
Tinham passado duas semanas e Carol não aguentara mais, tinha pensado quebrar a promessa que fizera a Tom. Estava sentada sobre o tampo da sanita com uma das suas lâminas na mão. Olhava todo o seu corpo à procura de um sítio que Tom não reparasse, num sítio onde Tom não tocasse para descobrir o que ela planeava fazer, mas era difícil. Tom tocava em todos os pontos do seu corpo sem excepção, explorava-o sem medos e sem preconceitos, era impossível escolher o sítio ideal. Optou pela parte lateral do joelho, fez um corte bem junto ao osso, não pode dizer que não doeu porque doeu, a dor física tinha-se sobreposto à psicológica, mas isso não era razão para parar o que tinha começado. O seu pensamento funcionava em torno do tempo, se já se cortava há tantos anos porquê parar agora? Estava cega cada vez que se cortava, cada vez que via o seu sangue escorrer vivo no seu corpo ou cada vez que sentia o seu corpo dar sinais de vida quando sentia a pele separar-se em dois. Olhou o corte e limpou o sangue que escorria pela sua perna com os dedos, sorriu. Aquela era a visão com que se tinha habituado a crescer e aquela era a imagem que queria ver até morrer. Colocou-se de pé e mirou o espelho que estava à sua frente largando a lâmina no lavatório. Estava grávida de três meses e pouco, e na última consulta a que fora, com Tom, o médico disse que a gravidez se estava a desenvolver naturalmente e que o feto não tinha problemas. Acariciou a barriga, agora mais visível, com os dedos… manchou-a de sangue. Aquele retrato no espelho fazia-lhe confusão.
Mas o que é que ela estava a fazer? Era suposto continuar a fazer mal ao seu corpo quando este precisava de todas as forças para abrigar o seu filho? Provavelmente não era, mas Carolina não conseguia contradizer a consciência, o corpo era mais forte que a mente… como sempre fora.
- A Carol, Ana? – perguntou Tom quando Ana lhe abriu a porta de casa.
- No quarto o que é que achas? – riu-se dando-lhe dois beijinhos.
- Ok, o Bill disse que em 10 minutos estava aí! – sorriu-lhe e avançou directo ao quarto da namorada.
- Borboleta? – perguntou colocando a cabeça dentro do quarto. Não a viu.
Carolina ouviu a voz de Tom. Já tinha visto aquela cena em algum lado! Apressou-se a limpar algumas das gotas de sangue que estavam no chão e despindo-se completamente entrou na banheira ligando a água rapidamente. Ainda gemeu com a água fervente no corte antes de Tom bater à porta.
- Posso? – perguntou.
- Já vou ter contigo Tommy, dá-me dois minutos! – respondeu. Expirou fundo todo o ar que tinha sustido na garganta ao ouvir um “Ok” em resposta. Lavou o corte e a barriga que tinham ficado sujos de sangue e limpou-se. Vestiu umas cuecas e um soutien e enrolando-se no robe negro dirigiu-se ao quarto com um falso sorriso nos lábios.
- Bom dia! – cumprimentou Tom feliz dirigindo-se a ela. Beijou-a explorando mais uma vez a boca que o levava à pura loucura.
- Bom dia. – respondeu pendurando-se no seu pescoço. – Tudo bem? – a ela própria tal pergunta soava-lhe totalmente falsa, será que Tom percebia?
- Bem… - respondeu intrigado, Carol nunca fazia aquela pergunta. – Tu estás bem? – perguntou afastando-se do seu corpo olhando-a de alto a baixo. Carol sorriu atrapalhada.
- Sim, porquê? – perguntou estranhando. Ou era muito má actriz ou Tom conhecia-a bem de mais.
- O que é que acontece se eu te pedir que tires o robe? – perguntou sentando-se na cama olhando os olhos azuis que tanto lhe diziam.
- O que é que queres ver Tommy? – perguntou sensualmente. Se fosse uma situação normal a resposta àquela pergunta seria óbvia e sem razão para questionar, mas no estado em que Carol se apresentava e a maneira com que Tom tentava perceber as coisas aquela pergunta era suspeita.
