
- Então e depois o Bill saltou com os patins por cima de mim, e no segundo seguinte tinha o nariz enterrado na relva! – contou Tom partido de riso.
- E ficaste bem? – perguntou Melanie preocupada.
- Deves ser a primeira pessoa que pergunta isso em vez de rir! – Bill olhou-a espantado.
- Então é porque é tudo maluco, mas ficaste ou não? – perguntou novamente.
- Ya, fiquei só com uns arranhões nada de especial. – sorriu-lhe.
- Ah pronto. – suspirou. – Tu ainda não paraste? – perguntou a Tom continuando a ouvi-lo rir.
- Não! Desculpa lá mas aquilo teve tanta graça! – voltou a romper em gargalhadas.
- Pensei que eras melhor irmão… - Melanie já tinha percebido que o ponto fraco de Tom era Bill, isto só pelo simples facto de ter visto a relação entre eles nos últimos dois dias, e como esperava Tom calou-se olhando-a seriamente.
“Mas será que ela não é capaz de parar?” pensou Tom para consigo, afinal Melanie estava com eles há dois dias e parecia que a rapariga tinha algo contra si. Não conseguia perceber o quê ou o porquê, mas estava a fazer-lhe confusão.
- Ele é muito bom irmão Melanie. – disse Bill que realmente tinha notado algo de estranho na relação que Melanie mantinha com Tom, havia qualquer coisa no olhar dela dirigido a ele que não batia certo, havia qualquer coisa que a impedia.
- Eu não disse que ele era mau, só disse que pensei que era melhor. – sorriu ao rapaz de cabelos pretos que se mantinha sentado à sua frente. Levantou-se e dirigiu-se ao seu quarto. – Boa noite, rapazes. – despediu-se de todos e fechou-se no quarto encafuando-se dentro dos lençóis preparando-se para mais uma noite atribulada, tal como todas as outras.
*
- MELANIE!! – Peter chegara a casa mais uma vez, e mais uma vez não encontrara a filha. – Mas onde raio se meteu a miúda?! – há dois dias que não via a rapariga de cabelos loiros e olhos castanhos, há dois dias que queria o corpo dela e há dois dias que não o tinha. Vasculhou toda a casa novamente, procurou por vestígios dela no armário e sim, toda a sua roupa se mantinha intacta dentro dele. Olhou as mesas-de-cabeceira negras e cheias de pó e abriu as gavetas: não havia sinal da roupa interior. Olhou em volta e tudo lhe parecia igual, estava tudo no sítio e tudo intacto, mas faltava roupa! “Onde raio ela se meteu?!” pensou bruscamente para consigo. – O miúdo deve saber! – lembrou-se de Joe e saiu novamente de casa em busca da filha.
Esperou pelo rapaz de rastas loiras e largas roupas à saída da escola onde também Melanie andava.
- Hey! – abordou-o. Joe virou-se e viu-o. “Merda, ele já deu conta!” pensou.
- Sim? – chegou-se a ele e olhou-o nos olhos, iria fazer o combinado com Mel e dizer-lhe que nunca mais a vira e que não sabia nada dela.
- A Melanie? – perguntou bruscamente.
- Ainda bem que pergunta, eu também não a tenho visto nos últimos dois dias… até pensei que estivesse doente ou assim, mas achei estranho ela nunca adoece! – tentou parecer o mais credível possível, e ao que parecia Peter não houvera desconfiado de muito.
- Pois eu também não sei dela, pensei que tu soubesses!
- Então mas… se ninguém sabe, será que está bem?! – perguntou preocupado. Tinha que se lembrar de pedir a Melanie o Óscar de melhor actor!
- Pois, quando souber aviso-te. Obrigado. – encolheu os ombros e virou costas ao rapaz “Ele não sabe mesmo de nada.” Pensou para si mesmo enquanto se dirigia ao carro.
Joe respirou fundo e virou costas à escola dirigindo-se para sua casa. Tinha que ligar a Mel.
(…)
- PORQUÊ?! – Melanie acordara com um grito de morte sustido na garganta em forma de súplica. Tinha mais uma vez sonhado com aquela morte dolorosa, com aquelas mãos asquerosas e com o seu passado que julgava mais esquecido do que parecia. Mirou o relógio de pulso pousado ao seu lado e leu as horas: 4:23. Sentou-se na cama e tentou controlar a respiração ofegante que teimava em acelerar cada vez mais. Limpou as lágrimas que escorriam dos seus olhos âmbar e dirigiu-se à cozinha improvisada do gigante autocarro, afinal sabia que não iria conseguir adormecer de maneira alguma.
