
- Vamos embora? – perguntou Carol já um tanto farta de ali estar a fazer nada.
- Já? – perguntou Bill.
- Precisamos todos de refrescar as ideias! – disse Carol olhando Tom, afinal depois da explicação das suas vidas, Carol e Tom já se tinham pegado em guerras de palavras mais uma vez.
- Isso é comigo? -.- - perguntou o rapaz.
- Se te serviu a carapuça…!
- Gott tenho mesmo que te aturar? – perguntou.
- Acabei de dizer que ia embora!
- Vai à merda sim? – Carol aproximou-se de Tom e tocou-lhe levemente no braço.
- Cheguei. – disse.
- Essa é velha! -.-
- Mas funciona!
- Sinceramente! -.- – refilou Georg sem paciência. – Vocês não se podem dar bem?
- Oh, tá calado mas’é! – atirou Tom.
- Eu também acho que é melhor irmos senão estes dois ainda se pegam por aí à porrada e depois temos que ir todos para o hospital, coisa que eu não gosto e… - e Ana foi interrompida.
- Podes parar o filme? – pediu Carol.
- Oh! -.- Eu não estava a fazer filme! – refilou Ana.
- Não interessa! Vamos? – perguntou.
- Sim, vamos. – disse.
- Não querem vir ter connosco amanhã? – perguntou Bill olhando as irmãs.
- Porquê? – perguntou Carol, Ana acotovelou-a, como de costume.
- Claro! – disse Ana. “Olha boa! Tenho que vir ver o esfregona outra vez? -.-“ pensou Carol. – Aqui?
- Sim, aqui é boa ideia, venham e jantam connosco!
- Ok. – disse Carol com um sorriso.
- Vou mesmo ter que levar contigo? – perguntou-lhe Tom.
- Não é que eu queira! -.- - respondeu a rapariga.
- Treta! -.-
- Então até amanhã meninas! – disse Bill sorrindo e despedindo-se delas com dois beijinhos. Georg e Gustav fizeram o mesmo. Tom aproximou-se de Ana e deu-lhe também os dois beijinhos, já Carol prontamente lhe estendeu a mão para que ele lha apertasse.
- Até amanhã óh cabeça de esfregona!
- Até amanhã óh avestruz! – disseram um ao outro.
Carol e Ana dirigiam-se para casa que ficava ali nas imediações do Hotel, de carro.
- Conta lá porque carga de água é que estavas a discutir com o Tom lá no Hotel quando eu cheguei ao pé de vocês? – perguntou Ana interessada.
- Ele foi contra mim!
- Estás a gozar?! Isto tudo porque ele foi contra ti? – perguntou estupefacta.
- Sim! Não achas pouco?! E depois não saía de cima de mim, tive o que o mandar sair! – Ana ria – Não tem graça!
- Tem, tem! Estou mesmo a imaginar! – riu ainda mais.
- Oh e se te fosses fo… - Ana interrompeu.
- Carol!
- Ai uma pessoa não te pode dizer nada também! -.- Que coisinha. – Ana nem lhe respondeu.
(…)
- Estou bem assim? – perguntou Ana a Carolina.
- Estás sim. – respondeu sem olhar para ela.
- Carol. -.- - Ana chamou-a para que ela a olhasse.
- Han? – perguntou tirando a cabeça do interior do armário onde procurava incessantemente os seus calções preferidos sem os encontrar. – Wow! – exclamou.
- Gostas? – perguntou. Ana envergava um vestido preto, um bocado rendado e com alguns fechos, uns bocados mais compridos que outros e partes rasgadas. Tudo dentro do seu estilo. Umas botas altas pretas, e uns collants também eles pretos.
- Ya! Esse vestido fica-te muito bem! – disse de olhos esbugalhados.
- Obrigada! Tenho que estar apresentável! – disse corando.
- Claro! É para o Bill te comer esta noite, é? – gozou.
- Lá vem ela! Mas tu julgas que eu como todos os que me aparecem à frente com um palmo de focinho ou o quê? Não sou como tu! – respondeu-lhe.
- Ai que ranhosa páh! -.-
- Não interessa mas e tu vais de top branco e cuecas pretas é? – perguntou rindo.
- Ah que graça! – sorriu cinicamente – Não encontro os meus calções pretos! – disse remexendo pela terceira vez nos cabides.
- Quem? Aqueles bué curtinhos? – perguntou Ana sentando-se na cama.
