quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

#24



Tinham chegado a um hotel bastante requintado no centro de Berlim.
- Que é que estamos aqui a fazer? – perguntou Carol.
- Já vês. – sorriu. – Agora agasalha-te que está um griso de morte lá fora! – disse.
- Certo. – riu vestindo o comprido casaco que tinha no colo. – Vai ser assim tão preciso o casaco?
- Yaaaaaaaa! Vai estar frio miúda, vai estar frio!
– riu-se saindo do audi desportivo. Carol saiu também e entraram no hotel, Tom lá falou com o senhor que se encontrava na recepção e:
- O 483 é nosso… - sorriu-lhe.
- Eish isso fica aonde? No ultimo andar do hotel? – perguntou enquanto se dirigiam ao elevador.
- Nem mais.

*

Tinham passado pelo quarto e Tom tivera apanhado uma guitarra, tinha algo para ela. Dirigiram-se para o telhado do hotel, onde se habituaram a viver bons e grandes momentos.
- Eish, está mesmo frio aqui! – refilou Carol esfregando o braços com as mãos numa tentativa falhada de os aquecer.
- Eu avisei miúda! – riu Tom.
- Pois eu sei!
- Anda cá.
– Tom estendeu-lhe a mão e sentou-se com ela a um dos cantos do telhado, era bem protegido e o vento ali não chegava, e Tom sabia bem disso. – Tenho uma coisa para te mostrar…
- Uuuh, o quê?
– perguntou interessada vendo-o posicionar a guitarra sobre as pernas, adorava ouvi-lo tocar, o sentimento que punha na guitarra e a maneira como a manejava encantava-a.
- Uma coisa que escrevi a pensar em ti… - sorriu e começou a dedilhar acordes na guitarra acompanhados de versos melodiosos.


“You take my breath away
With everything you say
I just wanna be with you,
My baby, my baby, ohhhh
Promise to play no games,
Treat you no other way,
Than you deserve
'Cause you're the girl of my dreams”



- Sou a rapariga dos teus sonhos, Tommy? – perguntou chegando-se a ele. Tom largou a guitarra e acolheu-a nos seus braços.
- És. Sabes… sempre achei que aquilo que me está a acontecer agora nunca fosse possível. Nunca viveria isto. Mas estava mesmo enganado… - sorriu - …gosto tanto de partilhar estes momentos contigo. – pousou o queixo sobre o ombro dela, que continuava sentada entre as suas pernas e encostada ao seu corpo.
- És tão mais lamechas do que aquilo que eu algum dia sonhei. – riu apertando as mãos de Tom à volta da sua barriga. – Mas eu gosto de ti assim. – virou-se para ele e provocou os lábios dele com os seus. Adorava vê-lo sedento pelo seu beijo, por si. Entreabriu os lábios e deixou que a língua de Tom invadisse a sua boca com total desejo e determinação.
Levou as mãos frias à barriga de Tom sentindo os seus abdominais e ouviu-o arfar. Subiu as mãos na tentativa de lhe retirar a camisola.
- Está frio aqui, nem penses! – riu-se retirando a mão de Carolina de dentro da sua camisola.
- Vamos para o 483 então… - sussurrou sensualmente ao seu ouvido escondendo uma gargalhada.

*

Carolina retirou o casaco que deixou cair no chão e fez Tom sentar-se na cama. “Porquê?” fora a pergunta de Tom à acção. “Porque eu quero.” Tinha-lhe respondido.
Levou as mãos à camisola que trazia vestida e despiu-a deixando-a no chão. Abriu cada botão da camisa negra com todo o cuidado e dedicação. Deixou-a também no chão. Aproximou-se de Tom e sentou-se ao seu colo de frente para ele. Tom não lhe tocou, adorava saber o que ela estava a pensar, mas como nestes momentos nunca conseguia, esperava que Carolina reagisse ao seu não-toque. Ao contrário do que pensava Carolina não se importou por ele não se impor sobre o seu corpo, mas pensava nisso. Estar com Tom implicava senti-lo por inteiro, sentir o seu toque, o seu aroma, o seu beijo, o seu abraço, mas ao Tom não lhe tocar estava intrigada, no entanto não perdeu o raciocínio com que entrou naquele quarto: um ‘semi-strip’ privado, e era isso que Tom ia ter, se estivesse disposto a participar.
Levantou-se e observou Tom colocar as mãos sobre a cama e inclinar-se ligeiramente para trás, já tinha percebido o que ela ia fazer, e como tal um maroto sorriso apoderou-se dos seus lábios.
Carolina levou as mãos de encontro ao cinto das calças e desapertou-o. Desapertou os botões e a braguilha e puxou as calças para baixo. Pegou nelas e retirou o cinto das mesmas. Chegou-se a Tom e rodeou o seu pescoço com o cinto puxando-o até si.
- Agora despe-te e faz o resto… - sussurrou-lhe sensualmente ao ouvido deixando-lhe o cinto pendurado no pescoço.
- Com todo o gosto… - murmurou levando as mãos à camisola subindo-a e vendo o olhar guloso de Carolina sobre os seus abdominais, ele sabia que ela se excitava com aquele espaço da sua barriga. Sorriu-lhe. Desapertou o cinto das calças e deixou-as cair no chão. Dirigiu-se a Carol e rodeou o seu corpo pela cintura. Chegou ao fecho do soutien dela desapertando-o e retirando-lho com cuidado deixou-o cair no chão. Beijou o pescoço dela com a astúcia e a determinação com que já conhecia aquele corpo. Aquele corpo que o levava à loucura, até um movimento descuidado de Carolina podia despertar em si um turbilhão de sentimentos.
Carol deitou-o na cama e deitou-se sobre ele. Adorava estar no controlo da situação. Adorava ser ela a domar Tom. Adorava sentir Tom submisso a si, e saber que ele corresponderia a qualquer coisa que fizesse, afinal, tal como ela, Tom tinha espírito de aventura e qualquer motivo era sinal de jogo.
Dobrou-se sobre o corpo de Tom e percorreu o seu tronco em beijos e carícias. Percorreu o ‘seu nome’ com os lábios vendo Tom revirar os olhos ao senti-la. Percorreu com a língua o vinco de Tom que se prolongava para o interior dos boxers e com os dentes agarrou o elástico. Puxou-os para baixo com a boca até deixar Tom completamente nu sob si. Tom virou-a e levou as mãos à tanga de Carol removendo-a. Passou os lábios entre o pescoço e a bacia de Carol, onde se situava a tatuagem, e voltou a atacar os lábios dela que pareciam deixá-lo mais sedento por si do que o normal. Colou o seu corpo ao dela e sem Carolina esperar entrou em si com uma força revigorante e agradável. Ela gemeu e Tom sorriu. Adorava saber que a excitava e que a satisfazia com gestos tão simples como a junção dos seus corpos.

