
- BILL! – berrou Tom do fundo das escadas ao irmão. – MAS TU VENS OU NÃO?!
- MENOS! JÁ DESÇO ! – gritou de volta.
- Disseste isso há 30 minutos… - praguejou para ele mesmo. Iriam ver a gravação final do álbum de Carolina. Estava praticamente pronto, afinal já tinham passado dois meses depois do começo.
- Já cá estou!
- Finalmente! Vamos embora!
(…)
- Pela última vez Carol tenta chegar ao máximo da nota! Tu consegues! – disse-lhe David já um pouco enervado.
- David! -.- Eu já te disse que não dá! E nem penses que me vou esganiçar, isso fica mal na música! Nem tentes pôr-me a fazer de Bill no “World Behind My Wall” ou na “Love & Dead”!! – berrou.
- Ok -.- avancemos então! – disse.
- Porque é que o meu nome tinha que aparecer? – perguntou Bill aos quatro elementos que estavam com ele.
- Porque ela tem razão… - disse Tom assobiando a seguir.
- Olha, lá por tu nunca teres concordado com os meus agudos não quer dizer que sejam inúteis! – retribuiu.
- O tanas! – sorriu-lhe encolhendo os ombros.
- É verdade, eu também dispensava aqueles agudos… - era Gustav. Bill fulminou-o – Só dei a minha opinião óh!
- Eu até gosto. – comentou Georg.
- Claro, mas se tu não concordasses com guinchinhos eu… - foi interrompido.
- Tom! – chamou Carolina.
- Eu! – disse no mesmo tom.
- Chega aqui! Quero que faças uma coisa… - disse olhando-o. Tom aproximou-se dela. – Lembras-te disto? – ergueu uma folha de papel com uns rabiscos escritos.
- Sim… - disse a medo. Aquilo era uma letra que eles tinham feito juntos.
[Flashback]
Carolina estava sentada na varanda de guitarra acústica sobre as pernas tocando uma melodia amena mas pesada. Entoava acordes como se soubesse aquela letra desde sempre, como se tivesse nascido a ouvir aquilo, mas não, Carolina não estava a cantar de cor, estava a improvisar.
Parou por instantes para apontar a letra que lhe tinha saído por acaso e voltou à melodia nem dando pela presença de Tom.
- Tell me a secret…
- I want it. – Tom cantou gozando com ela mas até fizera sentido. Carol olhou-o, primeiro assustada mas depois com um sorriso. Tal como na sua vida: Tom completava-a.
- Tell me a story.
- I need it.
- I'll listen intensively, I'll stay awake all night. – era como magia, saía instintivamente.
- All of me is a whisper.
- So don't leave.
- There's nothing left in me. – devia estar parvo com certeza, afinal estava a compor e ainda por cima em inglês!
- Please help me.
- Not even my body is strong enough to fight.
- Let's make this right.
- Please help me make this right. – finalizou pegando novamente no papel digitando o que cantara e pedindo a Tom que a ajudasse. Tom sentou-se ao lado dela e fez o que ela pediu.
- Tens mais letra? – perguntou Tom.
- Tenho mais melodia, mas letra era instinto. – sorriu-lhe – Agora tu! Tu a cantar e em inglês ainda por cima! Estou orgulhosa, Tommy! – beijou-o rapidamente.
- Tu inspiras-me! – riu-se.
- É claro! – ironizou.
- É verdade. - puxou-a para o meio das suas pernas e pousou o queixo sobre o seu ombro. Depois de tudo o que já passaram juntos, estar com ela e sentir o seu apoio incondicional era a melhor coisa do mundo.
- Eu sei. – soprou.
- Convencida. – beijou o seu pescoço numa gargalhada. Carol acompanhou-o. – Mas continua lá a melodia a ver se me sai mais qualquer coisa! – riu-se.
[Fim flashback]
- Não me vais pedir para gravar pois não? – perguntou.
