domingo, 28 de março de 2010

#34



- Tommy, vais gastar a minha barriga… - gozou com o namorado ao ver que Tom estava entretido a passar os dedos pela sua pequena barriga há mais de uma hora.
- Oh é tão perfeita… - disse suavemente.
- Estás tão babado! – mexeu-se de modo a que Tom lhe desse atenção a ela e deixasse a barriga por um bocado. Precisavam de falar sobre o assunto.
- Vamos ser pais… - murmurou beijando os lábios da namorada levando-lhe uma mão ao pescoço.
- Pois vamos… e esse passo é gigante. – respondeu-lhe em igual tom ao quebrar o beijo.
- Verdade. – suspirou deitando-se colocando um braço atrás da cabeça. Carol deitou-se no seu peito e sentiu-se ser abraçada.
- Assusta-me. – admitiu. – Vamos ser capazes? – perguntou.
- Juntos somos capazes de tudo… – sorriu-lhe - … incluindo ter filhos! – brincou levemente, odiava sentir o ambiente pesado quando estava com ela, simplesmente não gostava.
- Achas?
- Tenho a certeza absoluta. E vamos ser óptimos pais! Uma mãe toda maluca e um pai todo relax! Não achas bom?
– riu-se beijando a cabeça de Carol.
- É lindo! – riu-se. – Mas… estou preocupada. – bufou, nunca tinha posto a hipótese de ter filhos e agora via-se a ser mãe aos 19 anos! Era estranho, novo, diferente de tudo o que algum dia pudesse imaginar.
- Não posso negar que também estou… - admitiu - … mas nós passamos por tudo, e conseguimos tudo, criar um filho é mais um desafio… mas este vai ser longo! – sorriu.
- Não vou puder ir em Tour. – falou no assunto que com descendência ia ser difícil de fazer.
- Nós só vamos em Tour daqui a 7 ou 8 meses, e aí o júnior já nasceu! – disse como se fosse a coisa mais fácil do mundo.
- Pois, mas é um recém-nascido! Não o vais levar para uma viagem dessas!
- Já deu em mãe protectora!
– sorriu-lhe, sabia que ela tinha razão.
- Oh, sabes bem que é verdade o que disse.
- Sim, eu sei… mas oh Carol…
- Diz.
– pousou o queixo no seu peito fitando-o atentamente.
- Ainda falta tanto tempo… podemos pensar só quando estivermos mais próximos, e antes aproveitarmos a tua barriguinha? – pediu de olhos a brilhar que nem uma criança pequena.
- A minha barriguinha? – riu.
- Sim. – colocou-se sobre ela e brincou no seu umbigo. – A tua barriguinha perfeita. – sorriu beijando a saliência perfeita que se encontrava no ventre de Carolina.

(…)

- ALGUÉM VEM ALMOÇAR?! – berrou Bill da cozinha, tinha-se levantado mais cedo de propósito para preparar o almoço para todos e ninguém era capaz de se levantar da cama para vir provar o seu novo petisco: massa com natas, cogumelos e ananás.
- Vamos já… - respondeu Ana aparecendo por trás dele beijando-lhe o ombro tapado pela t-shirt negra que trazia vestida.
- Oh alguém! – levantou as mãos em direcção ao céu.
- Também estamos aqui óh cunhadinho! – sorriu-lhe Carolina entrando na cozinha com Tom agarrado à sua barriga.
- Tu não largas a rapariga é impressionante! Olha que eu acho que a rapariga quando nascer já vai estar farta de ti! – gozou Bill.
- Ah ah ah -.-‘ Que engraçado Bill! – ironizou – Ah! E não vai ser rapariga! Vai ser rapaz! – deitou-lhe a língua de fora enquanto observava Carol sentar-se à mesa e começar a servir-se, pela primeira vez em duas semanas ela ia comer sem se queixar primeiro!
- Rapariga!
- Rapaz!
– sentou-se ao lado da namorada.
- Rapariga! Olha que eu já acertei que ias ser pai primeiro, por isso também vou acertar no sexo da criança! – avisou fazendo Carol e Ana rirem enquanto levavam à boca uma garfada da massa.
- Bill isso não quer dizer nada! E se eu digo que vai ser rapaz é porque vai ser! Afinal o pai ainda sou eu! – refilou elevando o tom de voz.
- Pois és mas se não baixas o tonzinho com que estás a falar meu cara de caraças, deixas de ser! – Carol mudou drasticamente de humor. Tom olhou-a.
- A gravidez mata-me. – suspirou. Carol inspirou e voltou a comer.
- E a mim! – refilou – Já estou enervadinha da vida!
- Dá para ver…
- Bill olhou-a de olhos esbugalhados. Já a tinha visto realmente chateada e numa acesa discussão com Tom, mas aquela fala superou tudo!
- Vá, vá habituem-se que agora vai ser mais frequente! – avisou Ana.
- Desculpem. – era Carol.
- Achas que tens que pedir desculpa? – perguntaram os gémeos em uníssono. Ela olhou-os.
- Acham que não? – perguntou.
- Não. – Tom beijou-lhe a cabeça. – Agora come que o meu maninho até se saiu bem na cozinha hoje!
- Um elogio Tom?
– perguntou com uma gargalhada.
- Epáh tá mesmo bom a sério!
- O conceito de paternidade subiu-te aos miolos está visto!
– riu-se.

