sábado, 19 de junho de 2010

#26

Obrigada a quem leu (:


Último

- Bom dia. – Tom sussurrou-lhe ao ouvido, sobre a manhã solarenga que fazia na cidade de Lisboa. A Tour tinha acabado à duas semanas atrás e neste momento só David, Melanie e Tom se encontravam em Portugal. Era o dia do aguardado julgamento.

Peter tinha ficado preso e tinha admitido as violações a Melanie, mas nunca fora ouvido da sua boca o homicídio a Sofia Turpin. Ninguém tinha tido confirmação de tal coisa, só sabiam da história pela versão da Melanie que, afinal de contas, tinha visto tudo.
Sarah desaparecera do mapa no mesmo dia em que se revelara a David. A polícia já tinha estado à procura dela, pois poderia servir como testemunha também, mas ninguém a tinha encontrado. Tal como tinha reaparecido, houvera desaparecido, no nada.

- Bom dia. – Melanie virou-se na cama e encontrou o sorriso de Tom. Beijou-o como já se tinha habituado a fazer à meses para cá. Ter Tom na sua vida tinha sido a melhor coisa de sempre. – É hoje. – escondeu a cara no seu peito desnudado.
- Nervosa?
- Bué. – disse pegando na mão de Tom e pousando-a sobre o seu lado esquerdo do peito.
- Uuhh, estás em brasa! – gozou com ela tentado atenuar o momento.
- Tu não existes! - riu-se beijando-o e sentando-se na sua cintura.
- Hum, isso é um convite para alguma coisa? – perguntou beijando-lhe o pescoço, segurando-a pelas ancas, referindo-se ao movimento da namorada.
- Interpreta como quiseres. – passou os lábios pelos dele e levou as mãos aos abdominais de Tom. Ele virou-a na cama e beijou o seu peito, descendo pela barriga parando no ventre liso que a namorada tinha.
- Estou a interpretar bem? – perguntou com um sorriso maroto nos lábios.
- Muito bem… - suspirou - … continua. – pediu e Tom assentiu, voltando a esconder os lábios no corpo daquela que, sem dúvida alguma, amava.

*

- Melanie! – era David que chegava à sala de pequenos-almoços onde ela e Tom estavam sentados.
- Bom dia. – parecia bem mais calma do que aquilo que na realidade estava.
- Veste isto, por favor. – deu-lhe um saco.
- Que é?
- Apenas veste. Depois tenho umas coisas para falar contigo. – e indicou-lhe a casa de banho.
- Ok. – pegou no saco e foi-se vestir.

(…)

Estava sentada no tribunal. Aquele lugar trazia-lhe arrepios, afinal fora obrigada a contar toda a história. Foi obrigada a reviver, novamente, aqueles momentos horríveis da sua vida de menina inocente e adolescente macerada.
Saiu daquela sala com a sentença a seu favor. Iria viver com David para a Alemanha e Peter iria preso por homicídio e violação de menores.

- Mel! – Tom, do lado de fora da porta, chamou-a. No entanto, antes de Melanie se poder virar e ver Tom, já Peter houvera armado confusão e se largara dos seguranças alcançando uma arma.
- Ninguém se mexe ou eu disparo! – avisou apontando a arma a Melanie. Toda a gente parou suspensa no ar. Aquele homem era louco!
- Não, não disparas! – Melanie dirigiu-se a Tom e um tiro soou.
- MELANIE! – Tom berrou acolhendo o corpo, que parecia inerte, de Mel nos braços. – Mel… - sussurrou para si mesmo beijando-lhe a testa e abraçando o seu corpo.
Melanie tivera sido atingida nas costas com o tiro, fazendo o seu corpo embater no de Tom com alguma força, no entanto nada nela sangrava.

A polícia imediatamente agarrou Peter, agora já sem medos visto ele ter largado a arma com uma gargalhada maléfica assim que acertou em Mel. Foi levado para dentro, pensando que tinha sido bem sucedido.
- Melanie… - Tom sussurrou e Melanie mexeu-se facilmente de mais. ela olhou-a. Levantou-se e despiu a t-shirt. - … que é que estás a fazer?! – perguntou visivelmente preocupado. David chegou ao pé deles.
- Está tudo bem, Tom. – Melanie descansou-o com um beijo nos lábios, acabando de tirar a t-shirt e mostrar o colete à prova de balas que tinha vestido antes de chegarem ao tribunal.
- Como? – ele perguntou sem perceber.
- Estava tudo planeado, Tom. – disse David. – Criminosos como ele são sempre imprevisíveis, por isso convém haver sempre uma protecção extra. Fui eu que lhe entreguei o colete. – Tom lembrou-se, na sala de pequenos-almoços David mandara-a ir vestir qualquer coisa.
- Vocês mataram-me de susto! – refilou abraçando a rapariga.