- Não era isso! – riu – Quer dizer…
- Carol! – olhou-a. – Eu não vou entrar nesse estúdio para cantar isso contigo! – apontou para dentro estúdio de gravação.
- Calma Tommy! – agarrou-lhe a mão. – Esquece. – aproximou-se do ouvido dele e sussurrou : - É a nossa música. – beijou-lhe o ouvido e voltou a David. – Vá David onde é que íamos na discussão mesmo? – perguntou sarcasticamente. Tom voltou para juntos dos outros. Sim, Carol ia pedir-lhe aquilo mas a atitude de Tom não deixara muito a desejar.
- Tu agora cantas, Tom? – gozou Bill.
- Não faço os coros no álbum? Então canto! – sorriu-lhe ironicamente.
- Tu percebeste parvo!
- Bill deixa-o lá, o amor faz de tudo! – gozou Georg.
- ‘Tou lixado com vocês meu! -.- – cruzou os braços e sentou-se num dos sofás individuais presentes.
- Então vais cantar essa também? – perguntou David mais calmo.
- Nop, esta é especial. – sorriu. - Mas tenho aqui outra… E esta se for possível será o primeiro single. – disse seriamente. David olhou-a, se Carolina falava tão seriamente daquilo é porque de certeza a música era muito boa.
- Sou todo ouvidos! – sorriu.
Carolina, antes de gravar, pegou na guitarra e decidiu mostrar a música. Era especial, Carol tinha escrito esta letra quando estava no hospital, depois do coma, depois da ‘suposta traição’ a Tom. Tinha escrito a letra sobre o que na altura sentia.
“She walks alone, In shame, In pain
She closes her eyes, One more day, In this hell
Tears fall down her face, As they break her down
She surrenders, She disappears inside, As she cries for her savior”
- Que tal? – perguntou pousando a guitarra.
- Grava-a! – ordenou David com um sorriso. A miúda era mesmo nata naquilo!
(…)
- Ana… - Tom chamou-a baixinho. Estavam os quatro em sua casa e do Bill, a ver um filme quando Tom se lembrou de um pormenor. - Que é que vais dar à Carol? – perguntou. Carolina fazia anos dali a uma semana e como neste momento não se encontrava na sala Tom aproveitou.
- Não sei. – respondeu – Talvez um novo piercing.
- Han? Ela trabalha numa loja de piercings! – disse sem perceber.
- Sim Tom, mas eu refiro-me ao “brinco” não ao furo. Assim, algo personalizado… qualquer coisa sei lá eu, nunca sei o que lhe hei-de dar! – refilou em murmúrios.
- Mas que raio estão vocês para aí a cochichar? – perguntou Bill que como o filme era interessante, não estava a ouvi-los.
- Que vamos dar à Carol! – disse Tom.
- Ah eu já sei! Encontrei uma pulseira fantástica, tipo mesmo o estilo dela! – disse feliz.
- Só eu é que não sei -.- - refilou Tom.
- Não sabes o quê Tommy? – Carol perguntou atirando-se para o sofá em que ele estava sentado.
- Se vá comer ou não… tenho fome mas ainda assim não me apetece deixar de ver o filme. – desculpou-se como se fosse a coisa mais normal do mundo.
- Estás a gozar comigo. – limitou-se a dizer encostando a cabeça no ombro dele. Tom abraçou-a.
- Se o dizes. – respondeu voltando a prestar atenção ao filme. – A propósito, que não tem propósito, mas quando é que vais ao vídeo mesmo?
- Ao vídeo? – perguntou Carol não percebendo.
- Não ias gravar o vídeo do primeiro single por esta semana?
- Ah! Sim, sim! Vou depois de amanhã, mas venho dormir a casa porque é aqui perto. É num estúdio só… tenho umas ideias brutais! – disse feliz.
