segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

#12




- Mostra-me! – pediu Tom pela quarta vez naquela noite. Tinham acabado de jantar em casa de Carol, e Ana e Bill tinham saído naquele momento para só voltarem às tantas da manhã.
- Ok! És mesmo chato tu! --,
- Desculpa! Tu dizes-me que eu sou a inspiração, logo estou super curioso para saber o que é que escreveste.
- Então prepara-te.
– Carol pegou na sua guitarra branca e:

“Something that I feel I need to say
But untill now I've always been afraid
That you would never come around
And still I wanna put this out

You say you got the most respect for me but
Sometimes I feel you're not deserving of me
And still you're in my heart
But you're the only one

And yes, there are times when I hate you
But I don't complain
'Cause I've been afraid that
You would walk away

Oh but now I don't hate you
I'm happy to say
That I will be there at the end of the day

I don't wanna be without you babe
I don't want a broken heart”

Carol cantou um excerto da música e Tom arrepiou-se, aquilo seria alguma declaração ou algo do género? Já há duas semanas atrás Carol lhe tinha dito: “Eu gosto de ti, Tom” e só com isso ele ia tendo uma coisa, agora o que é que pensaria?
- Tom? Tooom? – chamou Carol. – Acorda, óh esfregona!
- Han? Ai, é linda, Carolina!
- Gostas?
- Adoro…
- sorriu aproximando-se dela provocando-a com os seus lábios nos dela. – Namora comigo… - pediu baixinho com os lábios colados aos dela e as mãos a passearem na sua cintura, deitando-a no sofá.
Carolina estava decidida daquilo que lhe ia responder, apenas não sabia se era o mais acertado, nem se era o que Tom esperava. Aquela música tinha sido começada no dia em que pôde conhecer um pouco melhor Tom, e de facto o rapaz não lhe pareceu nenhum bicho-de-sete-cabeças como geralmente Carol identificava todos os rapazes com que tinha sexo. Esses perguntavam coisas que para ela não tinham o mínimo significado e que não eram, de todo importantes. Mas Tom não. Tom preocupava-se com ela, com aquilo que lhe podia ter acontecido para ela deixar de sentir amor. Para deixar de acreditar naquele sentimento tão puro e, por normalidade, tão verdadeiro. Tom tornou-se um óptimo amigo e pelo rumo que começavam a tomar, pelo caminho que juntos começavam a traçar, provavelmente tornar-se-ia também um excelente amante. Tinha certezas que gostava dele e que queria voltar a sentir amor. Voltar a sentir-se acelerada cada vez que trocasse um olhar com ele, ou um nó no estômago cada vez que o beijasse, ou sentir um arrepio por um só toque vindo dele. Ele era único e ela sabia-o.
- Namoro… - suspirou beijando Tom no momento seguinte. O sorriso alargou-se e Carol pôde jurar que desde que o conhecia aquele teria sido o sorriso mais tocante e mais sincero da parte de Tom.
- Tens noção que acabaste de me dar a melhor notícia de sempre não tens? – perguntou sentando-se e olhando os olhos azuis dela.
- Ai sim? – perguntou sentando-se ao lado dele.
- Sim! – Tom levantou-se e puxou-a pela mão entrelaçando os dedos nos dela, desta vez Carol não os soltou. – És única e exclusivamente minha, certo borboleta?
- Certo, Tommy…
- respondeu com um sorriso agarrando o rapaz pela cintura beijando os seus lábios. Empurrou-o com calma até embater numa das paredes da sala. Tom puxou-a para o seu colo agarrando-a pelas nádegas dirigindo-se ao quarto de Carol que já tão bem conhecia. Pousou-a sobre a cama e deixou que o seu corpo se colasse ao dela. Desejava-a mais que em qualquer outra vez que tivesse feito sexo com ela. Agora seria especial. Agora com toda a certeza que Carol se entregaria a ele de corpo e alma. Tal como ele faria. Tom sabia que ela era dele e que por muito estranho que parecesse, para ele fazia todo o sentido ser dela. Queria, naquele dia específico, fazer amor com ela e sentir que lhe pertencia.
