
- Já acordada? – perguntou Ana às 10h da manhã chegando à sala onde Carol via um programa enfadonho na televisão.
- Acho que deves perguntar ainda acordada! – emendou.
- Não dormiste? – perguntou sentando-se ao lado dela.
- Nop.
- Porquê?
- Não tinha sono. – disse olhando a irmã pela primeira vez naquela manhã.
- Wow. Belas olheiras!
- Obrigada. – respondeu revirando os olhos.
- Vai tomar banho e vestir outra coisa…
- Porquê? – perguntou.
- Vamos assistir a um ensaio dos Tokio Hotel! – respondeu feliz.
- Hum, ok. – levantou-se.
- Carol? – chamou Ana antes de Carol sair da sala em direcção à casa de banho comum daquela casa. – Que é que se passa?
- Nada. Mais logo conto-te… - disse saindo da sala deixando Ana preocupada e curiosa.
Tom estava sentado na cama encostado à cabeceira com os braços cruzados atrás da cabeça. Seria possível ainda estar a questionar o porquê de Carol se ter entregue a si? Tanto seria, como era! Já estava farto daquilo, ia com todas as certezas assaltar Carolina com questões. Nenhuma outra rapariga disse que o detestava e no momento seguinte estava enfiada consigo na cama! Ou melhor, no sofá! “De hoje não passa!” decidiu-se.
Sentia-se estranho. Havia qualquer coisa em si que chamava de novo pelos lábios de Carol, pelo seu corpo. E o que mais o incomodava era que não era apenas físico, havia algo a formar-se em si e que ele já tinha ouvido falar, no entanto nunca se quis entregar a isso.
Levantou-se e vestiu a sua roupa, colocou o gorro e o boné e dirigiu-se à sala nos grandes ténis.
- Bom dia. – cumprimentou ao ver Ana.
- Bom dia! – disse com um sorriso. – Eh lá dormiste alguma coisa?
- Um par de horas porquê? – perguntou sentando-se no sofá oposto ao de Ana.
- Parece que não dormiste… só isso.
- Estranhei a cama. – sorriu-lhe. Ana não acreditou mas deixou andar. Carol tinha muito que lhe contar! Ai tinha, tinha.
- Vou tomar um duche e ver do teu irmão, já venho. – informou. – Vai comer alguma coisa!
- Ok, obrigada! – sorriu.
- Até já.
(…)
- Hey puto! – chamou Bill ao entrar na sala onde Tom mantinha exactamente a mesma posição desde que Ana saíra.
- Bom dia. – disse olhando a televisão.
- Desbobina. – limitou-se a dizer sentando-se num dos sofás olhando o irmão.
- O quê? – perguntou, sabia que não conseguia esconder nada a Bill mas…
- Tudo. Com pormenores, essa cara e essa disposição não enganam ninguém, houve coisa!
- Não me digas nada! – disse-lhe.
- Então? Carol?
- É assim tão óbvio!? – perguntou olhando Bill.
- Talvez seja, o teu humor e disposição mudam drasticamente cada vez que estás com ela.
- Eu dormi com a Carol. – atirou.
- O quê?! – Bill engasgou-se com o ar que respirava naquele momento.
- É, foi isso que ouviste…
- Mas…
- Antes que perguntes, eu limitei-me a seguir aquilo que ela fez.
- Ou seja foi ela que começou! – deduziu.
- Vá eu beijei-a, ela começou o resto… - explicou.
- Vocês vão-me comer o juízo todo está visto. --,
- Oh -.-‘
- Ah elas vão ver o ensaio hoje lá no estúdio, ok? – disse mudando o assunto sabia que Tom não queria falar sobre Carol.
- Ok. – respondeu suspirando.
Carol saiu da casa de banho enrolada numa toalha e bateu à porta do seu próprio quarto. Ninguém respondeu, calculou que Tom já estivesse a pé. Calculou bem pois não viu ali ninguém, e as roupas dele já não estavam onde na noite anterior as tinha deixado.