Tom não lhe respondeu, tinha a sensação que Carolina não estava a ser sincera consigo e esse pensamento estava a matá-lo por dentro. Que merda é que ela tinha feito? Era a pergunta que ecoava no seu cérebro e a resposta que vagueava não era de todo a que ele queria encontrar. Aproximou-se dela e desfez o nó calmamente. Abriu o robe ao de leve.
Carol suspirou e deixou uma lágrima cair, estava prestes a desiludi-lo, e não o queria presenciar. Fechou os olhos com força e ela própria tirou o robe.
Tom examinou os braços dela constatando que não tinham cortes recentes, eram todos antigos e estavam bem cicatrizados; instintivamente baixou o olhar até à barriga e beijou-a, amava aquele filho tanto como amava a mãe dele. Ajoelhou-se e levou ambas as mãos às pernas de Carolina de modo a se equilibrar; assim que pousou a mão perto do joelho direito sentiu algo escorrer, um líquido apoderar-se da sua mão. “Bingo!” pensou. Carolina tinha mesmo voltado a cortar-se. Olhou a mão e comprovou-o.
- Porquê? – limitou-se a perguntar calmamente limpando o sangue à sua camisola, não se importava de a sujar, a sua única preocupação agora era a namorada.
- Desculpa. – murmurou agarrando-se ao pescoço de Tom. – Não aguentei. – estava a chorar e Tom podia sentir o seu pescoço molhado das suas lágrimas.
- Veste-te. – pediu alcançando o robe passando-lho pelos ombros. Carol vestiu-o. – Anda cá. – Tom pediu que ela se sentasse no seu colo enquanto ele estava sentado na poltrona existente no quarto. – Porquê? – perguntou mais uma vez, levando uma das mãos ao seu pescoço enquanto a outra a abraçava pela cintura. Sabia que não valia a pena discutir, por isso iria limitar-se a falar com ela.
- Não consegui, há tempo de mais que andava a controlar-me… tenho recaídas nunca me vou curar Tom! – olhou-o.
- Não digas nunca! – pediu.
- Não dá, não vou conseguir, são demasiados os traumas Tom. – pousou a cabeça sobre o ombro dele e Tom encostou a sua cabeça à dela. – Não sabes o que eu sofri… a primeira vez que me cortei foi por mero acaso… - desabafou - … não era suposto, estava sentada à secretária, tinha 15 anos, a brincar com um x-ato na mão, e sem querer cortei-me. Não doeu e então tentei outra vez e outra vez, nunca doía. Nunca doeu até hoje. – Tom ouvia-a atentamente, as histórias dela eram tão marcantes e tão fantásticas que pareciam isso mesmo… fantasia. O problema punha-se em que essa fantasia era pura realidade para ela.
- Hoje doeu?
- Sim. – engoliu em seco – Mas suponho que tenha sido por ser perto do osso. Nunca me tinha cortado assim. – explicou.
- E porque é que cortaste ao pé do osso?
- Para ver se tu não reparavas…
- Não pensavas contar-me? – perguntou calmamente.
- Tu ias descobrir de qualquer das maneiras… - encolheu os ombros - … eu não queria desiludir-te Tom, foste a melhor coisa que me aconteceu no mundo! Eu não te quero perder… - aproximou os seus lábios dos dele encostando-os somente. Tom sentiu um arrepio subir a sua espinha. - … amo-te demais para isso. – murmurou beijando-o a seguir. Tom fechou os olhos e saboreou aquele beijo como se nada existisse. Como se os problemas não existissem, tudo à volta desaparecesse e fossem só ele e ela, mais nada nem ninguém. Quebrou o beijo e repentinamente tudo desabou sobre ele novamente. Suspirou pesadamente.
- Era preferível contares-me. Eu quero que confies em mim, Carol! Não quero ser apenas o rapaz com quem…
- Não digas isso! – pediu sentindo uma lágrima escorrer pela sua face. Não suportava ouvir Tom dizer que ela o usava única e exclusivamente para sexo! E ele sabia que não era por isso, era muito mais. Levantou-se e andou pelo quarto, estava a ficar nervosa e sem a capacidade de racionalizar.
