domingo, 28 de março de 2010

#35




- Estás pronta Carol? – perguntou Tom da sala à namorada enquanto ele, Bill e Ana a esperavam para irem até casa deles. Tom queria que a mãe fosse uma das primeiras a saber.
- Estou aqui! – apareceu à frente deles numas calças largas e numa t-shirt dos AC/DC. – Vamos?

(…)

- Oh meu amores, então tudo bem? – perguntou dando um beijo e um abraço sentido a cada um dos filhos.
- Sempre! – Tom sorriu com mais intensidade que o normal. Carol olhou-o e sorriu, Tom estava altamente feliz por ser pai. Ao que conhecia dele Tom nunca pensara ter filhos, aliás punha essa hipótese totalmente de lado, mas depois daquele sonho que tivera ficou muito mais receptivo a esse conceito, e ao que parecia ser ela a mãe também, e esse pensamento aconchegava-a.
- Eh lá! Passa-se alguma! – sorriu Simone olhando Tom.
- Tenho uma novidade! – disse Tom. – Senta-te.
- Mau. Para me mandares sentar, até tenho medo!
– Simone sentou-se no sofá e Bill e Ana sentaram-se ao seu lado, Tom e Carol sentaram-se no sofá em frente – Vá já estou sentada, que se passa Tom Kaulitz?
- Ai mãe credo, assim até assustas!
– refilou Tom.
- Totó, vá lá filho diz lá estou curiosa! – pediu empolgada, não sabia porquê mas até tinha um bom pressentimento.
- Eu e a Carol vamos…
- Casar?!
– Simone cortou-lhe a palavra bastante apressada.
- Não! – disse Tom – Nada disso! – riu.
- Então?
- É pior!
– riu Bill.
- Han? – Simone parecia confusa.
- Não é nada pior, é bonito! – disse Tom ao irmão deitando-lhe a língua de fora.
- Oh páh andem lá com isso! – disse Simone – Senão daqui a nada ainda penso que vão ser pais! – Tom trocou um olhar com Carol e seguidamente com Bill. O ambiente ficara subitamente pesado. – É isso? – perguntou Simone ao ver que as caras que se apresentavam à sua frente eram de caso, e muito!
- Sim. – disse Tom timidamente.
- Estás a gozar comigo? – perguntou Simone sem reacção.
- Não. – Tom sorriu.
- A sério? – olhou Carol – Estás grávida? – perguntou emotiva.
- Estou. – sorriu – Vai ser avó Simone! – disse.
- Oh! – tinha as lágrimas a toldarem-lhe os olhos – Tom, pai? – perguntou-se olhando o filho mais velho. – Estás mesmo a crescer! – levantou-se e Tom levantou-se com ela abraçando-a fortemente. Era tão bom sentir os braços da mãe à volta do seu corpo e sentir que ela tinha ficado feliz com a notícia… - Feliz, meu amor?
- Muito!
– voltou a esconder a cara no pescoço da mãe.
- Parabéns, minha querida! – abraçou também Carolina. – Deixa ver! – levantou-lhe a t-shirt e pôde observar a barriguinha.
- Não é querida mãe? – perguntou Tom observando o gesto.
- É barriga de grávida claro que é querida! – sorriu-lhe. – Estás mesmo babado! – soltou uma gargalhada, também estava feliz, afinal ia ser avó!
- Nem diga nada! – Carol sorriu – Não me larga!
- Ah vê lá se não gostas!
– Tom deitou-lhe a língua de fora.
- Não disse isso! – fez cara de anjo.
- Tosca! – beijou-lhe o ombro. – Almoço? – perguntou à mãe.
- Ai sim que eu também tenho fome, e esta reunião emotiva trouxe-me apetite! – disse Bill levantando-se.
- Vamos almoçar então!

(…)

- Carolina, finalmente! Estava difícil! – era David que a cumprimentava quando chegara ao estúdio.
- Desculpa estivemos em casa da mãe dele! – apontou a Tom.
- Sim, fomos contar uma novidade! – disse Tom.
- Sim, e essa novidade também tem que ser contada a ti… - disse Carol a medo.
- Então? Essas caras não prometem coisa boa! – sentou-se numa das cadeiras. – Que se passa?
- A Carol…
- começou Tom.
- Eu conto! – Carolina cortou-lhe a palavra. Olhou David.
- De uma vez… temos muito que fazer e vocês estão a assustar-me. – disse.
- Estou grávida! – despejou de uma vez.
- Han? Grávida? Mas como? De quem? – perguntou atarantado, esperava tudo vindo daquela rapariga, mas isto era a última coisa.
- David --‘ – era Tom. – Acalma lá a cabecinha. Como é que ela engravidou… bem queres um desenho é? – David olhou-o.
- Calma, a seguir vais-me perguntar “De quem? Que eu saiba ela anda comigo!” não é? – Tom acenou afirmativamente e riu-se. – Mas man, vocês não podiam criar família mais tarde? – suspirou.
- David, primeiro… - era Carolina - … achas que planeámos isto? Segundo, se quiseres que eu grave o álbum eu faço-o, mas não te prometo que vá logo em Tour com eles… - apontou Tom - … quando a Tour começar vou ter um recém-nascido nos braços e não me vou sujeitar a uma viajem desse calibre. Desculpa, mas…
- Ouve-me.
– interrompeu-a pousando-lhe as mãos sobre os ombros olhando-a nos olhos. – Queres mesmo gravar este álbum? – perguntou.
- Queres que eu o grave? – perguntou em resposta – É bom para ti, para a Universal? Se sim gravo senão não vale a pena. – estava cada vez mais emotiva e isso começava a revelar-se drasticamente, mas acima de tudo a sua veia maternal subia ao de cima.
- Isso não me interessa. Posso parecer-te uma pessoa fria, rude até, mas ainda sei dar valor às pessoas, e ainda sei pôr o trabalho de parte. Se te sentes bem a fazer música e se queres que um dia o teu trabalho seja reconhecido grava o álbum, se o mais importante para ti é a tua vida actual não o graves. – Carol suspirou.
- Senta-te. – fora Tom que aconselhara. Ela sentou-se e ele sentou-se ao seu lado. Conhecia muito bem David, e sim ele podia ser frio e rude, mas era um porreiro e sabia que podia contar com ele para tudo, e esse ser revelava-se agora a Carolina.
- Eu gravo o álbum… - fechou os olhos e apertou a mão de Tom que tinha os dedos entrelaçados no seus. - … mas vai ser aos bocadinhos e, peço-te que não digas a ninguém que o estou a gravar… e claro muito menos que esta decisão é por estar grávida.
- Prometido miúda.
– beijou-lhe a testa e sorriu-lhe. – Queres ver alguma coisa hoje? – perguntou.
- Quero. – sorriu abertamente, David podia ser um grande apoio nesta nova aventura.
- Tu vens ver, Tom? – perguntou David.
- Claro!

(…)

- Eu ainda estou a sonhar ou é mesmo verdade que a Carol vai ser mãe? – perguntou Ana a Bill enquanto viam um filme, ainda em casa de Simone.
- É verdade. – riu-se – Não vês mesmo a Carol como mãe pois não? – perguntou.
- Não, e o problema é que tenho um pressentimento esquisito de que algo vai correr mal…
- Como assim?
- Não sei…
- Oh não te preocupes
. – sorriu abraçando-a mais.

Sem comentários:

Enviar um comentário