- Queres isto para recordação? – perguntou um polícia tirando, do colete, a bala que a atingira.
- Não, obrigada. Fique com ela. – sorriu.

5 anos mais tarde.

- Estou destinada a só te ver cada vez que venho a Londres?! – refilou Melanie com Joe pondo as mãos na cintura.
- Ao que parece sim! – riu-se.
- Oh. – cruzou os braços e, Tom, que estava sentado com eles na piscina riu-se dela. – Estás a rir-te de quê, óh?
- De ti, Mel! Tens tanta piada! – meteu-se Joe. Ela levantou-se e atirou-se à água da piscina coberta em que eles estavam. Sim, porque na Inglaterra estava a chover a potes! Mas não sem ouvir um “Cuidado!” preocupado gritado por Tom.
Joe sentou-se na espreguiçadeira e aproximou-se de Tom.

- Ela teve mais pesadelos? – perguntou baixinho.
- Não… - Tom respondeu também baixinho, sentando-se como ele. - … há 5 anos que nada a atormenta. É simplesmente a Melanie que quer e bem lhe apetece. – explicou.
- Ainda bem. – Joe sorriu e Melanie escorreu o cabelo sobre ele. – Ai! – queixou-se.
- Bem feita, é para não falares de mim na minha ausência. – deitou-lhe a língua de fora.
- Parva! – Tom riu-se deles os dois. – É o meu! – Joe levantou-se, fugindo de Melanie, anunciando que o telemóvel que estava neste momento a tocar era o dele.

- Gosto tanto de te ver assim. – Tom sorriu deitando-se na espreguiçadeira.
- Assim como? – sentou-se na espreguiçadeira dele.
- Feliz, sem preocupações, descontraída… - beijou-lhe o ombro e fê-la deitar-se ao seu lado. Como sempre acontecia nas piscinas em que eles estavam, também esta estava deserta. Ela pousou o queixo no peito de Tom.
- Sem preocupações não é bem assim… - disse passando a mão sobre o seu ventre agora não liso. Melanie estava grávida de 5 meses. Tom sorriu, estava tão feliz por ir ser pai com ela que era incapaz de não mostrar essa felicidade com um sorriso cada vez que ela tocava no assunto, ou que ele próprio tocava nela. Cada vez que percorria o corpo de Melanie com os lábios, cada vez que beijava aquela tatuagem situada na sua anca, cada vez que tinha a oportunidade de a fazer sua, aquele assunto vinha ao de cima. Melanie não estava grávida porque queria mas porque acontecera.
- Isso não é uma preocupação… - beijou-a. - … foi num momento de diversão, até! – sorriu-lhe e Melanie riu-se. Aquela gargalhada que enlouquecia Tom, era sem dúvida o melhor som se sempre!
- És tão parvo! – passou-lhe a mão pelos abdominais, pelo peito, pelo ombro até encontrar os seus lábios e os substituir num beijo.
- Tu gostas assim… ou neste momento não estarias em cima de mim! – riu-se, sentindo-a sentar-se na sua cintura.
- Correcção: eu amo assim. – sublinhou, beijando-lhe o pescoço.
- Eu também te amo, Mel. – agarrou-a pelo pescoço e sugou-lhe o lábio inferior num beijo mais aprofundado do que aquilo que esperava.

- Vocês não sabem fazer mais nada?! – gozou Joe aproximando-se deles com Bill e uma rapariga abraçada à sua cintura. Ao que parecia Bill Kaulitz tivera a sorte de encontrar, pelas ruas de Londres, o amor da sua vida.
Mel virou-se e simplesmente lhe piscou o olho com um sorriso perverso.
É claro que podia fazer muitas mais coisas com Tom, é claro que fazia muitas outras coisas com Tom, mas ninguém tinha nada a ver com isso. Aquilo que se passava entre os dois estaria sempre guardado no segredo dos Deuses.

Fim

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