- Nestas alturas parece! – bateu com o punho fechado no braço da poltrona.
- Eu digo-te uma coisa Tom…
- Sou todo ouvidos! – disse, também ele começava a descontrolar. Não era que quisesse dizer que Carol o usava ou algo parecido mas simplesmente custava-lhe vê-la sofrer daquela maneira, custava-lhe vê-la sacrificar o corpo por coisas das quais ela não tinha culpa!
- Não deixei que ninguém se aproximasse emocionalmente de mim durante 4 anos, tu chegas e mudas tudo! – começou – Odiei-te, desejei-te, confiei em ti montes de coisas que nem à Ana tinha contado, amo-te e tu vens-me dizer que te uso?! – perguntou enumerando pelos dedos os factos de que falava.
- Não era isso que eu queria dizer… - disse Tom colocando a mão na cabeça, não estava a gostar daquela situação, odiava discutir com ela quando não se tratava de uma mera brincadeira ou recordação dos seus inícios. Estava baralhado com as próprias palavras.
- Então? És tu que me usas é? Afinal? – quase berrou. Sentou-se na cama de cotovelos nos joelhos e cara nas mãos. Tom sentou-se ao lado dela e colocou-lhe a mão sobre os ombros – Não me toques! – levantou-se bruscamente e dirigiu-se à casa de banho trancando-se lá dentro.
- Carol temos que falar. – Tom tentou abrir a porta, mas nada feito.
- Baza, Tom! – pediu bruscamente. Olhou em volta e descobriu um top justo laranja e umas calças de ganga; vestiu-se, calçou-se e saiu da casa de banho desprezando Tom que se tinha sentado na cama de cara nas mãos.
Tom olhou-a, aquele top favorecia a sua barriga perfeita, não evitou um sorriso.
- Carol! Precisamos de falar! – seguiu-a.
- Não tenho nada a falar contigo, Tom! Até uma próxima! – pegou nas chaves do carro. – Não contes comigo para jantar! – avisou a Ana saindo a seguir.
- O que é que se passou? – perguntou Ana com cara de espanto.
- Agora não posso explicar! – Tom correu para fora e enfiou-se no seu Audi desportivo, seguindo o jipe da BMW de Carolina.
- Nem tentes Tom, nem tentes… - sussurrava para si mesma enquanto permanecia concentrada na condução. Não sabia para onde ia, mas queria um sítio onde pudesse estar sozinha sem que ninguém interferisse no seu pensamento.
- Que parvo Tom! Que parvo, mas tu não medes a língua? – refilava consigo mesmo. – És um burro! – bateu com o punho no volante e por momentos largou-o, tendo no momento seguinte que se desviar de um carro. Encostou bruscamente na berma.
Carol viu a cena pelo retrovisor e sentiu um aperto no coração ao deixar de ver Tom persegui-la. Voltava para trás?
Mas o que é que ela estava a fazer? Era suposto continuar a fazer mal ao seu corpo quando este precisava de todas as forças para abrigar o seu filho? Provavelmente não era, mas Carolina não conseguia contradizer a consciência, o corpo era mais forte que a mente… como sempre fora.
- A Carol, Ana? – perguntou Tom quando Ana lhe abriu a porta de casa.
- No quarto o que é que achas? – riu-se dando-lhe dois beijinhos.
- Ok, o Bill disse que em 10 minutos estava aí! – sorriu-lhe e avançou directo ao quarto da namorada.
- Borboleta? – perguntou colocando a cabeça dentro do quarto. Não a viu.
Carolina ouviu a voz de Tom. Já tinha visto aquela cena em algum lado! Apressou-se a limpar algumas das gotas de sangue que estavam no chão e despindo-se completamente entrou na banheira ligando a água rapidamente. Ainda gemeu com a água fervente no corte antes de Tom bater à porta.
- Posso? – perguntou.
- Já vou ter contigo Tommy, dá-me dois minutos! – respondeu. Expirou fundo todo o ar que tinha sustido na garganta ao ouvir um “Ok” em resposta. Lavou o corte e a barriga que tinham ficado sujos de sangue e limpou-se. Vestiu umas cuecas e um soutien e enrolando-se no robe negro dirigiu-se ao quarto com um falso sorriso nos lábios.
