sábado, 12 de dezembro de 2009

#5


- Carol!! – chamou Ana da sala.
- Huum… - ouviu um gemido vindo do quarto da irmã. Duas semanas tinham passado desde que tinham estado com os Tokio Hotel, e era de novo fim-de-semana.
- Olha o telemóvel! – disse levando o iPhone à porta do quarto de Carol. – Carol?
- Que foi?
– perguntou virando-se na cama.
- Alguém está a telefonar-te.
- Atende tu!
– disse-lhe encolhendo-se na cama aninhando-se na almofada. Carol tinha-se deitado às tantas da manhã depois de ter chegado de uma discoteca, logo agora só queria dormir.
- Ok. – encolheu os ombros e levou o aparelho ao ouvido.

**
- Estou? – perguntou.
- Carol?
- Não, é a irmã dela. Quem é?
– perguntou Ana, no entanto tinha a sensação que conhecia aquela voz de algum lado.
- Ah Ana! É o Bill! – disse Bill Kaulitz feliz da vida do lado de lá da linha.
- Olá! – Ana ouviu Tom rir. – Tudo bem?
- Sim e por aí?
- Também! Olha eu estava a ligar para saber se querem vir ter connosco…
- disse - … mais uma vez! – riu.
- Olha mas e que tal virem vocês ter connosco? A nossa casa é perto do Hotel onde vocês estão, e é grande se cá quiserem dormir dá perfeitamente! – sugeriu.
- Ah ok, então! Tens é que me dar instruções de como irmos aí ter! – riu.
- Claro! – e lá lhe explicou tudo.
**

- Levanta-te, vamos às compras! – ordenou Ana a Carol.
- Para quê? – perguntou mexendo-se.
- Os Tokio Hotel vêm jantar cá a casa! – disse feliz.
- Oh pois está bem… - não acreditava muito.
- Era o Bill ao telefone. – informou.
- O Bill? – estranhou – Ah sim eu dei-lhe o meu número! – lembrou-se. Sentou-se na cama com os pés no fofo tapete verde que contrastava com as paredes laranjas do quarto.
- Vamos, sim? – perguntou mais uma vez antes de sair do quarto da irmã e ir arranjar-se.
- Ok. – respondeu para o vazio levantando-se. Pegou num top e numas calças de ganga, calçou os seus AllStars e atou o cabelo num simples rabo-de-cavalo. Tomaram o pequeno-almoço, e saíram de casa.

(…)

- Que é que vamos fazer para o jantar? – perguntou Carol, afinal tinham chegado a casa naquela altura e eram 6h da tarde, tinham-se perdido em compras no shopping onde foram.
- Não sei. --. Estou sem ideias!
- Pois boa --, eu não sei… talvez… eles gostam de quê?
– perguntou.
- Pizzas, hambúrgueres e coisas do género… - disse olhando a irmã.
- Então mãos à obra, vamos fazer aquelas pizzas que costumávamos fazer com a mãe, quando éramos pequeninas, sim? – perguntou a Ana.
- Sim! – sorriu-lhe e começaram.

Acabaram e colocaram-nas no forno. Sentaram-se nas cadeiras do balcão.
- Ai isto cansa! – queixou-se Carol.
- Incrível como tu te estás sempre a queixar!
- Não estou sempre, mas sabes que tenho problemas de costas, sim? E isso dói! Caso não saibas!
- Tens que pedir uma massagem a um gajo qualquer!
– gozou.
- A um gajo!? Dos gajos só quero sexo, ponto! – disse levantando-se e dirigindo-a à casa de banho. – São 19h caso não saibas! Combinaste às 19h30 por isso despacha-te! – disse-lhe.
- Ai e as pizzas?! – perguntou. Carol voltou à cozinha.
- Vai tomar banho que eu trato delas. --,
- Obrigada amor de vida!
– disse dando um beijo na bochecha de Carol.
- Graxista! – riu. Foi para a sala e pegou na sua menina. A sua guitarra gibson branca, com cada corda de uma cor diferente do arco-íris. Era completamente personalizada por si. Tinha duas das suas tatuagens desenhadas no corpo da guitarra, a estrela que tinha no pulso e a borboleta que tinha ao fundo das costas; no braço tinha escrito “Be Careful!”, afinal ela dizia, muitas vezes, que deviam ter cuidado consigo, por isso… Começou a dedilhar uns acordes soltos, apenas para passar o tempo.
O forno deu sinais de vida ao fazer um leve ‘triiim’. Foi à cozinha e depois de retirar as pizzas lá de dentro, pôde ir tomar o seu relaxado banho.