Carol circundou a cintura de Tom com as suas pernas e beijou-o carinhosamente. Adorava aqueles lábios, aquele corpo, aquela essência que ele naturalmente possuía. Sabia que Tom seria eternamente um conquistador, mas estava descansada pois neste momento sabia que Tom apenas a conquistara a si e que mais ninguém estava no meio. Desceu as mãos até à barra das t-shirts de Tom e fê-las deslizar pelo seu definido corpo. Virou-o na cama e deu-se ao luxo de sentir cada centímetro do tronco dele com os dedos que, mais tarde preencheu com os lábios e até com o seu piercing. Via Tom contorcer-se ao senti-la e adorava a sensação de saber que lhe transmitia prazer. Tom suspirou e agarrou na larga t-shirt que Carol trazia vestida e fez com que voasse até uma das pontas do quarto. Explorou as suas curvas com a ponta dos dedos enquanto beijava os seus lábios e sentia Carol estimulá-lo com o piercing. Se tinha beijado alguém que soubesse usar um piercing daqueles, certamente Carol era essa pessoa! Desceu as mãos até ao cós das calças de Carol, também elas largas, e com um simples desfivelar do cinto, retirou-lhas, deixando-as cair ao lado da cama. Deitou-a para o seu lado esquerdo e deitou-se sobre ela, passando os lábios pelo seu peito ainda coberto pelo rendado soutien rosa e desceu até ao seu umbigo beijando-o e brincando com o piercing que Carol ali possuía. Continuou a descer percorrendo as coxas dela com beijos molhados tendo oportunidade para a marcar perto do joelho direito. Sentiu Carol colocar-lhe os pés na sua cintura e afastá-lo de si. Olhou-a e derreteu com o sorriso carinhoso e provocador que Carol exibia nos lábios.
Carol levantou-se e desapertou as calças de Tom deixando-as cair aos seus pés. Olhou-o e beijou-o agarrando-o pela cintura incitando-o a deitar-se no chão alcatifado verde. Tom assim o fez e Carol sentou-se sobre as suas coxas, passando mais uma vez as suas mãos pelo definido tronco de Tom, arranhando-o levemente com as unhas. Ele pôs-lhe uma mão na anca e com a outra puxou-a pelo pescoço até aos seus lábios. Precisava do beijo dela. Passeou os seus lábios pelo pescoço dela provocando-lhe arrepios com o piercing frio e subiu as mãos pelas suas costas até ao fecho do soutien de Carol. Ela descolou-se dele e num olhar sedutor levantou-se do colo de Tom. Ele olhou-a com estranheza, mas o que é que ela estaria a fazer?
Carol sorriu-lhe e levou ela as mãos ao fecho do soutien, desapertando-o e atirando-o depois a Tom que se riu com o gesto. Passou as mãos pelo seu próprio corpo vendo Tom querer levantar-se e ser ele a explorá-la. Colocou-lhe um pé sobre o peito e Tom voltou a deitar-se, apenas observando a forma como Carol se exibia e como de facto tinha um corpo de sonho.
Carolina levou as mãos às cuecas, também elas rendadas, e lentamente fê-las deslizar pelas suas pernas. Atirou-as para trás de si e voltou a Tom que imediatamente a colocou por baixo de si. Ela riu. Tom desejava-a mesmo!
Tom sorriu ao vê-la rir. Percorreu o corpo de Carol em beijos quentes e sentiu-a invadir os seus boxers com as mãos frias fazendo-o suspirar.
Carolina roçou os lábios pela orelha de Tom e sussurrou-lhe qualquer coisa ao ouvido, o que fez com que ele fechasse os olhos e saboreasse, apenas, a sua voz. Levou as mãos ao elástico dos boxers axadrezados que Tom tinha vestidos e tirou-lhos num simples movimento. Olhou-o.
Tom percebeu, Carol queria-o dentro de si. Queria senti-lo navegar no seu interior mais uma vez e em conjunto atingirem o seu máximo.
Penetrou-a lentamente vendo-a fechar os olhos ao começar a sentir o seu membro deslizar no seu interior. Tom colocou ambas as mãos no chão, uma de cada lado da cintura de Carol, e começou a impulsionar o seu corpo contra o interior do dela. Carolina agarrou-o pelas costas, colando os corpos, e instintivamente cravando as unhas na pele de Tom.
Ambos podiam jurar que fora o melhor sexo de sempre. Talvez fosse por haver sentimentos envolvidos. Talvez fosse por desejarem tanto o outro. Ou talvez fosse pela junção dos dois… mas que tinha significado, tinha.
Tom mordeu cuidadosamente o ombro de Carol quando se sentiu atingir o seu pico e preenche-la com a sua masculinidade. Carol gemeu contra o pescoço de Tom no minuto seguinte anunciando que também ela houvera atingido o orgasmo.

