
- As portuguesas matam-me! – disse Bill deitando-se no sofá onde Ana estava também ela deitada, a seguir ao concerto em Lisboa, usando também como indirecta para Ana que se riu. Afinal ela era a sua portuguesa.
- E ficaram doidas ao saber que esta miúda era portuguesa! – disse Tom apontando Carol.
- Verdade! – sorriu a própria. – Quando eu falei português e me apresentei elas guincharam! – riu. – Foi lindo! *.* Posso ir lá outra vez? – perguntou no gozo – Posso?
- Acho que dá. – disse Gustav descontraidamente entrando na sala.
- Achas?! – perguntou. Não tinha considerado lá voltar, era apenas brincadeira mas…
- Sim! Eu vou avisar o segurança para elas não saírem do pavilhão! – disse Bill histérico saindo da sala.
- Prepara-te maninha, vais rebentar a casa novamente! – riu Ana olhando a reacção do namorado.
Carolina voltara ao palco e as portuguesas voltaram a delirar! Carol era extremamente talentosa e sabia puxar pelo público, coisa que tivera sido mencionada logo na primeira entrevista que deu, a seguir ao terceiro concerto.
- E ficaram doidas ao saber que esta miúda era portuguesa! – disse Tom apontando Carol.
- Verdade! – sorriu a própria. – Quando eu falei português e me apresentei elas guincharam! – riu. – Foi lindo! *.* Posso ir lá outra vez? – perguntou no gozo – Posso?
- Acho que dá. – disse Gustav descontraidamente entrando na sala.
- Achas?! – perguntou. Não tinha considerado lá voltar, era apenas brincadeira mas…
- Sim! Eu vou avisar o segurança para elas não saírem do pavilhão! – disse Bill histérico saindo da sala.
- Prepara-te maninha, vais rebentar a casa novamente! – riu Ana olhando a reacção do namorado.
Carolina voltara ao palco e as portuguesas voltaram a delirar! Carol era extremamente talentosa e sabia puxar pelo público, coisa que tivera sido mencionada logo na primeira entrevista que deu, a seguir ao terceiro concerto.
- Dois beijinhos, Carolina! – pediu a entrevistadora. Estavam em directo para um canal de televisão, do qual já nem sabiam o nome. Estavam os Tokio Hotel e com eles Carolina e David. – Ora bem, antes de vocês Srs. famosos… - riu a senhora - … quero falar com a rapariga que tem virado o mundo ao contrário!
- Wow! Que exagero. – riu Carol.
- É verdade. – sussurrou Tom. Mas para bem de todos só Carol ouviu e esboçou um sorriso.
- Portanto como é que foste descoberta? – perguntou a mulher de cabelos negros. Foi David que imediatamente respondeu.
- É conhecida da banda e tem talento para dar e vender como podem ter reparado já. Numa ideia que surgiu do Bill ela foi descoberta pelos produtores e muito bem aceite. – explicou com um sorriso.
- Verdade que Carolina tem uma maneira de puxar pelo público bastante característica. Pensa fazer carreira na música?
- Não sei. É muito cedo para pensar nisso. Para mim a música era um modo de desabafo e estilo de vida. – disse. – Não sei se estou disposta a cair de pára-quedas com um álbum do pé para a mão.
- Rapariga determinada portanto! – sorriu.
- Tem que ser! – riu.
- E vocês meninos… Como é andar com uma rapariga em tour? Maçador?
- Maçador? – Bill riu – Eu acho que ela deve ser a pessoa com mais piada à face da terra!
- A sério? – perguntou a mulher.
- Sim! Sentido de humor não lhe falta! – disse Tom trocando um simples mas cúmplice olhar com a rapariga.
- Ui! É a diversão portanto! – sorriu.
- Sim. – disse Bill.
- Então e amores?
- Muito bem! – disse Bill feliz. Ana que estava a ver na televisão do TourBus ia tendo uma coisa! Bill não lhe tinha dito que iria assumir a sua relação consigo!
- Muito bem? Bill Kaulitz está comprometido? – perguntou. A audiência abateu-se em berros histéricos. Mais de metade dos sonhos de todas as adolescentes ali presentes caíram por terra.