Ana continuava sem sair do seu quarto e Carol tinha acabado de sair da banheira quando ouviu a campainha.
- Vais lá Ana?! – perguntou.
- Não! Vai tu, por favor! – pediu. Carol revirou os olhos e enrolou uma toalha à volta do corpo molhado. Era impressão sua ou tinha que ir abrir a porta aos ditos convidados assim meia despida?

- Bem que recepção! – gozou Georg ao vê-la.
- Boa noite para vocês também! – riu.
- Recebes as visitas todas assim? – perguntou Tom olhando-a na mini toalha.
- Não, vocês são especiais! – respondeu secamente.
- Boa noite! – disse Bill a rir entrando em casa.
- Ele vem bem disposto!
- Sempre!
– sorriu.
- Olá Gusti! – sorriu abraçando o rapaz.
- Eláh tenho direito a abraço?!
- Não vês que sim?
– riu.
- Vejo, vejo!
- Bem, ponham-se à vontade enquanto eu me vou vestir sim? Não sei quanto mais tempo é que a Sô Dona minha irmã vai ficar no quarto, mas pronto. A casa é vossa!
– e saiu da sala em direcção ao quarto.
Verdade que apesar de ainda não se dar bem com Tom o resto dos elementos eram puramente simpáticos e divertidos.

- Ana? – Carol bateu à porta do quarto da irmã. – Pronta?
- Entra!
– pediu Ana.
- Wow! Que espanto! – Ana tinha sobre o seu curvilíneo corpo, um vestido preto justo com um decote em V favorecendo o seu busto, tinha o cabelo apanhado no cimo da cabeça e uns collants pretos vestidos, uns sapatos de tacão alto e era a cereja no cimo do bolo.
- Estou assim tão bem? – perguntou.
- Eu acho que sim, mas tipo não é um bocadinho demais só para um jantar de ‘amigos’ aqui em casa? – questionou-se em voz alta.
- Achas? – perguntou Ana já não gostando muito daquilo que tinha vestido.
- Não! Deixa-te estar assim! – sorriu. – Mas eu não me vou vestir toda pimposa, aviso já! – riu antes de se dirigir ao seu quarto. Ana saiu em direcção à sala.

- Boa noite! – cumprimentou.
- Ui ela vem toda gira! – elogiou Gustav na brincadeira. Tinha-se dado extremamente bem com aquelas duas irmãs, parecia que as conhecia desde sempre!
- Opáh obrigada! – deu-lhe um beijinho na testa. Cumprimentou os restantes, mas ao chegar a Bill… - Bill? Acordaaa! – pediu a rir balançando um dedo na cara do vocalista – Estás bem? – perguntou.
- Estás linda! – deixou escapar com um sorriso.
- Oh. – corou.
- Isto qualquer dia há coisa… - murmurou Georg a Tom e Gustav. Eles acenaram afirmativamente.

