entanto não lhe disse nada, afinal quando se apercebeu, Carol já estava a revirar os olhos por ele estar a mirá-la.
- Ó meninos! – era Gustav – Podemos?
- Anda lá com isto que esta gaja já me comeu o juízo todo! -.- - refilou Tom voltando para junto deles acabando de vestir as t-shirts.
- Epáh que ranhoso que ficaste! -.- - falou Georg.
- Ele já é ranhoso! – Carol interveio novamente, mas baixinho, só Ana ouviu. “A sorte é que é todo bom senão já tinha levado um sopapo naquela fronha! -.-“ pensou.
- Já chega ok? Em casa quero esta história muito bem explicada. – disse. Carol revirou os olhos.
- Mas bem depois desta maravilhosa entrada do nosso querido guitarrista e da nossa não fã, podemos começar o que era suposto termos feito logo no início? – perguntou Bill.
- Sim! – apresentaram-se devidamente.
Tiraram fotografias com Ana, deram-lhe autógrafos e estiveram cerca de uma hora à conversa, a contarem algumas histórias suas.
Carol limitou-se a ficar praticamente calada, só começou a falar depois de o assunto “pais” ser chamado.
- Somos portuguesas e só estamos aqui porque os nossos pais… - era Ana que falava mas ao lembrar-se da cena parou. Carol decidiu continuar, quebrando o silêncio.
- Os nossos pais tinham negócios no mundo todo… - começou - … e não tinham muito tempo para nós pois andavam sempre em viagens, e como tal nós ficávamos com o Alberto, o nosso mordomo. Apesar de tudo éramos felizes e até bastante unidos. Brincávamos muito e tínhamos óptimos momentos. – sorriu e mirou Tom ao fundo da sala sentado num sofá escutando atentamente a história delas - Tínhamos 15 e 16 anos… - referiu-se à idade dela e à de Ana - … quando recebemos a notícia pelo Alberto de que eles tinham morrido num acidente em cadeia entre o aeroporto e a nossa casa. A partir daí decidimos reconstruir a nossa vida por completo. Tínhamos dinheiro que os nossos pais nos deixaram, conseguíamos geri-lo com a ajuda do Alberto, e um dia acordámos em vir para a Alemanha. Era um país que sempre nos tinha fascinado, mais pela língua, que sabíamos desde pequeninas, devido aos nossos pais nos terem posto numa escola de línguas. – explicou - Para além de alemão, falamos inglês, italiano, espanhol, francês, japonês e algum mandarim. Mas passando à parte que interessa. Viemos para a Alemanha quando acabámos o 12º ano e eu fiz 18 anos, ela tinha 19. – apontou para Ana onde as lágrimas escorriam, era demasiado sensível para se conter, já Carol era a forte da família, tornou-se numa pessoa demasiado insensível, depois da morte dos pais, mas principalmente depois de uma guerra amorosa com o ex-namorado. Deixou completamente de acreditar no amor, a única coisa que actualmente lhe interessava eram as curtes de uma noite, onde acabava ou na casa de banho de uma qualquer discoteca ou em casa de um dos seus acompanhantes. Costumava dizer que tinha os sentimentos perdidos, se não todos, pelo menos aquele que a própria dizia que fazia sofrer mais, o amor.
- Comprámos casa, arranjámos trabalho e aqui estamos a sobreviver. – Ana terminou o pensamento da irmã agarrando a sua mão. Sorriram. Podiam ter as suas brigas como quaisquer irmãos mas eram demasiado unidas.
- Meu Deus. – suspirou Bill.
- Não é uma boa situação. – pronunciou-se Gustav.
- De todo. – Georg concordou.
- Mas somos felizes. – Ana sorriu – Temos as nossas brigas, as nossas discussões mas somos o melhor apoio uma da outra.
- É para isso que os irmãos servem! – Tom falou pela primeira vez levantando-se do pequeno sofá e sentou-se no chão ao lado do sofá e dos puff’s onde o resto do pessoal estava sentado.
- Sim, é mesmo. – Ana suspirou.
- Mas os pais fazem falta. – Bill falou.
- Custou muito? – perguntou Tom – Ficarem sem eles? Assim de um momento para o outro?
- No início foi difícil… - começou Carol - … gritávamos dias a fio que os queríamos de volta, ninguém nos conseguia calar! Éramos adolescentes estávamos naquela idade estúpida, o que não ajudava mas dizem que o tempo cura tudo, e com razão. – sorriu.
- Agora estão bem e isso é que importa! – disse Gustav.
- Mesmo! – disse Ana.
To be continued...
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