- Sim esses! – disse-lhe – Sabes onde estão?
- Que eu tenha informação não costumas arrumar esses calções em cabides mas sim nas gavetas, agora não sei… - riu.
- Oh merda, pois é. -.- - abriu a primeira gaveta do armário e encontrou-os. – Finalmente!
- Se pensasses um bocadinho nas coisas ajudava, não?
- Oh! -.-‘ – Carol vestiu os calções e colocou um cinto branco condizendo com o seu top escrito em letras garrafais “Do you fuck me tonight?”
- E esse top já agora, qual dos 4 queres comer esta noite? – perguntou Ana a rir. – O Tom? – Carol não lhe respondeu limitou-se a fazer um obsceno gesto com o dedo, muito seu característico por sinal, calçou os All Stars pretos e ajeitou o cabelo.
- Estou bem? – perguntou a rapariga.
- Yup! – sorriu – Agora vamos? – perguntou.
- Se tem mesmo que ser. – expeliu o ar que tinha nos pulmões. – Tenho mesmo que ir ver aquela esfregona andante outra vez?! -.-
- Tu arranjas com cada nome! Man vou-te contar. - Carol olhou-a. – Verdade, mas não interessa! – disse Ana – Vais ver o Tom outra vez vais! E além disso tu até gostaste dos abdominais dele!
- Olha boa! Mas lá por o gajo ser bom não quer dizer que eu goste dele! – explicou.
- Está bem está bem! Agora mexe-te e vamos! – disse fechando a porta de casa trás de si.
(…)
- Será que demoram muito? – perguntava-se Bill andando de um lado para o outro do quarto.
- Sei lá! – disse Georg. – Mas elas não moram longe daqui por isso…
- Não vejo qual é a tua ansiedade de ver aquela avestruz. – disse Tom expelindo o fumo do cigarro que fumava.
- Avestruz?! – perguntou Bill confuso.
- A Carol! – disse-lhe Gustav rindo.
- Ahh! – Bill esboçou um sorriso – Não é bem a Carol… - disse.
- Han? – Georg não percebera.
- A Ana! – disse Gustav – Mas vocês estão todos lentos hoje?! -.- - perguntou.
- Oh!
- Oh nada. É o que parece!
- Está bem pronto. -.- - dissera Tom. – Mas não estou com grande disposição para aturar aquela coisa.
- Coisa?! – perguntou Georg – Desculpa lá Tom mas a gaja é boa!
- Sim e então? – perguntou distraído.
- Estás doente só pode! – exclamou.
- Não estou nada doente!
- Tom! Tipo gaja boa, sexo, não? – perguntou com um estúpido sorriso na cara, espantado.
- Sim, faz sentido Ge.
- Então se faz sentido porque raio é que não comes a miúda?! – perguntou sentindo-se um bocado parvo com a questão e a maneira como o dizia a Tom.
- Eu não vou comer a miúda detestando-a não achas?
- Ai agora já vais para a cama com as gajas que gostas é? – riu Georg.
- Não sejas totó meu!
- Totó o tanas! Desculpa lá, mas o que é que te deu para começares a pensar assim? Não me digas que o Bill te deu a volta? – riu novamente, gozar com Tom estava a ser demasiado giro especialmente ao ouvir novos argumentos da boca dele.
- E se? – perguntou. Todos na sala o olharam. – Mas não! – sorriu maliciosamente. – Eu não vou para a cama pela personalidade mas pelo corpo! – disse – E não em apaixono! – acrescentou.
- Oh Tom não podes pensar assim! – disse-lhe Bill andando de um lado para o outro no quarto. Estava visivelmente nervoso! – Quando te apaixonares apaixonas-te, não vais dizer ‘Não me apaixono por ninguém!’ e está feito!
- Eu escolho o que faço! – replicou.
- O que fazes, não o que sentes! – disse-lhe Bill.
- Desculpa lá mas andar aí todo doido da vida como estás agora, dispenso! -.- - rematou Tom. Bill olhou-o. – Não olhes assim para mim, que já todos vimos que a Ana te deu a volta ao juízo. – sorriu-lhe – É a mulher da tua vida, maninho? – gozou.
- Não gozes Tom! – pediu sentando-se na cama de cotovelos nos joelhos e cabeça enterrada nas mãos.
- É verdade não é? – perguntou ao irmão.
- Sim, acho que sim. – levantou a cabeça e olhou porta.
Bateram.
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