Tirou uma garrafa de água do frigorífico e sentou-se em frente à televisão, controlando mais uma vez as lágrimas que insistiam em cair à medida que as imagens do sonho continuavam a flutuar na sua cabeça.
- Estás bem? – era Tom que tivera acordado sobressaltado com o grito da rapariga. Ela assustou-se. – Desculpa não te queria assustar.
- Não faz mal. – encolheu os ombros.
- Mas estás bem? Eu ouvi-te gritar… - encostou-se à ombreira e viu o olhar cansado e farto de Melanie passar sobre o seu corpo semi-descoberto.
- Sim, não foi nada. – sorriu-lhe – Volta a dormir. – voltou a olhar para a garrafa se água sentido o seu coração acalmar a batida e a sua respiração ofegar cada vez menos. Substituiu as lágrimas por um sorriso, e ficou espantada por ter feito tal coisa apenas com um olhar sobre o corpo definido do rapaz de tranças.
- Ok, se precisares de alguma coisa… - hesitou, mas prosseguiu - … chama-me. – completou inspirando fundo e voltando para aquela que era a sua cama durante os próximos quatro meses.
- Obrigada. – encostou a cabeça para trás e sentiu o ranger das escadas metálicas, que ligavam ambos os pisos do autocarro, ao Tom subir. Deixou-se ficar o resto da noite ali sentada, não se mexeu do sítio, nem desviou o olhar. Quem a visse diria que estava petrificada.
- Já estás aqui? – era Bill que um tanto ou quanto despenteado e ainda em boxers se dirigia ao armário tirando de lá uma tigela que pousou sobre a mesa, que estava em frente a Melanie.
- Não conseguia dormir mais. Que horas são? – perguntou. Bill olhou para cima até ao relógio que se situava sobre os armários.
- São 10 horas. – disse.
- Já? – inquiriu não muito surpreendida.
- Já nada, ainda!! – disse Bill ao que ela riu. – O teu tio faz-nos levantar cedíssimo e ainda nem sequer chegámos ao Hotel! – queixou-se.
- CHEGÁMOS! – o motorista, que estava a poucos metros deles, berrou.
- Ok afinal ele tem razão… - passou uma mão pelos olhos e sentou-se à mesa comendo vagarosamente os cereais que houvera preparado.
- Aconselhava-te a despachares-te! – disse Melanie ao ver David dirigir-se àquele bus, pelo vidro.
- Porquê? – perguntou olhando-a.
- Porque… - foi interrompida.
- RAPAZES! – berrou David.
- Ok, já percebi. – sorriu à rapariga de cabelos pretos que subiu as escadas metálicas e se dirigiu ao seu quarto.
- Bom dia! – Tom tinha um sorriso bem disposto na cara.
- Oh, bom dia. – respondeu Melanie também com um sorriso sim, mas muito mais apagado e sem graça.
- Dormiste? – perguntou.
- Até ter acordado àquela hora sim…
- E depois?
- Não. – olhou-o e entrou no quarto - … agora despacha-te que o David já está a berrar por vocês lá em baixo.
- Ok. – encolheu os ombros e dirigiu-se ao outro em questão.
- Eh lá! Já estás pronto? – David tinha uma cara de espanto.
- Ora algum problema com isso? – respondeu Tom com um sorriso.
- Eu não, não é normal só isso!
- Vá, vá falem lá mais baixo que me dói a cabeça. – queixou-se Bill.
- Estás com um ar pesado, mano, estás bem? – perguntou Tom preocupado.
- Dói-me a cabeça só isso. – olhou-o – Não deve ser nada.
- Toma qualquer coisa… - disse Tom levantando-se e procurando pelos armários qualquer analgésico.
- Ok. – levou outra colher de cereais à boca e esperou que o irmão mais velho lhe entregasse uma placa com vários comprimidos lá dentro.
- Toma um e vai descansar para o Hotel, temos dia off não precisas de estar a morrer! – disse Tom sentando-se ao lado do irmão, comendo umas bolachas e bebendo um copo de sumo de laranja.