- Ainda bem, então! – abraçou-a e mergulhado na prenda dela pensava. “Pensa Tom, pensa. Não é difícil! Alguma coisa personalizada por ti…”
- MENOS! JÁ DESÇO ! – gritou de volta.
- Disseste isso há 30 minutos… - praguejou para ele mesmo. Iriam ver a gravação final do álbum de Carolina. Estava praticamente pronto, afinal já tinham passado dois meses depois do começo.
- Já cá estou!
- Finalmente! Vamos embora!
(…)
- Pela última vez Carol tenta chegar ao máximo da nota! Tu consegues! – disse-lhe David já um pouco enervado.
- David! -.- Eu já te disse que não dá! E nem penses que me vou esganiçar, isso fica mal na música! Nem tentes pôr-me a fazer de Bill no “World Behind My Wall” ou na “Love & Dead”!! – berrou.
- Ok -.- avancemos então! – disse.
- Porque é que o meu nome tinha que aparecer? – perguntou Bill aos quatro elementos que estavam com ele.
- Porque ela tem razão… - disse Tom assobiando a seguir.
- Olha, lá por tu nunca teres concordado com os meus agudos não quer dizer que sejam inúteis! – retribuiu.
- O tanas! – sorriu-lhe encolhendo os ombros.
- É verdade, eu também dispensava aqueles agudos… - era Gustav. Bill fulminou-o – Só dei a minha opinião óh!
- Eu até gosto. – comentou Georg.
- Claro, mas se tu não concordasses com guinchinhos eu… - foi interrompido.
- Tom! – chamou Carolina.
- Eu! – disse no mesmo tom.
- Chega aqui! Quero que faças uma coisa… - disse olhando-o. Tom aproximou-se dela. – Lembras-te disto? – ergueu uma folha de papel com uns rabiscos escritos.
- Sim… - disse a medo. Aquilo era uma letra que eles tinham feito juntos.
[Flashback]
Carolina estava sentada na varanda de guitarra acústica sobre as pernas tocando uma melodia amena mas pesada. Entoava acordes como se soubesse aquela letra desde sempre, como se tivesse nascido a ouvir aquilo, mas não, Carolina não estava a cantar de cor, estava a improvisar.
Parou por instantes para apontar a letra que lhe tinha saído por acaso e voltou à melodia nem dando pela presença de Tom.
- Tell me a secret…
- I want it. – Tom cantou gozando com ela mas até fizera sentido. Carol olhou-o, primeiro assustada mas depois com um sorriso. Tal como na sua vida: Tom completava-a.
- Tell me a story.
- I need it.
- I'll listen intensively, I'll stay awake all night. – era como magia, saía instintivamente.
- All of me is a whisper.
- So don't leave.
- There's nothing left in me. – devia estar parvo com certeza, afinal estava a compor e ainda por cima em inglês!
- Please help me.
- Not even my body is strong enough to fight.
- Let's make this right.
- Please help me make this right. – finalizou pegando novamente no papel digitando o que cantara e pedindo a Tom que a ajudasse. Tom sentou-se ao lado dela e fez o que ela pediu.
- Tens mais letra? – perguntou Tom.
- Tenho mais melodia, mas letra era instinto. – sorriu-lhe – Agora tu! Tu a cantar e em inglês ainda por cima! Estou orgulhosa, Tommy! – beijou-o rapidamente.
- Tu inspiras-me! – riu-se.
- É claro! – ironizou.
- É verdade. - puxou-a para o meio das suas pernas e pousou o queixo sobre o seu ombro. Depois de tudo o que já passaram juntos, estar com ela e sentir o seu apoio incondicional era a melhor coisa do mundo.
- Eu sei. – soprou.
- Convencida. – beijou o seu pescoço numa gargalhada. Carol acompanhou-o. – Mas continua lá a melodia a ver se me sai mais qualquer coisa! – riu-se.
[Fim flashback]
- Não me vais pedir para gravar pois não? – perguntou.
