domingo, 21 de fevereiro de 2010

#30




- Espera, espera, espera… - pediu ofegante sentindo algo no bolso das largas calças vibrar, retirou-o e leu Bill no visor. - … grande sentido de oportunidade! – refilou.
- Não vais atender pois não? – perguntou Carol, voltando à carga de beijos ao seu pescoço, também ela um pouco ofegante.
- Pode ser importante. – sorriu-lhe arfando enquanto lhe beijava os lábios, no entanto não saiu de cima dela.

**
- Estou? – atendeu tentando controlar a respiração que continuava pesada.
- Interrompo? – riu-se Bill ao ouvir a respiração de Tom.
- Porque é que dizes isso? – perguntou em resposta sentindo Carol trocar de lugar consigo, estando ela agora por cima.
- Respiração acelerada e não responderes logo que sim ou não… - disse escondendo uma gargalhada.
- Porque é que ligaste? – perguntou, aquilo que Carol estava a fazer sobre os seus abdominais enquanto lhe tirava as calças, neste momento, era muito mais interessante do que quer que fosse o porquê de Bill para lhe ligar.
- Queria saber como tu estás, como está a Carol, como vão as coisas por aí! Não falamos há dois dias! – disse.
- Sim, tens razão! – concordou tentando não gemer o nome de Carolina que tantas vezes lhe queria sair dos lábios.
Carol estava nas nuvens saboreando cada quadradinho daquela ‘tablete de chocolate’ que se encontrava na barriga de Tom, já se sentia excitada e podia ver que ele também o estava, mas até compreendia o porquê de Tom continuar a chamada, afinal era o irmão que estava ao telefone.
- Ah vês! – disse. – Mas bem se estás ocupado liga quando acabares! – riu-se com vontade ao se aperceber do que disse.
- Ok eu ligo-te! – riu-se – Ah e a Carol está aqui a mandar beijinhos! – acrescentou ao ler os lábios de Carol que rapidamente se esconderam novamente em si.
- Dá a ela também! Até logo! – despediu-se.
- Até logo maninho! – e desligou.
**

- Finalmente… - sussurrou Carol atirando-se aos lábios de Tom.
- Tu desejas-me mesmo! – riu-se abraçando o corpo dela, que se mantinha sobre o seu, mimando-o.
- E tu não, queres ver? – ironizou passando um dedo sobre o alto que era visível nos boxers de Tom. Tom deixou a cabeça embater no colchão da cama ao senti-la naquele sítio.
- Vais-me deixar louco, miúda! – avisou virando-a na cama e livrando-se do seu soutien.
- Vou ou já deixei? – perguntou sentindo os lábios e o piercing frio de Tom arrastarem-se pelos seus firmes seios. Tom levantou o olhar do peito de Carolina e olhou-a fugazmente nos olhos:
- Acho que sabes a resposta. – disse num sopro acabando de se despir e de forma bruta despir Carolina. Entrou nela e mais uma vez deixou que os seus instintos comandassem o seu corpo de forma animal. Carolina estava demasiado agressiva naquela tarde para Tom se deixar apenas levar de ânimo leve num acto daqueles. Pegou nela e encostou-a à parede, sem parar de a penetrar, se fosse por si Carol não iria esquecer aquilo tão depressa.

- Tom… - sentiu-se gemer mais alto o nome do namorado ao tingir o seu clímax. Tom dera-lhe tudo e ela havia retribuído, mas o facto era que estava exausta!
Tom atingira o clímax, sim, mas num suspiro não berrou ou gemeu, limitou-se a suspirar o nome que o fazia acelerar apenas por ser pronunciado. Por muito que se tentasse conter, ao chamá-la era inevitável.
Deixou que Carolina se apoiasse no chão e que deslizasse pela parede até se sentar. Ele seguiu-a com os olhos e mais tarde juntou-se a ela, que se aninhou no seu peito, respirando de forma descompassada tal como ele.
- Tiras-me as forças, puto… - esboçou um pequeno sorriso enquanto depositava um leve beijo no peito ainda suado de Tom.
Tom não respondeu, limitou-se a beijar-lhe o cimo da cabeça e a levantar-se arrastando-a consigo. Vestiu os boxers e viu Carolina vestir a sua larga t-shirt.
- Não ias ligar ao Bill? – perguntou deitando-se na cama ao lado de Tom.
- Ia e vou senão ele mata-me! – riu-se alcançando o telemóvel. – Anda cá… - sussurrou distraidamente puxando-a para o seu peito, adorava tê-la descansada sobre si. Carolina aninhou-se no seu peito abraçando a cintura de Tom.