- Sim. Acho que encontrei finalmente a minha alma gémea. – sorriu.
- A sério? E podemos saber o seu nome? Idade? Nacionalidade?
- Nop! – sorriu – Por enquanto ficam-se por aqui nada mais. Um dia quem sabe se não revelo algo mais…
- Bem e vocês? Alguém mais? – perguntou.
Tom ia falar mas Carol beliscou-lhe levemente o joelho e ele calou-se.
- Alguma coisa Tom? – perguntou a entrevistadora.
- Não, não ia fazer um comentário estúpido mas vou-me abster! – riu e todo o estúdio riu com ele.
Estavam de volta ao hotel. Carol estava sentada na cama apenas em pijama à espera que Tom acabasse de tomar banho. Queria abrir a caixa com ele ao lado.
Estava a olhar atentamente para a caixa quando Tom lhe apareceu apenas nos seus justos boxers.
- Que é isso? – perguntou curioso sentando-se ao lado dela dando-lhe um beijo na têmpora.
- É aquilo que fui fazer hoje à tarde. – virou-se para ele – Lembras-te de te ter dito que tinha enterrado os sentimentos numa caixa junto ao mar?
- Sim. Lembro. Foi isso que… - interrompeu-se. Carolina queria mesmo voltar a sentir amor. Queria mesmo! E Tom estava feliz por ela. E por si também. – O que tem a caixa?
- Provavelmente folhas de papel com letras de músicas, corações e mais coisas de adolescentes de 15/16 anos. – disse mirando a caixa.
- Vais abri-la? – perguntou abraçando-a pelo ombros.
- Vou. – sorriu.
Destapou a caixa e um perfume entrou no quarto. Era o perfume que Carol usava quando tinha 15 anos. Dentro da dita caixa estavam também, e como Carol previra, letras de músicas que falavam do coração e do amor que Carol sentia, mas uma delas falava sobre a quebra do coração. Fora a última música que Carol escreveu em que o tema girava à volta do amor. Depois disso, Carolina sempre escrevera sobre independência e a vida em geral, mas nunca mais se tinha focado em amor até ao dia em que pela primeira vez se entregara a Tom.
Voltou à caixa e encontrou diversos corações desenhados e recortados. Uns vermelhos outros rosa, um puro e estranhamente verde, mas não se lembrava porque raio pintara aquele coração daquela cor.
Tom também não percebeu e perguntou.
- Porquê verde?
- Não sei. – sussurrou. – A não ser que… - um flashback a atravessou.
Estava já na praia pronta para enterrar de uma vez para sempre aquela caixa e aquele sentimento. Não queria que a voltassem a magoar, não queria voltar a sair mal de uma relação. No entanto havia uma coisa que tinha mesmo que fazer. Sentou-se numa daquelas rochas e recortou um último coração, um pouco mais pequeno que os outros, e pegou no marcador verde para o pintar. Podia soar muito estranho mas aquilo simbolizava para si, a esperança de um dia poder voltar à caixa e viver um amor sem mazelas.
- Então? Estás bem? – perguntou Tom ao ver que ela não se mexia nem dizia nada.
- Sim. Lembrei-me disto. – disse apontando o coração que tinha na mão.
- E?
- Significava esperança. Esperança em voltar a encontrar um amor, alguém que realmente precisasse de mim e me amasse. – explicou. Tom sorriu. Carol pensava em tudo. Pegou no queixo dela e virou a sua cara para si de modo que ela o fitasse.
- E encontraste… - sussurrou levando os seus lábios contra os dela.
Continuou a remexer na caixa e a encontrar todo o tipo de papéis e bugigangas características da sua idade na altura. Nunca fora uma pessoa propriamente lamechas, longe disso, na escola era conhecida por não ter medo de nada e ser altamente teimosa, mas até era sensível a certas coisas, e o amor sempre fora um ponto fraco.
Parou ao ler um pequeno pedaço de papel amarelo amachucado.
Carolina, eu sei que provavelmente vai existir o dia em que o teu coração quebra, sei que és sensível lá bem no teu fundo, por isso cuidado, nem todos os homens são de confiança. Mas nesse dia vou estar lá para te reconfortar, prometo. Parabéns meu amor. Beijinhos, mãe.