- A Melanie? – perguntou David depois de assistir à cena familiar entre gémeos. – Sabem se já se levantou?
- Sim. – responderam em coro.
- Já esteve cá em baixo foi?
- Sim. – fora Bill que respondera enquanto tomava o comprimido com o resto do sumo de Tom.
- Como é que ela está? – perguntou. David sabia perfeitamente que a sobrinha sonhava vezes sem conta com a morte da mãe, soubera-o no dia em que Melanie se tinha encontrado novamente com ele para resolverem tudo e planearem a sua “fuga”.
- Mas ela tem algum problema? – perguntou Tom interessado.
- Porquê? – David perguntou em resposta.
- Acordou a meio da noite aos berros e não dormiu mais… - disse com um encolher de ombros.
- Hum… - virou costas ao rapazes e dirigiu-se ao quarto de Mel. – Posso? – bateu na porta, e entrou ao ouvir a afirmação de Melanie.
- Olá, tio. – sorriu-lhe apertando o cabelo no cimo da cabeça.
- Então miúda, não dormiste foi?
- Ai, não me venham com essa, é perfeitamente normal, e vai acontecer montes de vezes, David! Não quero que se preocupem com isso… - atirou. Odiava que se preocupassem consigo, até porque quem o devia fazer não o fazia apenas a espezinhava e estava por isso marcada para sempre.
- Oh Mel, tens que deixar que alguém te proteja… - abraçou-a.
- Não quero, a sério eu não gosto disso! – olhou-o – Desculpa, mas não…
- Ok, mas se precisares… - foi interrompido.
- Já sei, posso contar contigo. – sorriu-lhe.
- Tá, então despacha-te que vamos para o Hotel! – saiu.
O telemóvel de Melanie soou pelo quarto improvisado.
**
- JOEYYY!! – berrou feliz ao ouvir a voz do melhor amigo.
- Hey Mel! Tudo bem? – perguntou.
- Sim.
- Não me convences.
- Oh o costume. – contou-lhe o sonho, que já também Joe conhecia de trás para a frente, e contou-lhe a forma de como se acalmara quando viu Tom. – Acho que deve ser por ele ser parecido contigo.
- Mel, Tom Kaulitz apenas em boxers não deve ter nada a ver comigo! – riu-se.
- Por acaso não, ele é mais giro! – gozou.
- Acredito piamente! – riu-se. – Mas Mel… - começou - … estás interessada nele? – sorriu.
- Han?! Achas? Sabes bem que eu e os rapazes… - Melanie nunca se interessou por rapazes como uma rapariga normal, sempre achou que eram apenas mais uns seres que habitavam o mundo e que nem todos era como Joe, e esse era o único rapaz em quem realmente confiava, afinal depois de ter visto o seu pai matar a sua mãe, ela própria não queria passar por isso.
- Ok, mas tens 18 anos rapariga está na altura de te interessares por alguém, não? – perguntou no tom de gozo.
- Oh não sejas tolo! Daqui a nada estás a dizer-me para perder a virgindade com o Tom! – disse num tom mais elevado e a sua porta do quarto abriu repentinamente.
- Melanie vamos para o hotel. – era Tom. Ela olhou-o e dava graças por tudo por estar a falar em português com Joe.
- Ok, já vou. – suspirou. – Joe?
- Sim, quem era? – perguntou o rapaz de rastas.
- Era o Tom.
- Wow, e ele ouviu-te referir o nome dele? – perguntou rindo.
- Não gozes Joe, se ele ouviu vou ter que levar com ele! – disse.
- Ok, ok. Vai lá embora então.
- Mas porque é que ligaste? – perguntou curiosa.
- Ai é verdade! – levou uma mão à testa – O teu pai veio ter comigo e perguntou-me por ti!
- E tu?
- Fiz aquela encenação toda e ele caiu que nem um patinho! – sorriu.
- Fixe. – Melanie suspirou. – Vá agora tenho que ir Joey, beijinhos!
- Beijinhos, Mel! – e desligaram.
**
“Tom?” o seu nome proferido pela voz dela ecoava pela sua cabeça de maneira estonteante. Com quem é que ela estava a falar e acima de tudo, porque é que estava a falar de si?!
- E ficaste bem? – perguntou Melanie preocupada.
- Deves ser a primeira pessoa que pergunta isso em vez de rir! – Bill olhou-a espantado.