**
- Já acabaste tudo? – riu Bill ao atender o telefone.
- És mesmo otário tu! – riu.
- Tu gostas assim! Ah espera correcção: Tu amas-me assim! – Tom ouviu Ana rir do outro lado.
- Totó. – sorriu, sim amava o irmão como ele era e se mudasse algo não era assim tão significativo. – Como estás? – perguntou.
- Estás emocional Tom! – Bill estava totalmente eléctrico.
- Estou cansado! – emendou.
- Ah pois o sexo cansa-te né maninho? – gozou.
- Pois cansa! E olha que hoje então! – riu.
- Vá, vá não quero os pormenores! – fez uma voz de enojado. – Está tudo bem por aqui, sim! A praia está brutal, o sol um máximo, do melhor meu irmão!
- Também quero!
– quase guinchou de tão fina que fez a voz. Carol ronronou no seu peito e ele controlou-se, afinal mais uma palavra sua e Carol adormecia, visto estar a ser embalada pela sua conversa com Bill.
- Vem para cá!
- Daqui a dias estou aí!
– disse.
- A sério? E eu não sabia de nada!? – argumentou.
- Ah, não podes saber sempre de tudo!
- Parvo --“
- Já está tudo marcado, é no mesmo hotel que vocês e tudo!
– riu-se.
- Ok, então as Maldivas cá vos esperam! – riu.
- Ai preciso mesmo de sol! Estou a ficar branco! – queixou-se. Bill riu.
- Branco? Tu parece que vais pró solário! Branco estou eu! E todo o ano. – refilou.
- Eh que exagero!
- É verdade e tu sabes disso!
- Pois sei!
– riu-se.
- Ah olha lá, a proposta que o Jost fez à Carol? – perguntou Bill.
- Ela teve uma ideia…
- E?
- … se puder abrir sempre os nossos concertos, grava o álbum, se não não grava o álbum
. – explicou.
- Porquê?
- Por mim, pela Ana, por vocês, não quer estar meses e meses sem nós.
- Faz sentido…
- disse concordando com a ponto de vista de Carol, não se imaginava ir meses indefinidos em Tour e não puder ter Ana com ele. - … mas e dá?
- O David disse que ia ver!
- Ok, bem olha lá eu tenho que desligar falamos amanhã ou assim!
- Ok, abraços maninho!
- Beijinhos!
– gozou Bill desmanchando-se a rir.
**
Aninhou-se no corpo de Carolina e deixou-se, tal como ela, levar pelo sono.

(…)

- Tinha saudades tuas páh! – disse Ana emotiva abraçando-se à irmã.
- Vê lá foi só uma semana e pouco! – disse retribuindo. – Nunca vais deixar de ser lamechas pois não?! – gozou.
- Parva! – deu uma leve palmada no ombro de Carol. Ela riu.
- Anda cá Bill! – e deu-lhe um abraço enquanto Tom cumprimentava Ana.
- Miúda quero todos os pormenores dessa história do teu álbum! – pediu sentando-se com ela, no sofá que o quarto dele e Ana possuía, nas Maldivas, onde Tom e Carol haviam chegado à meros 20 minutos.
- Eu vou gravar o álbum. – sorriu – O David deu-me garantias de que abriria os vossos concertos e que ia em Tour com vocês! – disse apertando o joelho de Tom, onde tinha a mão pousada.
- Incrível como ela não me quer largar! – gozou beijando a bochecha da namorada.
- Estúpido! – retribuiu deitando-lhe a língua de fora.
- Mas explica lá então quando é que vais trabalhar nisso! – pediu Ana também ela contente pela irmã ir em Tour com ela e os rapazes. Ana passaria a trabalhar como a designer principal dos Tokio Hotel, e como tal viajaria sempre com eles para ajustar detalhes de última hora relativas às dimensões dos palcos de cada país onde actuariam.
- Tenho tudo escrito e composto, quando voltarmos à Alemanha estúdio comigo!– explicou – Vou gravar no vosso estúdio! – Carolina respondeu ao “Onde?” interrogativo de Bill.
- Parece-me bem… - disse o próprio. - … mas ficas avisada, a próxima vez que nos ajudares numa letra de música, canta-la connosco! – riu apontando-lhe o indicador.
- Combinado! – fez continência e riram.
- E que tal… praia? – perguntou Tom apontando a bela paisagem marítima que se avistava da janela do quarto.
- Perfeito! – responderam Ana e Bill. Tom olhou Carol.
- Só não vou à água! – respondeu Carol elevando as mãos e exibindo um sorriso feliz nos lábios. Tom soltou uma gargalhada e puxou-a até ao quarto onde ambos ficariam anunciando que iriam vestir os fatos de banho.

- Vai ser cansativo. – Tom atirou-se para cima da cama colocando os braços atrás da cabeça, recostando-se.
- O quê? – perguntou Carol distraída desfazendo a mala tentando encontrar um dos biquínis que trouxera.
- A Tour… - suspirou.
- Quê as outras não são? – perguntou pousando o biquíni sobre a cama despindo o top. Tom observou o gesto com um perverso sorriso nos lábios adorava poder observar o corpo perfeito da namorada.
- São… mas esta vai ser mundial e durar um ano.
- Han?
– perguntou estupidamente – Um ano?!
- Sim. – disse – Mas eu pelo menos faço tenções de vir ver a minha mãe!
- És mesmo mimado!
– riu-se. Tom levantou-se e despiu a t-shirt e as calças ficando apenas em boxers.
- Veste-te, temos uma praia à nossa espera, borboleta. – beijou-a e dirigiu-se à mala à procura dos calções de banho que de certeza tinha trazido.

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