Tom saiu dela e escondeu a cara no seu peito tentando controlar a ofegante respiração. Já Carol tapara os olhos com o antebraço, como sempre fazia, tentando dominar-se.
Tom beijou-a e ela olhou-o tirando o braço dos olhos.
- Qual é que é o teu fetiche pelo chão? – perguntou Tom com um sorriso.
- É giro… - respondeu ela elevando a cabeça e dando um leve beijo na ponta do nariz de Tom.
- É giro, mas não é confortável! – queixou-se levantando-se e puxando Carol pelas mãos ajudou-a a levantar-se.
- Até parece que o meu tapete não é fofinho! – riu.
- O teu tapete é fofinho mas não deixa de estar no chão que… - interrompeu-se para beijar Carol que se pendurara no seu pescoço - … não é fofinho, antes pelo contrário!
- Não refiles que a ti não te doem as costas pois não?
- Não.
– respondeu encolhendo os ombros.
- Ah! A mim dói! – queixou-se.
- A ti dói-te sempre também. --, Tens que ir ao médico! - disse – Mas queres uma massagem? – perguntou passando as suas mãos ao longo das costas de Carol.
- Queroooo! – aceitou toda feliz da vida. Tom riu da sua reacção. Vestiu os seus boxers e viu-a vestir as rendadas cuecas rosa.
- Vá cu para cima! – ordenou vendo-a deitar-se de barriga sobre a cama. Ela riu. Sentou-se sobre o seu rabo e começou a fazer movimentos circulares por todas as partes das costas de Carol, seguindo os sítios onde ela lhe dizia que doía. Carol soltava suspiros de alívio ao ver as suas dores tornarem-se mais escassas, e ao mesmo tempo suspiros de prazer, Tom tinha jeito. – Melhor? – perguntou deitando o seu corpo sobre o dela beijando-lhe a nuca.
- Sim. – respondeu Carol nem se mexendo estava tão bem como estava… - Obrigada. – agradeceu.
- Sempre às ordens… - disse-lhe Tom beijando-lhe o pescoço.
- Ah não me digas isso que eu abuso! – avisou lançando os braços para atrás agarrando o corpo de Tom que continuava sobre o seu.
- Como se eu me importasse que tu abusasses de mim… - riu passando as pontas dos dedos ao longo do tronco da rapariga.
- Huum… - emitiu virando-se por baixo do corpo de Tom. Abraçou-o e beijou-lhe os lábios fugazmente. – Dás-me sono Tommy. – disse coçando um olho. Tom beijou-lhe a testa.
- Isso é bom? – perguntou passando para o lado dela e puxando-a para o seu peito. Ambos precisavam de dormir.
- Dependendo da situação sim... – sorriu. Tom abraçou-a mais. – Gosto mesmo de ti Tommy. – disse contra o peito de Tom tentando para além de o dizer a ele, mentalizar-se a ela mesma de tal facto. Já não podia negar que gostava a sério de Tom. Mais dia, menos dia era certo que o amor provavelmente a atingiria, novamente.
- Eu também gosto muito de ti, borboleta. – disse sorrindo antes de ambos adormecerem.

(…)