*

- Vou morrer de tão cheia que estou, credo! – Carol tinha-se sentado no sofá com uma mão na barriga, estava visivelmente cheia.
- Para a próxima não comes tanto! – disse Ana sentando-se ao lado de Bill que acabara de pousar os pés sobre a mesa.
- Sim, tu comeste pa caramba miúda, nunca te tinha visto comer assim! – Tom sentou-se ao lado dela rodeando os seus ombros com um braço, fazendo com que ela deitasse a cabeça sobre o seu ombro.
- Estava a morrer de fome meu, parece que nunca tinha comido na vida! – refilou.
- Estou a ver que a gravidez vai dar muito que falar! – riu-se Bill.
- Mas ela tem uma barriga tão querida! – disse Tom feliz olhando o irmão – Já viste? – perguntou pousando a mão livre sobre a saliência visível no ventre da namorada.
- Será uma barriga normal, não? – perguntou Ana com um sorriso.
- Mostra! – Bill pediu e Carol riu-se. Estava mesmo a ver que para alem de um pai babado ia ter um tio babado. Levantou um pouco a t-shirt negra que trazia vestida e Bill pôde de facto confirmar que a barriga redondinha era, como diria Tom, querida.
- Pronto já chega! – riu – Já me chega o teu irmão! – olhou Bill – Não me larga um bocadinho a barriga!
- Imagino, chato como é!
– riu Bill voltando a sentar-se ao lado de Ana.
- Epáh que dois! – refilou Tom fazendo beicinho cruzando os braços sobre o peito.
- Habitua-te Tom, habitua-te! – riu Ana levantando-se do sofá e dirigindo-se à cozinha.
- Vais onde? – perguntou Bill.
- Comer uma taça de gelado! Apetece-me! – disse-lhe.
- Pensei que a grávida era a Carol! – riu-se e levantou-se também continuando a conversa com ela na cozinha sentado à mesa.

- Que querido Tom! – riu Carol trincando-lhe os lábios do beicinho que houvera feito. Tom soltou uma interjeição de dor.
- Lá por seres bruta na cama não quer dizer que também precises de ser fora dela! – deitou-lhe a língua de fora.
- Mas tu gostas que eu seja bruta… - sussurrou sensualmente sentando-se ao colo do namorado, que a agarrou pelo fundo das costas. - … dentro e fora da cama. – beijou os lábios de Tom com a intenção de os saborear a cada milímetro que explorava. Queria sentir aquele piercing que esmagava os seus lábios e que a levava ao céu apenas com um toque. Queria puder brincar com o seu piercing na boca de Tom e fazê-lo desfrutar aquilo que ela sabia que ele gostava. Levou-lhe uma mão ao pescoço e deixou-se apreciar o momento.
- Já pensas-te de que noite poderá o pequeno ter resultado? – perguntou Tom ao quebrar o beijo e pousar uma mão sobre a pequena saliência na barriga de Carol.
- Pode ter surgido de tantas! – riu – Sexo é coisa que propriamente não nos falta, Tom. – beijou-o.
- Sim. – riu – Mas era giro sabermos. – sorriu – Poderá ter sido alguma daquelas noites picantes?
- Porque não!
– riu-se – Mas também pode ter sido uma noite daquelas bem calmas e românticas… - escondeu a cara no pescoço de Tom.
- Sim. – sorriu e encostando a sua cabeça à dela, deixou o pensamento vaguear pelas recordações que tinha de todas as noites que passara nos braços dela.
- Acho que foi de sexo selvagem. – riu Carol.
- Há dois meses e meio atrás… - Tom pensava alto.
- Hotel! – disseram ao mesmo tempo rindo a seguir.
- Já sabes quando o teu filho te perguntar como se formou respondes que foi numa louca noite de amor! – Carol sorriu no gozo beijando Tom.
- Ah havia de ser lindo! O puto ficava a olhar! – riu retribuindo o beijo. Carolina riu-se e ouviu o telemóvel vibrar sobre o tampo da mesa. Esticou-se e aconchegando-se mais no corpo de Tom atendeu.

**
- Olá David!
- Olá.
– cumprimentou ele feliz. – Quero que venhas amanhã começar a gravar, prepara as músicas e vamos ao trabalho!
- Ok, mas eu tenho uma coisa para te dizer…
- começou, ele tinha que saber da gravidez.
- Contas amanhã agora tenho que me despachar! – disse – Até amanhã às 14.
- Ok, até amanhã!
– despediu-se com um sorriso.
**

- Amanhã começo a gravar o álbum. – olhou Tom.
- Vais ter que lhe dizer da gravidez… - disse seriamente, ter um filho em inicio de carreira não era brincadeira.
- Eu sei, mas ele nem me deu tempo! Amanhã falo… e tu vens comigo! – olhou-o.
- Claro! – beijou-lhe a cabeça.

Sem comentários:

Enviar um comentário