Deitou-se na cama e abraçou a sua almofada, aliás uma das suas almofadas… não pôde deixar de sorrir ao lembrar as discussões e picardias com Tom ao início, conhecia-o à sensivelmente duas semanas e apesar de já estar demasiado envolvida com ele tinha a sensação que o odiava. Mas mesmo que não quisesse começava a ter algo com Tom, que era mais que ódio. Algo que realmente não queria. Vestiu uns calções e uma camisola de manga comprida um pouco mais larga e nos seus ténis voltou à sala.
- Eh lá já está tudo a pé? – perguntou ao dar de caras com Bill, Georg, Gustav e Tom.
- Ao que parece sim! – disse-lhe Gustav.
- Dormiram bem? – perguntou.
- Yup! – responderam em uníssono, excepto Tom.
- Tu não dormiste bem? – perguntou a Tom.
- Estranhei a cama. – respondeu olhando-a fixamente nos olhos azuis, obrigando-a a desviá-los.
- Tem graça, eu também estranhei o sofá. – respondeu. “É agora!” pensou Tom.
- É pedir muito dizer-te para vires comigo até lá fora? – perguntou. – Fumar um cigarro?
- Não, boa ideia! – saíram. Carol adivinhava o tema, e achava que era melhor esclarecer tudo.
- Estes já se dão bem? – perguntou Georg.
- Eu acho que isto vai dar muito que falar! – disse Gustav.
- Ah! Tu e eu! – concordou Bill.
- Pela terceira vez Carol, conta-me! – pediu Tom sentando-se no chão da varanda acendendo um cigarro.
- O que é que queres saber? – perguntou levando também ela um cigarro à boca de modo a acendê-lo, sentando-se ao lado dele.
- Tudo. Porque raio sofres em silêncio, porque te prendes na música, porque dizes não te apaixonar, porque tiveste sexo comigo… por aí fora. – Carol suspirou, parecia que tinha mesmo que lhe contar.
- Tu tens sexo com quem queres, porque é que eu também não posso ser assim? – perguntou.
- Ok, percebi. – limitou-se a responder.
- Não me apaixono porque já sofri demais com isso…
- Deixa-me adivinhar… - Carolina olhou-o - … foi por causa dessa história que não simpatizaste comigo no início. Tiveste uma relação com alguém que não te dava o devido valor foi isso? – perguntou deduzindo.
- Sim. – admitiu – Demasiado cedo. Mas ouve lá tu também não simpatizas-te comigo!! – disse-lhe.
- É um facto! – sorriu.
- Porquê?
- Porque tu não querias nada comigo. – respondeu.
- O quê?!
- Isso mesmo, quando me viste lá no hotel, não sabias quem eu era, embirraste logo comigo e eu por puro e simples gozo decidi ir no teu jogo… ver onde levava.
- Ou seja estás a usar-me! – deduziu, esmagando a ponta do cigarro contra o cinzeiro. Tom imitou-a.
- Agora não, mas no início dos inícios sim, depois enervaste-me mesmo miúda!! Fiquei-te com um ódio! -.-
- Agora não?! – perguntou perplexa. – Agora não me usas? – perguntou, mas não fazia sentido na sua cabeça aliás, nada na sua cabeça fazia sentido naquele momento. – Odeias-me tal como eu te odeio… - disse.
- Carolina… - chamou agarrando-lhe o queixo de modo a que ela o fitasse - … eu não vou deixar que ninguém volte a magoar-te. E não vou continuar a odiar-te…
- Han? – perguntou confusa, ainda mais confusa.
- Cabelo. – sorriu olhando-a.
- Parvo. – empurrou-o, aqueles trocadilhos em momentos daqueles deixavam-na louca. Tom riu. – Explica lá isso…
- O quê? – perguntou fitando os seus olhos azuis, eram lindos, como é que nunca tinha reparado neles?
- Que mais ninguém me volta a magoar?
- Porque para isso era preciso que eu deixasse de sentir aquilo que construi esta noite…
- Foda-s* meu importas-te de parar de ser misterioso? --‘ – perguntou.
- Acreditas se te disser que há algo em ti que me puxa para ti? Que me faz deixar de te odiar, digamos assim…
- Depende. A que te referes?
- Paixão.
- É pois claro -.- Mãe tecto!
- Carol -.-‘ Importas-te de parar de gozar com isto? É sério!
- Tu próprio disseste que não te apaixonavas… - disse-lhe olhando-o nos olhos.