Uma parte da carta que a sua mãe escrevera para ela no dia em que completou 15 anos e no qual ela não pode estar presente. Nunca soube porque raio a mãe lhe escrevera aquela parte, afinal ela nem sabia de todos os amores de Carol…
Carol rabiscara algo em baixo: Não estiveste!! Prometes-te e não cumpriste!!
- Eu guardei tudo. – disse baixinho. – Tudo. – Tom chegou-se a ela e sentou-a no seu colo. Abraçou-a pela barriga e deixou que continuasse a explorar a caixa.
Já não havia muito para ver. Tinha uma carta de um ex-namorado, bilhetes de cinema, de bares, mas estava à espera de encontrar algo sobre o Tiago e não encontrou.
Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Para ela era tudo lixo. Aquela coisa que se aproveitara dela e que no fim a deixara por ter sentimentos e não ser apenas uma boneca insuflável que o satisfazia, não teria lugar na caixa. Pegou em alguns papéis e num colar que ele lhe tinha oferecido, juntamente com o perfume e desodorizante que costuma usar e esses sim foram levados para as profundezas do oceano. Esses deitou-os ao mar e nunca mais lhes queria pôr a vista em cima.
Conseguia ver o fundo à caixa, não tinha mais nada para além de uma letra rabiscada mesmo no fundo da caixa.
- “K”? – perguntou ao mesmo tempo que Tom. Porque raio tinha um “K” no fundo da sua caixa? Não se lembrava de ter tido nada bom ou mau com alguém de inicial “K”, aliás nunca tinha tido!
- Não faço ideia do que seja… - disse Carol - … a única coisa que me ocorre agora é Kaulitz. – sorriu. Tom soltou uma gargalhada e beijou-lhe o pescoço.
- Destino? – perguntou Tom.
- Talvez. Se bem que não acredito muito nisso… - torceu o nariz. Carol tinha a sua filosofia de vida, o destino não estava traçado, era ela que o traçava, era ela que escolhia as linhas com que cosia o chão que pisava, era ela que pintava o quadro da sua vida… Umas vezes mais negro, outras vezes mais brilhante, mas nunca o destino.
- Eu também nem por isso, mas que estava aí escrito estava… - sorriu. Carol pousou a caixa e descaiu o corpo ficando deitada por cima de Tom. Virou-se e beijou-lhe o queixo.
- Obrigada. – sussurrou Carol.
- Porquê? – perguntou Tom na mesma entoação abraçando o corpo dela.
- Por tudo. Conseguiste ser a pessoa que mais odeio e que mais adoro ao mesmo tempo… - sorriu.
- Sem contar com a Ana.
- Sem contar com a Ana. – repetiu rindo. – Mas a sério Tommy, obrigada.
- Não tens que agradecer borboleta, afinal foste a primeira pessoa por quem me apaixonei mesmo. A primeira que me levou a descobrir o mistério que habita aqui… - disse pousando a mão sobre o seu próprio coração. Carol pousou a mão sobre a dele.
- Foi um prazer. – disse beijando os lábios dele no segundo seguinte.
Voltou à caixa e encontrou diversos corações desenhados e recortados. Uns vermelhos outros rosa, um puro e estranhamente verde, mas não se lembrava porque raio pintara aquele coração daquela cor.
Tom também não percebeu e perguntou.
- Porquê verde?
- Não sei. – sussurrou. – A não ser que… - um flashback a atravessou.
Estava já na praia pronta para enterrar de uma vez para sempre aquela caixa e aquele sentimento. Não queria que a voltassem a magoar, não queria voltar a sair mal de uma relação. No entanto havia uma coisa que tinha mesmo que fazer. Sentou-se numa daquelas rochas e recortou um último coração, um pouco mais pequeno que os outros, e pegou no marcador verde para o pintar. Podia soar muito estranho mas aquilo simbolizava para si, a esperança de um dia poder voltar à caixa e viver um amor sem mazelas.
- Então? Estás bem? – perguntou Tom ao ver que ela não se mexia nem dizia nada.
- Sim. Lembrei-me disto. – disse apontando o coração que tinha na mão.