Carol entrou de rompante na sala interrompendo o momento, e fazendo todos na sala saltarem nos respectivos sofás.
- Hey! – emitiu. Carol vestia um simples top branco e umas gigantes calças, talvez uns três números acima do seu, a darem-lhe pelo meio do rabo exibindo uns boxers negros justos onde na faixa se podia ler “Fuck You”. Trazia o cabelo solto e ainda meio molhado.
- Olá outra vez! – disse Bill desviando o olhar até à rapariga.
- Tu assustas, miúda! --, - refilou Tom pondo a mão sobre o coração.
- Quê? Sou assim tão feia? – perguntou lembrando-se daquela noite no telhado do Hotel. Tom não lhe respondeu, revirou os olhos e percorreu a sala com um olhar.
- Wow! – levantou-se. – É tua avestruz? – perguntou referindo-se à guitarra branca da gibson encostada à parede.
- Yup! – disse orgulhosa sentando-se no sofá.
- Posso pegar-lhe? – perguntou não queria fazer nada que não devesse afinal já tinha percebido que Carolina era bastante imprevisível. Ela riu.
- Podes. – Tom assim o fez e com cuidado pegou na bela guitarra e transportou-a consigo sentando-se no sofá. Trinou alguns acordes.
- Soa bem.
- Ai meu, tu és guitarrista! Aposto que tens uma igual a essa, não vejo qual é a tua obsessão pelo som dessa guitarra…
- disse-lhe calmamente. Tom olhou-a. Realmente! Ele também tinha uma daquelas, mas no entanto aquela era personalizada por ela, e parecia ter um significado bastante elevado, talvez fosse por isso que para ele soava de maneira diferente, afinal não era só mais uma guitarra, era a guitarra e da forma como estava tratada era bem especial. Tom achava que essa dedicação dava um melhor som às guitarras.
- Sim, verdade mas sei lá! – disse – Os desenhos foste tu que fizeste? – perguntou mudando o tema.
- Ya, são duas das minhas tatuagens. – disse um tanto longe dali.
- Duas das? Eish és tipo Bill e Gustav que fazem tatuagens por tudo e por nada? – perguntou.
- Nós não fazemos tatuagens por tudo e por nada! – refilou Bill enquanto mantinha uma conversa decente com Ana, Georg e Gustav.
- Ai não? Pois está bem! --,
- Eu faço o que me apetece sim? Tal como eles suponho…
- disse Carol.
- Sim, mas marcar o corpo… é estúpido. – disse – Mas não interessa vá. --, E já agora onde é que as tens?
- Aqui…
- Carol mostrou-lhe o pulso, ele acenou. – E esta. – Carol levantou-se e virou costas a Tom levantando um pouco o top, onde ele pôde ver a borboleta no fundo das suas costas.
- Ao menos são giras! – disse.
- Tom! – chamou Ana.
- Eu! – respondeu ele rapidamente.
- Depois de acabares de inspeccionar o corpo da minha querida mana, chega aqui se fizeres o favor! – pediu.
- Inspeccionar? Oh gott, vocês têm com cada uma! Diz lá o que é que queres oh futura cunhada! – Ana e Bill olharam-no.
- Han? – perguntou a própria.
- Cabelo! – respondeu Tom.
- Já pareces a Carol fogo, sempre com trocadilhos estúpidos! -.-‘ – queixou-se. “Foda-se tenho assim tanto em comum com esta avestruz?” pensou.
- Mas que é que foi afinal?
- É verdade que estás a decidir mudar de look?
– perguntou Ana, afinal estava a conversar com os rapazes sobre isso e Bill abordou o facto do irmão querer mudar.
- Sim, mas ainda não sei bem para quê! – disse sentando-se num puff ao lado de Ana. Carol olhava-os.
- Não me tires essas rastas por favor! *.* - pediu. Tom riu.
- Eu sei que me ficam bem, mas vá temos que mudar um bocadinho! – disse muito senhor convencido.
- Oh pois sim.
- Mas já agora Ana, tu que és nossa fã julgo que podes falar pela maioria…
- começou Tom - … se eu mudasse achas que iria dar assim muita cana? – perguntou. Ana soltou uma gargalhada.
- Não, tipo vai dar que falar mas aposto que se habituam. – sorriu-lhe.
- Ah pronto ok. – suspirou de alívio como se lhe tirassem um enorme peso de cima. Ana riu e os outros acompanharam-no.
- Aqui a Carol diz que também já está farta do cabelo que tem. Vai mudar --,
- Estão a falar de mim?
– perguntou Carol acordando do nada.
- Convencida! – Georg atirou-lhe uma almofada. Ela retribuiu.
- Tanto quanto tu! – riu.
- Naaa, tu és mais! Com toda a certeza! – riu com ela.
- Mas vá o que é que foi mesmo…? – perguntou.
- Vais mudar o penteado? – perguntou Gustav.
- Yup!
- Como?
- Isso é surpresa!
– deitou-lhes a língua de fora. – Amanhã vou mudar depois vocês vêem! - disse.
- Vais amanhã? – perguntou Ana.
- Tim! – respondeu com um sorriso. – Mas mais alguém vai mudar?
- Todos menos eu e a Ana!
– riu Georg.
- Wow! Espera aí! Gusti vais fazer o quê? – perguntou Carol de olhos esbugalhados.
- Vou só pintar. – informou.
- De que cor?
- Preto, provavelmente!
- Preto? Não sei se te ficará bem, és tão querido loiro! *.*
- Olha que ela está apaixonada Gugu!
- gozou Tom. – Aproveita!
- Eu não me apaixono, cabeça de esfregona!
– olhou Tom com desprezo, porque raio aquele gajo teria que vir mexer com o passado dela?
Tom olhou-a. “Não se apaixona?”
- Mudando o assunto! – interveio Ana. – Billocas que vais fazer?
- Uma crista toda XPTO!
- Jura?!
- Sim!
– sorriu-lhe.
- Se calhar ficas querido! *.*
- Eu fico querido de todas as maneiras!
- gozou consigo mesmo.
- Isso é verdade. – Ana olhou-o timidamente. “Ela fica tão gira envergonhada. *.*” Bill sorriu ao pensar tal coisa, de hoje não passava. Aproximou a sua cara da dela e lentamente fechou os olhos observando-a fazer o mesmo e esquecer os outros 4 elementos que naquela sala se encontravam. Encostou os seus lábios aos dela e permitiu-se explodir ao senti-la retribuir o beijo e aprofundá-lo. Quebraram o beijo e juntaram as testas. A sala fazia silêncio assistindo ao romântico momento, mas não com muito interesse.
- Diz-me que sentes o mesmo. – murmurou Bill.
- Eu sinto o mesmo. – sussurrou Ana voltando a unir os seus lábios aos de Bill.