- Até ao momento em que repare naquilo que está à minha frente. – disse-lhe simplesmente.
- A sério que não vais querer ouvir aquilo que te vou responder! – levantou-se mas Tom impediu-a de entrar em casa. Levantou-se com ela.
- Quero! Quero ouvir da tua boca que esta noite não significou nada para ti! Quero ouvir que apesar de teres os sentimentos perdidos sentiste por mim algo especial esta noite! Por favor Carol! – gritou-lhe. Carol quebrou a sua promessa e derramou leves, mas grossas lágrimas nos braços de Tom. Não aguentava tanta coisa junta! O seu coração começara novamente a bater, mas… mas Carolina não queria isso. E ia fazer com que parasse novamente de bater, nem que para isso tivesse que usar Tom.
Caíram no chão, abraçados.
- Eu não quero voltar a sair magoada Tom, não quero! Não quero voltar a entregar-me para depois não me darem valor! Não quero voltar a apaixonar-me, não quero… - disse limpando as lágrimas.
- Diz-me o que sentes! Olha-me nos olhos e diz-me o que sentes! – Carol olhou-o.
- Não sei, desculpa Tom mas… dá-me tempo! – pediu levantando-se entrando em casa e que nem furacão dirigiu-se ao seu quarto. Ana seguiu-a preocupada.
Tom olhou em volta e sorriu, era estranho aquilo que sentia. Não amava Carol, não pelo que ele julgava ser o amor, estava muito longe disso, mas… havia qualquer coisa em si que lhe dizia que valia a pena lutar por aquela avestruz, e não havia de ser uma namorada que o ia atrapalhar. Tinha 20 anos e era crescidinho, dedicar-se apenas a uma pessoa não o assustava assim tanto.
- Carol… mana que se passa? – perguntou. Reparou que estivera a chorar. – Que aconteceu com o Tom?
Carol sentou-se na cama e fitou-a. – Esta noite eu dormi com o Tom, deixei-me levar por ele e deixei que o meu coração voltasse a bater! Mas… eu não quero sofrer! Não outra vez! – agarrou-se à irmã contendo as lágrimas. Não ia chorar novamente. Não ia voltar a quebrar a promessa que fizera a si mesma. Era estúpida, sim, mas era uma promessa.
Ana parou.
*
- Vamos embora! – pediu Tom. – Elas depois vêm ter connosco ao estúdio. – disse.
- Ok. – concordou Bill – Vou só deixar-lhes um recado. - escrevinhou alguma coisa num papel e saíram.
*
- Como assim Carol? – perguntou. – Tu e o Tom? Han? Vocês dormiram juntos?
- Sim. – respondeu Carol.
- E tu estás a começar a sentir alguma coisa por ele?
- Não sei. – olhou-a nos olhos. Ana pôde ver que Carol estava altamente confusa em relação ao que sentia. Jurou a si mesma que nunca mais se iria apaixonar, afinal ela dizia que só fazia sofrer e que não servia para mais nada, daí se refugiar em sexo, que ao menos ainda dava prazer! Mas aparecer agora, depois de uma noite, ao que parecia, altamente atribulada vir dizer que sentia algo por Tom… e logo por Tom! Tom era igual a ela, nunca estivera apaixonado e não acreditava no amor. “Que dois, meu deus, isto vai dar asneira!” pensou suspirando para si mesma.
- Sempre queres vir ao estúdio ou não? – perguntou-lhe afagando-lhe a cabeça.
- Sim, eu vou. – sorriu. – Preciso de descontrair, nem que seja com o Tom!
- Sim, apesar de tudo acho que vais continuar a picá-lo e vice-versa! – riu. Carol sorriu-lhe.
- Talvez… - dirigiu-se à cozinha para comer qualquer coisa, enquanto pensava naquilo que Tom lhe dissera.. Tom começava a gostar de si? Teria percebido correctamente?
Enquanto isso Ana descobriu o papel que Bill deixara. “Fomos para o estúdio, encontramos-vos lá, sim? Parece que tenho que ter uma conversa com Tom Kaulitz. ;) Beijinhos*” Ana sorriu, Bill estava a começar a preencher com todo o mérito o sua parte vazia que era apenas alimentada, no passado, por fotos, vídeos e semelhanças do próprio. Agora Bill era dela e nada podia tirar-lhe essa felicidade.