- Não era isso! – riu – Quer dizer…
- Carol! – olhou-a. – Eu não vou entrar nesse estúdio para cantar isso contigo! – apontou para dentro estúdio de gravação.
- Calma Tommy! – agarrou-lhe a mão. – Esquece. – aproximou-se do ouvido dele e sussurrou : - É a nossa música. – beijou-lhe o ouvido e voltou a David. – Vá David onde é que íamos na discussão mesmo? – perguntou sarcasticamente. Tom voltou para juntos dos outros. Sim, Carol ia pedir-lhe aquilo mas a atitude de Tom não deixara muito a desejar.
- Tu agora cantas, Tom? – gozou Bill.
- Não faço os coros no álbum? Então canto! – sorriu-lhe ironicamente.
- Tu percebeste parvo!
- Bill deixa-o lá, o amor faz de tudo! – gozou Georg.
- ‘Tou lixado com vocês meu! -.- – cruzou os braços e sentou-se num dos sofás individuais presentes.
- Então vais cantar essa também? – perguntou David mais calmo.
- Nop, esta é especial. – sorriu. - Mas tenho aqui outra… E esta se for possível será o primeiro single. – disse seriamente. David olhou-a, se Carolina falava tão seriamente daquilo é porque de certeza a música era muito boa.
- Sou todo ouvidos! – sorriu.
Carolina, antes de gravar, pegou na guitarra e decidiu mostrar a música. Era especial, Carol tinha escrito esta letra quando estava no hospital, depois do coma, depois da ‘suposta traição’ a Tom. Tinha escrito a letra sobre o que na altura sentia.
“She walks alone, In shame, In pain
She closes her eyes, One more day, In this hell
Tears fall down her face, As they break her down
She surrenders, She disappears inside, As she cries for her savior”
- Que tal? – perguntou pousando a guitarra.
- Grava-a! – ordenou David com um sorriso. A miúda era mesmo nata naquilo!
(…)
- Ana… - Tom chamou-a baixinho. Estavam os quatro em sua casa e do Bill, a ver um filme quando Tom se lembrou de um pormenor. - Que é que vais dar à Carol? – perguntou. Carolina fazia anos dali a uma semana e como neste momento não se encontrava na sala Tom aproveitou.
- Não sei. – respondeu – Talvez um novo piercing.
- Han? Ela trabalha numa loja de piercings! – disse sem perceber.
- Sim Tom, mas eu refiro-me ao “brinco” não ao furo. Assim, algo personalizado… qualquer coisa sei lá eu, nunca sei o que lhe hei-de dar! – refilou em murmúrios.
- Mas que raio estão vocês para aí a cochichar? – perguntou Bill que como o filme era interessante, não estava a ouvi-los.
- Que vamos dar à Carol! – disse Tom.
- Ah eu já sei! Encontrei uma pulseira fantástica, tipo mesmo o estilo dela! – disse feliz.
- Só eu é que não sei -.- - refilou Tom.
- Não sabes o quê Tommy? – Carol perguntou atirando-se para o sofá em que ele estava sentado.
- Se vá comer ou não… tenho fome mas ainda assim não me apetece deixar de ver o filme. – desculpou-se como se fosse a coisa mais normal do mundo.
- Estás a gozar comigo. – limitou-se a dizer encostando a cabeça no ombro dele. Tom abraçou-a.
- Se o dizes. – respondeu voltando a prestar atenção ao filme. – A propósito, que não tem propósito, mas quando é que vais ao vídeo mesmo?
- Ao vídeo? – perguntou Carol não percebendo.
- Não ias gravar o vídeo do primeiro single por esta semana?
- Ah! Sim, sim! Vou depois de amanhã, mas venho dormir a casa porque é aqui perto. É num estúdio só… tenho umas ideias brutais! – disse feliz.
- Ainda bem, então! – abraçou-a e mergulhado na prenda dela pensava. “Pensa Tom, pensa. Não é difícil! Alguma coisa personalizada por ti…”
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