- Finalmente! – suspirou Carol ao ver a irmã entrelaçar os seus dedos nos dedos de Bill.
- Finalmente? – perguntou Tom – Estás a delirar avestruz?
- Espero que não!
– disse olhando-o. – E acho que tu também não estás pois não? – perguntou apontando o recente casal.
- Não! – sorriu feliz pelo irmão. – Finalmente! – suspirou. Carol olhou-o.
- Então? Estás a delirar cabeça de esfregona? – perguntou. Ele olhou para ela e sorriu.
- Esquecido! – limitou-se a dizer.
- Olhem e que tal irmos jantar? – perguntou Carol – Ou trazer-mos para aqui o jantar melhor dizendo…
- Sim!
– Ana ia-se levantar mas Bill não deixou. Carol sorriu.
- Deixa-te estar eu trato disso. E tu vens comigo! – dirigiu-se a Tom.
- Ok. --, - seguiu-a – Qué que é o jantar?
- Pizza. Serve?
– perguntou.
- Perfeitamente! – disse. – Têm bom aspecto. Fizeram-nas vocês? – perguntou pegando em guardanapos.
- Yup. É uma receita da nossa mãe… - sorriu ao lembrar os traços faciais daquela mulher. Branca cor de neve, olhos azuis iguais aos seus, cabelos negros compridos e um sorriso incomparável. Era verdade, Carol tinha saudades da mãe. Olhou para cima na tentativa de controlar as lágrimas, podia ter prometido nunca mais chorar mas às vezes tinha recaídas, no entanto nunca deixou que vivessem no seu rosto. Onde nasciam, morriam. Virou costas a Tom e não deixou nenhuma lágrima escorrer. “Já é a segunda vez que quase me desmancho à frente deste gajo, merda!” pensou Carol.
- Podes chorar… - disse Tom a medo da resposta da rapariga.
- Eu não choro, Tom. – disse virando-se novamente para ele pegando em duas pizzas levando-as para a sala. – Vens? – perguntou ao ver que Tom não se mexia.
- Sim, sim. – apressou-se a dizer. Tom estava a ficar estranho em relação àquela rapariga. Que rapariga é que não se apaixona nem chora? Não conhecia ninguém assim, só ele. “Tenho mais em comum com ela do que esperava!” pensou entrando na sala pousando os guardanapos na pequena mesa.
- Pessoal co-mi-da! – soletrou Carol rindo de seguida.

2 comentários:

  1. Wow. Eu não gosto de Tokio Hotel, aliás odeio mas tens jeito para a coisa. A sério, gosto da maneira como desenvolves a história e os sentimentos deles.
    Parabéns ;)

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  2. Oiin.
    O Bill e a Ana *.* xD
    Outro que se estava msm a ver :b

    A Carol é demais pá x'D

    continua ;)

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