- E?
- Significava esperança. Esperança em voltar a encontrar um amor, alguém que realmente precisasse de mim e me amasse. – explicou. Tom sorriu. Carol pensava em tudo. Pegou no queixo dela e virou a sua cara para si de modo que ela o fitasse.
- E encontraste… - sussurrou levando os seus lábios contra os dela.
Continuou a remexer na caixa e a encontrar todo o tipo de papéis e bugigangas características da sua idade na altura. Nunca fora uma pessoa propriamente lamechas, longe disso, na escola era conhecida por não ter medo de nada e ser altamente teimosa, mas até era sensível a certas coisas, e o amor sempre fora um ponto fraco.
Parou ao ler um pequeno pedaço de papel amarelo amachucado.
Carolina, eu sei que provavelmente vai existir o dia em que o teu coração quebra, sei que és sensível lá bem no teu fundo, por isso cuidado, nem todos os homens são de confiança. Mas nesse dia vou estar lá para te reconfortar, prometo. Parabéns meu amor. Beijinhos, mãe.
Uma parte da carta que a sua mãe escrevera para ela no dia em que completou 15 anos e no qual ela não pode estar presente. Nunca soube porque raio a mãe lhe escrevera aquela parte, afinal ela nem sabia de todos os amores de Carol…
Carol rabiscara algo em baixo: Não estiveste!! Prometes-te e não cumpriste!!
- Eu guardei tudo. – disse baixinho. – Tudo. – Tom chegou-se a ela e sentou-a no seu colo. Abraçou-a pela barriga e deixou que continuasse a explorar a caixa.
Já não havia muito para ver. Tinha uma carta de um ex-namorado, bilhetes de cinema, de bares, mas estava à espera de encontrar algo sobre o Tiago e não encontrou.
Lixo. Lixo. Lixo. Lixo. Para ela era tudo lixo. Aquela coisa que se aproveitara dela e que no fim a deixara por ter sentimentos e não ser apenas uma boneca insuflável que o satisfazia, não teria lugar na caixa. Pegou em alguns papéis e num colar que ele lhe tinha oferecido, juntamente com o perfume e desodorizante que costuma usar e esses sim foram levados para as profundezas do oceano. Esses deitou-os ao mar e nunca mais lhes queria pôr a vista em cima.
Conseguia ver o fundo à caixa, não tinha mais nada para além de uma letra rabiscada mesmo no fundo da caixa.
- “K”? – perguntou ao mesmo tempo que Tom. Porque raio tinha um “K” no fundo da sua caixa? Não se lembrava de ter tido nada bom ou mau com alguém de inicial “K”, aliás nunca tinha tido!
- Não faço ideia do que seja… - disse Carol - … a única coisa que me ocorre agora é Kaulitz. – sorriu. Tom soltou uma gargalhada e beijou-lhe o pescoço.
- Destino? – perguntou Tom.
- Talvez. Se bem que não acredito muito nisso… - torceu o nariz. Carol tinha a sua filosofia de vida, o destino não estava traçado, era ela que o traçava, era ela que escolhia as linhas com que cosia o chão que pisava, era ela que pintava o quadro da sua vida… Umas vezes mais negro, outras vezes mais brilhante, mas nunca o destino.
- Eu também nem por isso, mas que estava aí escrito estava… - sorriu. Carol pousou a caixa e descaiu o corpo ficando deitada por cima de Tom. Virou-se e beijou-lhe o queixo.
- Obrigada. – sussurrou Carol.
- Porquê? – perguntou Tom na mesma entoação abraçando o corpo dela.
- Por tudo. Conseguiste ser a pessoa que mais odeio e que mais adoro ao mesmo tempo… - sorriu.
- Sem contar com a Ana.
- Sem contar com a Ana. – repetiu rindo. – Mas a sério Tommy, obrigada.
- Não tens que agradecer borboleta, afinal foste a primeira pessoa por quem me apaixonei mesmo. A primeira que me levou a descobrir o mistério que habita aqui… - disse pousando a mão sobre o seu próprio coração. Carol pousou a mão sobre a dele.
- Foi um prazer. – disse beijando os lábios dele no segundo seguinte.
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