- Acho que deves perguntar ainda acordada! – emendou.
- Não dormiste? – perguntou sentando-se ao lado dela.
- Nop.
- Porquê?
- Não tinha sono. – disse olhando a irmã pela primeira vez naquela manhã.
- Wow. Belas olheiras!
- Obrigada. – respondeu revirando os olhos.
- Vai tomar banho e vestir outra coisa…
- Porquê? – perguntou.
- Vamos assistir a um ensaio dos Tokio Hotel! – respondeu feliz.
- Hum, ok. – levantou-se.
- Carol? – chamou Ana antes de Carol sair da sala em direcção à casa de banho comum daquela casa. – Que é que se passa?
- Nada. Mais logo conto-te… - disse saindo da sala deixando Ana preocupada e curiosa.
Tom estava sentado na cama encostado à cabeceira com os braços cruzados atrás da cabeça. Seria possível ainda estar a questionar o porquê de Carol se ter entregue a si? Tanto seria, como era! Já estava farto daquilo, ia com todas as certezas assaltar Carolina com questões. Nenhuma outra rapariga disse que o detestava e no momento seguinte estava enfiada consigo na cama! Ou melhor, no sofá! “De hoje não passa!” decidiu-se.
Sentia-se estranho. Havia qualquer coisa em si que chamava de novo pelos lábios de Carol, pelo seu corpo. E o que mais o incomodava era que não era apenas físico, havia algo a formar-se em si e que ele já tinha ouvido falar, no entanto nunca se quis entregar a isso.
Levantou-se e vestiu a sua roupa, colocou o gorro e o boné e dirigiu-se à sala nos grandes ténis.
- Bom dia. – cumprimentou ao ver Ana.
- Bom dia! – disse com um sorriso. – Eh lá dormiste alguma coisa?
- Um par de horas porquê? – perguntou sentando-se no sofá oposto ao de Ana.
- Parece que não dormiste… só isso.
- Estranhei a cama. – sorriu-lhe. Ana não acreditou mas deixou andar. Carol tinha muito que lhe contar! Ai tinha, tinha.
- Vou tomar um duche e ver do teu irmão, já venho. – informou. – Vai comer alguma coisa!
- Ok, obrigada! – sorriu.
- Até já.
(…)
- Hey puto! – chamou Bill ao entrar na sala onde Tom mantinha exactamente a mesma posição desde que Ana saíra.
- Bom dia. – disse olhando a televisão.
- Desbobina. – limitou-se a dizer sentando-se num dos sofás olhando o irmão.
- O quê? – perguntou, sabia que não conseguia esconder nada a Bill mas…
- Tudo. Com pormenores, essa cara e essa disposição não enganam ninguém, houve coisa!
- Não me digas nada! – disse-lhe.
- Então? Carol?
- É assim tão óbvio!? – perguntou olhando Bill.
- Talvez seja, o teu humor e disposição mudam drasticamente cada vez que estás com ela.
- Eu dormi com a Carol. – atirou.
- O quê?! – Bill engasgou-se com o ar que respirava naquele momento.
- É, foi isso que ouviste…
- Mas…
- Antes que perguntes, eu limitei-me a seguir aquilo que ela fez.
- Ou seja foi ela que começou! – deduziu.
- Vá eu beijei-a, ela começou o resto… - explicou.
- Vocês vão-me comer o juízo todo está visto. --,
- Oh -.-‘
- Ah elas vão ver o ensaio hoje lá no estúdio, ok? – disse mudando o assunto sabia que Tom não queria falar sobre Carol.
- Ok. – respondeu suspirando.
Carol saiu da casa de banho enrolada numa toalha e bateu à porta do seu próprio quarto. Ninguém respondeu, calculou que Tom já estivesse a pé. Calculou bem pois não viu ali ninguém, e as roupas dele já não estavam onde na noite anterior as tinha deixado.
Deitou-se na cama e abraçou a sua almofada, aliás uma das suas almofadas… não pôde deixar de sorrir ao lembrar as discussões e picardias com Tom ao início, conhecia-o à sensivelmente duas semanas e apesar de já estar demasiado envolvida com ele tinha a sensação que o odiava. Mas mesmo que não quisesse começava a ter algo com Tom, que era mais que ódio. Algo que realmente não queria. Vestiu uns calções e uma camisola de manga comprida um pouco mais larga e nos seus ténis voltou à sala.