- Bom dia! – cumprimentou Tom feliz dirigindo-se a ela. Beijou-a explorando mais uma vez a boca que o levava à pura loucura.
- Bom dia. – respondeu pendurando-se no seu pescoço. – Tudo bem? – a ela própria tal pergunta soava-lhe totalmente falsa, será que Tom percebia?
- Bem… - respondeu intrigado, Carol nunca fazia aquela pergunta. – Tu estás bem? – perguntou afastando-se do seu corpo olhando-a de alto a baixo. Carol sorriu atrapalhada.
- Sim, porquê? – perguntou estranhando. Ou era muito má actriz ou Tom conhecia-a bem de mais.
- O que é que acontece se eu te pedir que tires o robe? – perguntou sentando-se na cama olhando os olhos azuis que tanto lhe diziam.
- O que é que queres ver Tommy? – perguntou sensualmente. Se fosse uma situação normal a resposta àquela pergunta seria óbvia e sem razão para questionar, mas no estado em que Carol se apresentava e a maneira com que Tom tentava perceber as coisas aquela pergunta era suspeita.
Tom não lhe respondeu, tinha a sensação que Carolina não estava a ser sincera consigo e esse pensamento estava a matá-lo por dentro. Que merda é que ela tinha feito? Era a pergunta que ecoava no seu cérebro e a resposta que vagueava não era de todo a que ele queria encontrar. Aproximou-se dela e desfez o nó calmamente. Abriu o robe ao de leve.
Carol suspirou e deixou uma lágrima cair, estava prestes a desiludi-lo, e não o queria presenciar. Fechou os olhos com força e ela própria tirou o robe.
Tom examinou os braços dela constatando que não tinham cortes recentes, eram todos antigos e estavam bem cicatrizados; instintivamente baixou o olhar até à barriga e beijou-a, amava aquele filho tanto como amava a mãe dele. Ajoelhou-se e levou ambas as mãos às pernas de Carolina de modo a se equilibrar; assim que pousou a mão perto do joelho direito sentiu algo escorrer, um líquido apoderar-se da sua mão. “Bingo!” pensou. Carolina tinha mesmo voltado a cortar-se. Olhou a mão e comprovou-o.
- Porquê? – limitou-se a perguntar calmamente limpando o sangue à sua camisola, não se importava de a sujar, a sua única preocupação agora era a namorada.
- Desculpa. – murmurou agarrando-se ao pescoço de Tom. – Não aguentei. – estava a chorar e Tom podia sentir o seu pescoço molhado das suas lágrimas.
- Veste-te. – pediu alcançando o robe passando-lho pelos ombros. Carol vestiu-o. – Anda cá. – Tom pediu que ela se sentasse no seu colo enquanto ele estava sentado na poltrona existente no quarto. – Porquê? – perguntou mais uma vez, levando uma das mãos ao seu pescoço enquanto a outra a abraçava pela cintura. Sabia que não valia a pena discutir, por isso iria limitar-se a falar com ela.
- Não consegui, há tempo de mais que andava a controlar-me… tenho recaídas nunca me vou curar Tom! – olhou-o.
- Não digas nunca! – pediu.
- Não dá, não vou conseguir, são demasiados os traumas Tom. – pousou a cabeça sobre o ombro dele e Tom encostou a sua cabeça à dela. – Não sabes o que eu sofri… a primeira vez que me cortei foi por mero acaso… - desabafou - … não era suposto, estava sentada à secretária, tinha 15 anos, a brincar com um x-ato na mão, e sem querer cortei-me. Não doeu e então tentei outra vez e outra vez, nunca doía. Nunca doeu até hoje. – Tom ouvia-a atentamente, as histórias dela eram tão marcantes e tão fantásticas que pareciam isso mesmo… fantasia. O problema punha-se em que essa fantasia era pura realidade para ela.
- Hoje doeu?
- Sim. – engoliu em seco – Mas suponho que tenha sido por ser perto do osso. Nunca me tinha cortado assim. – explicou.
