terça-feira, 13 de abril de 2010

#48



Último


- É a tua vez. – balbuciou Carolina ao sentir Bently choramingar.
- Deve ter fome. – respondeu Tom ensonado. – E eu ainda não posso dar de mamar. – acrescentou comendo algumas das palavras e segurando-se mais à cintura de Carolina apertou-a mais contra si.
- Chato. – abriu os olhos. – Larga-me, então. – sorriu-lhe. Adorava saber e sentir que Tom necessitava dela até mesmo para adormecer e se sentir protegido do mundo. Elevou Bently nos braços, e sim era fome que o pirralho tinha. Sentou-se na cama. – Tens que aprender a não me contrariar sim, bebé? – falava para a pequena criança encolhida no seu regaço mamando sofregamente do seu peito. Tom virara-se na cama e deu consigo a mirar aquela imagem. Era tão bom de se ver, e pensar que aquela coisinha pequenina era fruto do mais puro amor que alguma vez podia ter sentido por alguém, dava-lhe alento, especialmente sabendo que esse alguém era Carolina que, podia mesmo dizer, era a sua mulher de sonho e a mulher da sua vida.
Esfregou os olhos e abraçou Carolina por trás aninhando-se atrás dela e observando a pequena figura mamar.
- Não é lindo? – perguntou Tom sorrindo.
- É perfeito. – concordou Carolina limpando uma gota de leite do canto da boca da criança vendo-a exibir um sorriso que derreteu ambos os progenitores. Colocou a criança de pé sobre o seu colo e dando-lhe leves palmadinhas nas costas esperou que a criança arrotasse.
- És mesmo um Kaulitz! – Tom sorriu ao ouvir o barulho vindo da pequena garganta do seu filho. Carolina riu-se e voltou a deitar a criança no berço presente no quarto e esperou até que este adormecesse para também ela voltar para a cama.

Deitou-se e aninhou-se em Tom como todas as noites de há seis anos para cá se lembrava de fazer. Pousou a cabeça no peito dele e sentiu os seus braços à volta dela.
- Eu amo-te avestruz. – se Tom tinha arranjado melhor altura para retomar aquele nome que os juntou era aquele, sem dúvidas.
- E eu amo-te cabeça de esfregona. – Tom podia fazer todo o tipo de penteados e mais alguns que para Carolina ele seria sempre a sua cabeça de esfregona.
Podia pedir mais? Podia? Claro que não, viver assim com Tom, feliz, ver sonhos concretizados, vícios deixados, olhar para a frente e sorrir com o futuro. Não podia pedir mais nada. Carolina nunca acreditara nesse género de coisas, o destino para si nem tão pouco existia, mas a sua relação com Tom e todos os passos que a levaram até ele não estariam realmente traçados? Não estariam já definidos e prontos para que eles apenas caminhassem sobre as pegadas anteriormente deixadas? Talvez estivessem, mas para ela não importava, afinal tinha a família que nunca pensou construir, o amor que nunca esperaria encontrar, e o filho que até certo ponto nunca esperou ter. Fora traída no passado, fora pisada pelos outros e por si própria, fora fria com quem não devia e fora demasiado branda com quem não conhecia. Viveu um passado que agora apenas estava escrito naquele livro pousado sobre a sua secretária.

Sim, escrevi um livro, decidi escrever as minhas memórias num papel e por influência de Tom, Ana e Bill decidi detalhar tudo e publicar esta obra.
Não tenho pudor de descrever o que fiz no passado, não tenho medo daquilo que, enquanto figura pública, as pessoas pensarão de mim. Não tive dúvidas de que isto é o mais correcto a fazer, e se é nesta parte que devo deixar os meus agradecimentos eu escrevo apenas um obrigado. Quem é realmente importante para mim sabe-o.

Fechou o caderno onde apontava tudo o que se vinha a lembrar. Fechou o caderno em que escrevera o seu passado, quase inteiramente, e onde digitara o presente feliz que começava a viver. Agora o futuro, esse que ela não tinha a capacidade de prever iria apenas ser vivido, porque com toda a certeza seria a melhor coisa de toda a sua vida.

- Estás pronta? – Tom abriu a porta do quarto que pertencia a ambos à anos.
- Sim, mãe mexe-te! – Bently agora com 5 anos de idade acabava de exprimir a pressa que tinha em ir até casa dos tios.
- Eu mexo-me sim senhor! – Carol riu com a observação do filho e dirigiu-se à porta onde Tom, com aquele sorriso que tanto o caracterizava a esperava. – Vamos? – perguntou-lhe.
- Vamos. – alargou o sorriso e não resistiu a roubar um beijo ardente e apaixonado àquela que era actualmente sua noiva.


FIM

1 comentário:

  1. Como diria Stephanie Meyer "o amor é a melhor parte de todas as histórias" *.*
    acreditas que só hoje é que acabei de ler esta história? -.- opá, desculpa-me, a sério, mas eu fui lendo aos poucos porque puseste tudo de uma vez e entretanto começaste com a outra (:
    bem, sobre esta: gostei, sim, tem partes muito sentimentais e a tua escrita é muito... tua! Nota-se que estás naquela história e isso é muito bom ;D
    quero um Tom como aquele +..............+
    continua a escrever que acredito que possas melhorar ainda mais a tua escrita que já é muito boa :)
    beijinhos**

    ResponderEliminar