- Então é porque é tudo maluco, mas ficaste ou não? – perguntou novamente.
- Ya, fiquei só com uns arranhões nada de especial. – sorriu-lhe.
- Ah pronto. – suspirou. – Tu ainda não paraste? – perguntou a Tom continuando a ouvi-lo rir.
- Não! Desculpa lá mas aquilo teve tanta graça! – voltou a romper em gargalhadas.
- Pensei que eras melhor irmão… - Melanie já tinha percebido que o ponto fraco de Tom era Bill, isto só pelo simples facto de ter visto a relação entre eles nos últimos dois dias, e como esperava Tom calou-se olhando-a seriamente.
“Mas será que ela não é capaz de parar?” pensou Tom para consigo, afinal Melanie estava com eles há dois dias e parecia que a rapariga tinha algo contra si. Não conseguia perceber o quê ou o porquê, mas estava a fazer-lhe confusão.
- Ele é muito bom irmão Melanie. – disse Bill que realmente tinha notado algo de estranho na relação que Melanie mantinha com Tom, havia qualquer coisa no olhar dela dirigido a ele que não batia certo, havia qualquer coisa que a impedia.
- Eu não disse que ele era mau, só disse que pensei que era melhor. – sorriu ao rapaz de cabelos pretos que se mantinha sentado à sua frente. Levantou-se e dirigiu-se ao seu quarto. – Boa noite, rapazes. – despediu-se de todos e fechou-se no quarto encafuando-se dentro dos lençóis preparando-se para mais uma noite atribulada, tal como todas as outras.
*
- MELANIE!! – Peter chegara a casa mais uma vez, e mais uma vez não encontrara a filha. – Mas onde raio se meteu a miúda?! – há dois dias que não via a rapariga de cabelos loiros e olhos castanhos, há dois dias que queria o corpo dela e há dois dias que não o tinha. Vasculhou toda a casa novamente, procurou por vestígios dela no armário e sim, toda a sua roupa se mantinha intacta dentro dele. Olhou as mesas-de-cabeceira negras e cheias de pó e abriu as gavetas: não havia sinal da roupa interior. Olhou em volta e tudo lhe parecia igual, estava tudo no sítio e tudo intacto, mas faltava roupa! “Onde raio ela se meteu?!” pensou bruscamente para consigo. – O miúdo deve saber! – lembrou-se de Joe e saiu novamente de casa em busca da filha.
Esperou pelo rapaz de rastas loiras e largas roupas à saída da escola onde também Melanie andava.
- Hey! – abordou-o. Joe virou-se e viu-o. “Merda, ele já deu conta!” pensou.
- Sim? – chegou-se a ele e olhou-o nos olhos, iria fazer o combinado com Mel e dizer-lhe que nunca mais a vira e que não sabia nada dela.
- A Melanie? – perguntou bruscamente.
- Ainda bem que pergunta, eu também não a tenho visto nos últimos dois dias… até pensei que estivesse doente ou assim, mas achei estranho ela nunca adoece! – tentou parecer o mais credível possível, e ao que parecia Peter não houvera desconfiado de muito.
- Pois eu também não sei dela, pensei que tu soubesses!
- Então mas… se ninguém sabe, será que está bem?! – perguntou preocupado. Tinha que se lembrar de pedir a Melanie o Óscar de melhor actor!
- Pois, quando souber aviso-te. Obrigado. – encolheu os ombros e virou costas ao rapaz “Ele não sabe mesmo de nada.” Pensou para si mesmo enquanto se dirigia ao carro.
Joe respirou fundo e virou costas à escola dirigindo-se para sua casa. Tinha que ligar a Mel.
(…)
- PORQUÊ?! – Melanie acordara com um grito de morte sustido na garganta em forma de súplica. Tinha mais uma vez sonhado com aquela morte dolorosa, com aquelas mãos asquerosas e com o seu passado que julgava mais esquecido do que parecia. Mirou o relógio de pulso pousado ao seu lado e leu as horas: 4:23. Sentou-se na cama e tentou controlar a respiração ofegante que teimava em acelerar cada vez mais. Limpou as lágrimas que escorriam dos seus olhos âmbar e dirigiu-se à cozinha improvisada do gigante autocarro, afinal sabia que não iria conseguir adormecer de maneira alguma.
Tirou uma garrafa de água do frigorífico e sentou-se em frente à televisão, controlando mais uma vez as lágrimas que insistiam em cair à medida que as imagens do sonho continuavam a flutuar na sua cabeça.
- Estás bem? – era Tom que tivera acordado sobressaltado com o grito da rapariga. Ela assustou-se. – Desculpa não te queria assustar.
- Não faz mal. – encolheu os ombros.
- Mas estás bem? Eu ouvi-te gritar… - encostou-se à ombreira e viu o olhar cansado e farto de Melanie passar sobre o seu corpo semi-descoberto.
- Sim, não foi nada. – sorriu-lhe – Volta a dormir. – voltou a olhar para a garrafa se água sentido o seu coração acalmar a batida e a sua respiração ofegar cada vez menos. Substituiu as lágrimas por um sorriso, e ficou espantada por ter feito tal coisa apenas com um olhar sobre o corpo definido do rapaz de tranças.
- Ok, se precisares de alguma coisa… - hesitou, mas prosseguiu - … chama-me. – completou inspirando fundo e voltando para aquela que era a sua cama durante os próximos quatro meses.
- Obrigada. – encostou a cabeça para trás e sentiu o ranger das escadas metálicas, que ligavam ambos os pisos do autocarro, ao Tom subir. Deixou-se ficar o resto da noite ali sentada, não se mexeu do sítio, nem desviou o olhar. Quem a visse diria que estava petrificada.
- Já estás aqui? – era Bill que um tanto ou quanto despenteado e ainda em boxers se dirigia ao armário tirando de lá uma tigela que pousou sobre a mesa, que estava em frente a Melanie.
- Não conseguia dormir mais. Que horas são? – perguntou. Bill olhou para cima até ao relógio que se situava sobre os armários.
- São 10 horas. – disse.
- Já? – inquiriu não muito surpreendida.
- Já nada, ainda!! – disse Bill ao que ela riu. – O teu tio faz-nos levantar cedíssimo e ainda nem sequer chegámos ao Hotel! – queixou-se.
- CHEGÁMOS! – o motorista, que estava a poucos metros deles, berrou.
- Ok afinal ele tem razão… - passou uma mão pelos olhos e sentou-se à mesa comendo vagarosamente os cereais que houvera preparado.
- Aconselhava-te a despachares-te! – disse Melanie ao ver David dirigir-se àquele bus, pelo vidro.
- Porquê? – perguntou olhando-a.
- Porque… - foi interrompida.
- RAPAZES! – berrou David.
- Ok, já percebi. – sorriu à rapariga de cabelos pretos que subiu as escadas metálicas e se dirigiu ao seu quarto.
- Bom dia! – Tom tinha um sorriso bem disposto na cara.
- Oh, bom dia. – respondeu Melanie também com um sorriso sim, mas muito mais apagado e sem graça.
- Dormiste? – perguntou.
- Até ter acordado àquela hora sim…
- E depois?
- Não. – olhou-o e entrou no quarto - … agora despacha-te que o David já está a berrar por vocês lá em baixo.
- Ok. – encolheu os ombros e dirigiu-se ao outro em questão.
- Eh lá! Já estás pronto? – David tinha uma cara de espanto.
- Ora algum problema com isso? – respondeu Tom com um sorriso.
- Eu não, não é normal só isso!
- Vá, vá falem lá mais baixo que me dói a cabeça. – queixou-se Bill.
- Estás com um ar pesado, mano, estás bem? – perguntou Tom preocupado.
- Dói-me a cabeça só isso. – olhou-o – Não deve ser nada.
- Toma qualquer coisa… - disse Tom levantando-se e procurando pelos armários qualquer analgésico.
- Ok. – levou outra colher de cereais à boca e esperou que o irmão mais velho lhe entregasse uma placa com vários comprimidos lá dentro.
- Toma um e vai descansar para o Hotel, temos dia off não precisas de estar a morrer! – disse Tom sentando-se ao lado do irmão, comendo umas bolachas e bebendo um copo de sumo de laranja.
- A Melanie? – perguntou David depois de assistir à cena familiar entre gémeos. – Sabem se já se levantou?
- Sim. – responderam em coro.
- Já esteve cá em baixo foi?
- Sim. – fora Bill que respondera enquanto tomava o comprimido com o resto do sumo de Tom.
- Como é que ela está? – perguntou. David sabia perfeitamente que a sobrinha sonhava vezes sem conta com a morte da mãe, soubera-o no dia em que Melanie se tinha encontrado novamente com ele para resolverem tudo e planearem a sua “fuga”.
- Mas ela tem algum problema? – perguntou Tom interessado.
- Porquê? – David perguntou em resposta.
- Acordou a meio da noite aos berros e não dormiu mais… - disse com um encolher de ombros.
- Hum… - virou costas ao rapazes e dirigiu-se ao quarto de Mel. – Posso? – bateu na porta, e entrou ao ouvir a afirmação de Melanie.
- Olá, tio. – sorriu-lhe apertando o cabelo no cimo da cabeça.
- Então miúda, não dormiste foi?
- Ai, não me venham com essa, é perfeitamente normal, e vai acontecer montes de vezes, David! Não quero que se preocupem com isso… - atirou. Odiava que se preocupassem consigo, até porque quem o devia fazer não o fazia apenas a espezinhava e estava por isso marcada para sempre.
- Oh Mel, tens que deixar que alguém te proteja… - abraçou-a.
- Não quero, a sério eu não gosto disso! – olhou-o – Desculpa, mas não…
- Ok, mas se precisares… - foi interrompido.
- Já sei, posso contar contigo. – sorriu-lhe.
- Tá, então despacha-te que vamos para o Hotel! – saiu.
O telemóvel de Melanie soou pelo quarto improvisado.
**
- JOEYYY!! – berrou feliz ao ouvir a voz do melhor amigo.
- Hey Mel! Tudo bem? – perguntou.
- Sim.
- Não me convences.
- Oh o costume. – contou-lhe o sonho, que já também Joe conhecia de trás para a frente, e contou-lhe a forma de como se acalmara quando viu Tom. – Acho que deve ser por ele ser parecido contigo.
- Mel, Tom Kaulitz apenas em boxers não deve ter nada a ver comigo! – riu-se.
- Por acaso não, ele é mais giro! – gozou.
- Acredito piamente! – riu-se. – Mas Mel… - começou - … estás interessada nele? – sorriu.
- Han?! Achas? Sabes bem que eu e os rapazes… - Melanie nunca se interessou por rapazes como uma rapariga normal, sempre achou que eram apenas mais uns seres que habitavam o mundo e que nem todos era como Joe, e esse era o único rapaz em quem realmente confiava, afinal depois de ter visto o seu pai matar a sua mãe, ela própria não queria passar por isso.
- Ok, mas tens 18 anos rapariga está na altura de te interessares por alguém, não? – perguntou no tom de gozo.
- Oh não sejas tolo! Daqui a nada estás a dizer-me para perder a virgindade com o Tom! – disse num tom mais elevado e a sua porta do quarto abriu repentinamente.
- Melanie vamos para o hotel. – era Tom. Ela olhou-o e dava graças por tudo por estar a falar em português com Joe.
- Ok, já vou. – suspirou. – Joe?
- Sim, quem era? – perguntou o rapaz de rastas.
- Era o Tom.
- Wow, e ele ouviu-te referir o nome dele? – perguntou rindo.
- Não gozes Joe, se ele ouviu vou ter que levar com ele! – disse.
- Ok, ok. Vai lá embora então.
- Mas porque é que ligaste? – perguntou curiosa.
- Ai é verdade! – levou uma mão à testa – O teu pai veio ter comigo e perguntou-me por ti!
- E tu?
- Fiz aquela encenação toda e ele caiu que nem um patinho! – sorriu.
- Fixe. – Melanie suspirou. – Vá agora tenho que ir Joey, beijinhos!
- Beijinhos, Mel! – e desligaram.
**
“Tom?” o seu nome proferido pela voz dela ecoava pela sua cabeça de maneira estonteante. Com quem é que ela estava a falar e acima de tudo, porque é que estava a falar de si?!
uhhh xD
ResponderEliminar"Daqui a nada estás a dizer-me para perder a virgindade com o Tom! – disse num tom mais elevado e a sua porta do quarto abriu repentinamente.
- Melanie vamos para o hotel. – era Tom." AMEI xD estava-se mesmo a ver que o Tom tinha que aparecer, né? xD
ora segue-me lá com isso ^^
mete mais pá -.- mas eu tenho que me chatear? --. xD (a)
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