*

Estavam deitados na cama.
Tom entretinha-se fazendo círculos com o indicador à volta do umbigo de Carolina e subindo aos poucos fez o mesmo nos seus seios ainda desnudados.
- A tour pelos Estados Unidos começa daqui a um mês, não é? – perguntou Carolina.
- Sim. – respondeu Tom olhando aquilo que se mantinha a fazer.
- Tenho medo… - sussurrou. Tom parou e olhou-a acariciando-lhe a face.
- Medo de quê?
- Do calibre que tudo isto tem, da dimensão que está a tomar. Eu nunca deveria ter aceite a proposta do Bill…
- Porquê?
– perguntou puxando o lençol branco para cima cobrindo-os aos dois. Carol aninhou-se no peito de Tom que prontamente a abraçou.
- Não quero ser impedida de sair à rua porque me reconhecem ou porque me viram em algum lado e vão-me perguntar onde porque não se lembram, olham para mim de forma estranha… eu nunca pedi nada disto, Tom, nunca. – desabafou.
- Então e o facto de poderes mostrar ao mundo uma das tuas maiores paixões? Puderes dar asas ao teu talento e voar mais alto? Fazeres-te ouvir perante uma audiência, começares a ter quem aprecie o teu trabalho… teres alguém que te dirija um sorriso ou um grito em forma de agradecimento por existires. Não achas que isso vai contra todas as adversidades? – perguntou beijando-lhe a cabeça, falando por experiência própria. Carolina pousou o queixo sobre o peito dele.
- Talvez… - sorriu.
- E quanto a não puderes sair de casa segura, aproveita agora mas vais sempre fazê-lo! – riu-se lembrando-se que ele próprio ainda saía de casa sem segurança ou qualquer outra protecção.
- És capaz de ter razão. – sorriu.
- Tenho sempre razão miúda, sempre!
- Não te fies na virgem pinguim! Não te fies!
– riu-se.
- Virgens? Na. – torceu o nariz. - Agora assim uma rapariga com umas curvas de sonho, olhos azuis, muito experiente e que só por acaso está deitada no meu peito, talvez me fie! – riu beijando os lábios da namorada que o acompanhou na gargalhada. Abraçou-a pela cintura e encostou as costas dela ao seu peito, pousando o queixo sobre o ombro de Carol. – Agora dorme e não te preocupes com o mundo à volta. – sussurrou. Carolina fechou os olhos e obedeceu-lhe desejando-lhe “Boa noite.”

(…)

- Quanto tempo é que vai durar a tour mesmo? – perguntou Ana a David. Estavam no estúdio dos rapazes a combinar os últimos pormenores da tour, que começaria dentro de uma semana.
- 1 mês! – disse – Nem mais nem menos, depois têm férias sem nada marcado, assim para desaparecerem do mapa. – riu.
- Que bom! – disse Bill com um sorriso.
- Carol! Como é? A música que tocas? – era David.
- A mesma? Ou outra? – perguntou.
- Tu é que decides!
- Por mim é-me indiferente desde que toque!
– riu.
- Ok, já vi que não vamos chegar a nenhum acordo! Que me dizes de uma música em versão acústica?
- Não será muito monótono?
- Talvez tenhas razão…
- pousou o cotovelo na mesa e o queixo na mão, pensativo. - … então outra, tens alguma coisa em mente? – perguntou.
- Tenho! – sorriu. – Preciso de um amplificador! – disse indo buscar a menina dos seus olhos e o cabo, que andava sempre consigo para todo o lado.
- Usa o meu. – disse Tom – Está aí ao canto! – apontou.
- Obrigada. – sorriu-lhe e preparou tudo. Colocou a guitarra no ombro de dedilhou simples mas energéticos acordes.


“Sorrow lasts through this night
I'll take this piece of you
And hold for all eternity
For just one second I felt whole
As you flew right through me”



- Gosto! – sorriu-lhe David – Tem… power! – riu fazendo gestos com as mãos.
- Perfeito! – sorriu desligando o aparelho e pousando a guitarra voltou à mesa.

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