- Eh lá já está tudo a pé? – perguntou ao dar de caras com Bill, Georg, Gustav e Tom.
- Ao que parece sim! – disse-lhe Gustav.
- Dormiram bem? – perguntou.
- Yup! – responderam em uníssono, excepto Tom.
- Tu não dormiste bem? – perguntou a Tom.
- Estranhei a cama. – respondeu olhando-a fixamente nos olhos azuis, obrigando-a a desviá-los.
- Tem graça, eu também estranhei o sofá. – respondeu. “É agora!” pensou Tom.
- É pedir muito dizer-te para vires comigo até lá fora? – perguntou. – Fumar um cigarro?
- Não, boa ideia! – saíram. Carol adivinhava o tema, e achava que era melhor esclarecer tudo.
- Estes já se dão bem? – perguntou Georg.
- Eu acho que isto vai dar muito que falar! – disse Gustav.
- Ah! Tu e eu! – concordou Bill.
- Pela terceira vez Carol, conta-me! – pediu Tom sentando-se no chão da varanda acendendo um cigarro.
- O que é que queres saber? – perguntou levando também ela um cigarro à boca de modo a acendê-lo, sentando-se ao lado dele.
- Tudo. Porque raio sofres em silêncio, porque te prendes na música, porque dizes não te apaixonar, porque tiveste sexo comigo… por aí fora. – Carol suspirou, parecia que tinha mesmo que lhe contar.
- Tu tens sexo com quem queres, porque é que eu também não posso ser assim? – perguntou.
- Ok, percebi. – limitou-se a responder.
- Não me apaixono porque já sofri demais com isso…
- Deixa-me adivinhar… - Carolina olhou-o - … foi por causa dessa história que não simpatizaste comigo no início. Tiveste uma relação com alguém que não te dava o devido valor foi isso? – perguntou deduzindo.
- Sim. – admitiu – Demasiado cedo. Mas ouve lá tu também não simpatizas-te comigo!! – disse-lhe.
- É um facto! – sorriu.
- Porquê?
- Porque tu não querias nada comigo. – respondeu.
- O quê?!
- Isso mesmo, quando me viste lá no hotel, não sabias quem eu era, embirraste logo comigo e eu por puro e simples gozo decidi ir no teu jogo… ver onde levava.
- Ou seja estás a usar-me! – deduziu, esmagando a ponta do cigarro contra o cinzeiro. Tom imitou-a.
- Agora não, mas no início dos inícios sim, depois enervaste-me mesmo miúda!! Fiquei-te com um ódio! -.-
- Agora não?! – perguntou perplexa. – Agora não me usas? – perguntou, mas não fazia sentido na sua cabeça aliás, nada na sua cabeça fazia sentido naquele momento. – Odeias-me tal como eu te odeio… - disse.
- Carolina… - chamou agarrando-lhe o queixo de modo a que ela o fitasse - … eu não vou deixar que ninguém volte a magoar-te. E não vou continuar a odiar-te…
- Han? – perguntou confusa, ainda mais confusa.
- Cabelo. – sorriu olhando-a.
- Parvo. – empurrou-o, aqueles trocadilhos em momentos daqueles deixavam-na louca. Tom riu. – Explica lá isso…
- O quê? – perguntou fitando os seus olhos azuis, eram lindos, como é que nunca tinha reparado neles?
- Que mais ninguém me volta a magoar?
- Porque para isso era preciso que eu deixasse de sentir aquilo que construi esta noite…
- Foda-s* meu importas-te de parar de ser misterioso? --‘ – perguntou.
- Acreditas se te disser que há algo em ti que me puxa para ti? Que me faz deixar de te odiar, digamos assim…
- Depende. A que te referes?
- Paixão.
- É pois claro -.- Mãe tecto!
- Carol -.-‘ Importas-te de parar de gozar com isto? É sério!
- Tu próprio disseste que não te apaixonavas… - disse-lhe olhando-o nos olhos.
- Até ao momento em que repare naquilo que está à minha frente. – disse-lhe simplesmente.