- Pessoal! – chamou Carol ao chegar à sua loja de tatuagens em plena cidade de Berlim. – Tenho um anúncio! – declarou. Todos a olharam com um sorriso nos lábios, ali toda a gente se dava bem e nunca havia tempo para discutir, eram sem dúvida a loja mais movimentada de Berlim para quem queria marcar-se a tinta ou com metal. – Dentro de duas semanas vou estar em viagem pela Europa com os Tokio Hotel a abrir os concertos e vou ausentar-me daqui por aproximadamente 3 meses. – informou. A primeira reacção foi um berro por parte das 6 pessoas que estavam naquela sala. Era um facto que todos conheciam o talento que Carol tinha para a música, por isso estavam contentes.
- Parabéns, miúda! – disse John, um homem com aproximadamente 35 anos de idade e com o corpo completamente tatuado.
- Siim! Parabéns! – felicitaram Raquel e Joana. Duas portuguesas que por acaso também estavam em Berlim.
- Eu quero que depois me apresentes o Tom! – disse Joana.
- Oh com certeza! – riu Carol.
- Ai parabéns outra vez miúda! – dissera Raquel.
- Obrigada pessoal! – agradeceu dando um abraço a todos os presentes. – Mais uma coisa! – lembrou-se.
- Que foi? – perguntou Sophie. Eram essencialmente mulheres que ali trabalhavam, só existiam dois homens, para além de John, o Nick.
- Bill Kaulitz vem fazer um piercing! – informou pondo a mão na testa.
- O vocalista dos Tokio Hotel? – perguntou Nick.
- Sim.
- Então vais fechar isto, não?
– perguntou John.
- Yup! E ele deve estar aí a che… - foi interrompida por um berro dado fora da loja.
Repentinamente Bill entra a correr na loja seguido de um autêntico monstro, que Carol reconheceu como sendo Tobi. – Hey! Que foi aquilo? – perguntou olhando o rapaz.
- Fãs! – limitou-se a responder com um sorriso.
- Ah tá certo! – disse – Raquel fecha isto. Parece que tenho trabalho a fazer! – riu olhando Bill. Dirigiram-se até um pequeno estúdio ali ao lado. – E vais fazer onde? – perguntou.
- Mamilo! – disse com um sorriso.
- Pronto é desta que enlouqueces a Ana! – riu.
- Achas? – perguntou.
- Acho! – soltou nova gargalhada ao se voltar para Bill e vê-lo com uma cara de sonhador.
- Vá chega disto! – corou – Mostra-me os piercings que tens para aí. - Carol obedeceu e mostrou-lhe uma vitrina com diversos piercings de todos os tamanhos, cores e feitios. Bill escolheu um em forma de meia lua, com as duas bolinhas nas pontas.
- Tira a t-shirt, se faz favor. – pediu Carol preparando um spray anestésico, as agulhas e umas luvas para calçar. Espalhou-lhe um pouco de spray no mamilo esquerdo, que era onde Bill queria o piercing e esperou que fizesse efeito. Passou a agulha, substitui-a pelo piercing e fechou-o. – Parabéns, está feito! – disse-lhe deitando a agulha fora e guardando o spray.
- Obrigado! – Bill levantou-se e foi-se ver ao espelho de corpo inteiro que se encontrava no compartimento. – É lindo páh! – disse babado ao mirar-se.
- Estou a ver que gostas! – riu Carol olhando-o e tirando as luvas que usara.
- Gosto pois! Se o quis era porque gostava!
- Sei lá, eu podia não ter feito o trabalho como deve de ser!
– sorriu.
- Parva! – riu vestindo a t-shirt.

(…)

- Ai gosto tanto do meu novo piercing! – disse Bill ao entrar em casa delas com Carol.
- Vieste o caminho todo a dizer isso Bill! -.- - queixou-se Carol.
- O quê? – perguntou Ana chegando à sala onde eles agora estavam.
- Tenho um piercing novo amor! – disse a Ana dando-lhe um beijo.
- Mostra! – pediu – É onde? – perguntou ao ver Bill começar a despir a t-shirt.
- Aqui. – apontou para o seu mamilo. Carol sentou-se no sofá e ligou a televisão.
- Wow! É lindo! – disse.
- Quem é que é lindo? – perguntou Tom aparecendo do nada. – Eu? – perguntou com um sorriso.
- Credo estás cá? – perguntou-lhe Carol ao vê-lo sentar-se ao seu lado roubando-lhe um beijo.
- Nop, é um clone! – gozou.
- Parvo. --, - retribuiu.
- Mas o que é que se pass… - Tom interrompeu-se ao ver o irmão em tronco nu e com uma coisa metálica no mamilo – Eish! Fizeste um piercing aí? Man, não doeu? – perguntou levantando-se para observar melhor.
- A anestesia serve para alguma coisa, não? – perguntou vestindo a t-shirt.
- Sim, isso é verdade… - sentou-se novamente – Já viste isto? Piercings nos mamilos… Sabias que ele ia fazer? – perguntou a Ana.
- Eu não!
- Nenhum de vocês sabia, só a Carol!
– disse Bill sentando-se no outro sofá. Ana sentou-se ao seu colo.
- Porquê? – perguntaram Ana e Tom em uníssono.
- Precisava de saber se era eu que lho ia fazer não acham? – perguntou Carol soltando uma gargalhada.
- Ah isto é trabalho teu? – perguntou Tom.
- O trabalho é, a ideia é dele… e também só soube que era no mamilo quando ele chegou à loja! – informou.
- Bem, não interessa sim? Agora já está feito e está lindo! – disse Bill – Tom tu é que podias fazer um… - gozou.
- No mamilo, mas estás parvo?! – Carol riu-se. – Ela ri-se! Cá para mim não me dava anestesia… - picou.
- Pois não… contigo é tudo a sangue frio. – respondeu beijando-lhe os lábios. Tom riu imaginando algum trocadilho de teor sexual.
- Tá certo! – respondeu.
- Tenho fome… - anunciou Carol deitando a cabeça no ombro de Tom.
- Também eu! – declarou o próprio.
- Então porque é que não vão os dois cozinhar? – sugeriu Ana.
- Ah pode ser! – disse Carol entusiasmada. – Bora! – agarrou Tom pela mão e dirigiu ambos à cozinha.

Sem comentários:

Enviar um comentário