- E porque é que cortaste ao pé do osso?
- Para ver se tu não reparavas…
- Não pensavas contar-me? – perguntou calmamente.
- Tu ias descobrir de qualquer das maneiras… - encolheu os ombros - … eu não queria desiludir-te Tom, foste a melhor coisa que me aconteceu no mundo! Eu não te quero perder… - aproximou os seus lábios dos dele encostando-os somente. Tom sentiu um arrepio subir a sua espinha. - … amo-te demais para isso. – murmurou beijando-o a seguir. Tom fechou os olhos e saboreou aquele beijo como se nada existisse. Como se os problemas não existissem, tudo à volta desaparecesse e fossem só ele e ela, mais nada nem ninguém. Quebrou o beijo e repentinamente tudo desabou sobre ele novamente. Suspirou pesadamente.
- Era preferível contares-me. Eu quero que confies em mim, Carol! Não quero ser apenas o rapaz com quem…
- Não digas isso! – pediu sentindo uma lágrima escorrer pela sua face. Não suportava ouvir Tom dizer que ela o usava única e exclusivamente para sexo! E ele sabia que não era por isso, era muito mais. Levantou-se e andou pelo quarto, estava a ficar nervosa e sem a capacidade de racionalizar.
- Nestas alturas parece! – bateu com o punho fechado no braço da poltrona.
- Eu digo-te uma coisa Tom…
- Sou todo ouvidos! – disse, também ele começava a descontrolar. Não era que quisesse dizer que Carol o usava ou algo parecido mas simplesmente custava-lhe vê-la sofrer daquela maneira, custava-lhe vê-la sacrificar o corpo por coisas das quais ela não tinha culpa!
- Não deixei que ninguém se aproximasse emocionalmente de mim durante 4 anos, tu chegas e mudas tudo! – começou – Odiei-te, desejei-te, confiei em ti montes de coisas que nem à Ana tinha contado, amo-te e tu vens-me dizer que te uso?! – perguntou enumerando pelos dedos os factos de que falava.
- Não era isso que eu queria dizer… - disse Tom colocando a mão na cabeça, não estava a gostar daquela situação, odiava discutir com ela quando não se tratava de uma mera brincadeira ou recordação dos seus inícios. Estava baralhado com as próprias palavras.
- Então? És tu que me usas é? Afinal? – quase berrou. Sentou-se na cama de cotovelos nos joelhos e cara nas mãos. Tom sentou-se ao lado dela e colocou-lhe a mão sobre os ombros – Não me toques! – levantou-se bruscamente e dirigiu-se à casa de banho trancando-se lá dentro.
- Carol temos que falar. – Tom tentou abrir a porta, mas nada feito.
- Baza, Tom! – pediu bruscamente. Olhou em volta e descobriu um top justo laranja e umas calças de ganga; vestiu-se, calçou-se e saiu da casa de banho desprezando Tom que se tinha sentado na cama de cara nas mãos.
Tom olhou-a, aquele top favorecia a sua barriga perfeita, não evitou um sorriso.
- Carol! Precisamos de falar! – seguiu-a.
- Não tenho nada a falar contigo, Tom! Até uma próxima! – pegou nas chaves do carro. – Não contes comigo para jantar! – avisou a Ana saindo a seguir.
- O que é que se passou? – perguntou Ana com cara de espanto.
- Agora não posso explicar! – Tom correu para fora e enfiou-se no seu Audi desportivo, seguindo o jipe da BMW de Carolina.
- Nem tentes Tom, nem tentes… - sussurrava para si mesma enquanto permanecia concentrada na condução. Não sabia para onde ia, mas queria um sítio onde pudesse estar sozinha sem que ninguém interferisse no seu pensamento.
- Que parvo Tom! Que parvo, mas tu não medes a língua? – refilava consigo mesmo. – És um burro! – bateu com o punho no volante e por momentos largou-o, tendo no momento seguinte que se desviar de um carro. Encostou bruscamente na berma.
Carol viu a cena pelo retrovisor e sentiu um aperto no coração ao deixar de ver Tom persegui-la. Voltava para trás?
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