- A sério que não vais querer ouvir aquilo que te vou responder! – levantou-se mas Tom impediu-a de entrar em casa. Levantou-se com ela.
- Quero! Quero ouvir da tua boca que esta noite não significou nada para ti! Quero ouvir que apesar de teres os sentimentos perdidos sentiste por mim algo especial esta noite! Por favor Carol! – gritou-lhe. Carol quebrou a sua promessa e derramou leves, mas grossas lágrimas nos braços de Tom. Não aguentava tanta coisa junta! O seu coração começara novamente a bater, mas… mas Carolina não queria isso. E ia fazer com que parasse novamente de bater, nem que para isso tivesse que usar Tom.
Caíram no chão, abraçados.
- Eu não quero voltar a sair magoada Tom, não quero! Não quero voltar a entregar-me para depois não me darem valor! Não quero voltar a apaixonar-me, não quero… - disse limpando as lágrimas.
- Diz-me o que sentes! Olha-me nos olhos e diz-me o que sentes! – Carol olhou-o.
- Não sei, desculpa Tom mas… dá-me tempo! – pediu levantando-se entrando em casa e que nem furacão dirigiu-se ao seu quarto. Ana seguiu-a preocupada.
Tom olhou em volta e sorriu, era estranho aquilo que sentia. Não amava Carol, não pelo que ele julgava ser o amor, estava muito longe disso, mas… havia qualquer coisa em si que lhe dizia que valia a pena lutar por aquela avestruz, e não havia de ser uma namorada que o ia atrapalhar. Tinha 20 anos e era crescidinho, dedicar-se apenas a uma pessoa não o assustava assim tanto.
- Carol… mana que se passa? – perguntou. Reparou que estivera a chorar. – Que aconteceu com o Tom?
Carol sentou-se na cama e fitou-a. – Esta noite eu dormi com o Tom, deixei-me levar por ele e deixei que o meu coração voltasse a bater! Mas… eu não quero sofrer! Não outra vez! – agarrou-se à irmã contendo as lágrimas. Não ia chorar novamente. Não ia voltar a quebrar a promessa que fizera a si mesma. Era estúpida, sim, mas era uma promessa.
Ana parou.
*
- Vamos embora! – pediu Tom. – Elas depois vêm ter connosco ao estúdio. – disse.
- Ok. – concordou Bill – Vou só deixar-lhes um recado. - escrevinhou alguma coisa num papel e saíram.
*
- Como assim Carol? – perguntou. – Tu e o Tom? Han? Vocês dormiram juntos?
- Sim. – respondeu Carol.
- E tu estás a começar a sentir alguma coisa por ele?
- Não sei. – olhou-a nos olhos. Ana pôde ver que Carol estava altamente confusa em relação ao que sentia. Jurou a si mesma que nunca mais se iria apaixonar, afinal ela dizia que só fazia sofrer e que não servia para mais nada, daí se refugiar em sexo, que ao menos ainda dava prazer! Mas aparecer agora, depois de uma noite, ao que parecia, altamente atribulada vir dizer que sentia algo por Tom… e logo por Tom! Tom era igual a ela, nunca estivera apaixonado e não acreditava no amor. “Que dois, meu deus, isto vai dar asneira!” pensou suspirando para si mesma.
- Sempre queres vir ao estúdio ou não? – perguntou-lhe afagando-lhe a cabeça.
- Sim, eu vou. – sorriu. – Preciso de descontrair, nem que seja com o Tom!
- Sim, apesar de tudo acho que vais continuar a picá-lo e vice-versa! – riu. Carol sorriu-lhe.
- Talvez… - dirigiu-se à cozinha para comer qualquer coisa, enquanto pensava naquilo que Tom lhe dissera.. Tom começava a gostar de si? Teria percebido correctamente?
Enquanto isso Ana descobriu o papel que Bill deixara. “Fomos para o estúdio, encontramos-vos lá, sim? Parece que tenho que ter uma conversa com Tom Kaulitz. ;) Beijinhos*” Ana sorriu, Bill estava a começar a preencher com todo o mérito o sua parte vazia que era apenas alimentada, no passado, por fotos, vídeos e semelhanças do próprio. Agora Bill era dela e nada podia tirar-lhe essa felicidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário