segunda-feira, 5 de abril de 2010

#40




- Vou sair! Beijinhos! – berrou Ana para dentro de casa.
Carol sentada na sala, suspirou. A irmã nunca se esquecia do seu aniversário mas este ano parecia que não era bem assim. Ligou a televisão e em top e calções de pijama deitou-se no sofá.

[Flashback]

**
- Já sei! – Tom e Bill estavam ao telefone com Ana a tentar planear qualquer coisa para o aniversário de Carolina e, aparentemente, Tom tinha tido uma ideia.
- E?
- Uma festa surpresa!
- Boa maninho!
– disse Bill.
- Sim, acho uma boa ideia! – sorriu Ana – Mas fazemos assim, nada de lhe dar os parabéns ok? É absolutamente surpresa!
- Ok
. – disseram os gémeos. Desligaram e Tom decidiu fazer umas coisas.
**

- Vais onde? – perguntou Bill ao vê-lo lançado entrar no quarto.
- À NET! E ANDA CÁ QUE PRECISO DA TUA AJUDA! – gritou-lhe para a sala. Bill dirigiu-se ao irmão que estava a navegar numa página de vestidos.
- Uuh, vais vestir isso na festa da Carol? – riu-se e imaginando Tom de vestido riu ainda mais.
- Não totó, ela é que vai vestir não eu!
- Oh boa ideia!
– sentou-se ao lado de Tom. – Este é giro. – apontou um vestido vermelho, comprido e de decote em V.
- Sim, também gosto… mas e este? – apontou um vestido preto, liso, sem alças, e um pouco acima dos joelhos.
- É a cara dela! Curto e desmedido! – riu Bill.
- Vou encomendar! Faltam dois dias por isso dá! – arrumou as coisas e levantou-se.
- Vais onde agora? – perguntou Bill ao vê-lo tão apressado.
- Comprar a prenda dela! – sorriu – Até logo! – saiu.
- Até logo! – disse Bill para o vazio.

[Fim flashback]

A campainha soou quebrando o silêncio ensurdecedor em que a casa estava mergulhada. A todo o custo, Carol levantou-se e ajeitando a roupa dirigiu-se à porta. Abriu.
- Olá! – Tom tinha um sorriso simples que inspirava alegria.
- Boa quase noite. – sorriu alcançando os lábios do namorado.
- Quase noite? – riu. – Que estavas a fazer? – seguiu-a até à sala.
- Estava a ver publicidade… - respondeu. “Ele também não se lembrou.” pensou para si mesma.
- Interessante. – disse – Vai tomar um banho que eu vou buscar uma coisa ao carro.
- Han? –
perguntou confusa.
- Apenas faz o que te disse. – deu-lhe um beijo nos lábios e saiu até ao carro.

*

- E agora? – perguntou saindo da casa de banho apenas com um robe sobre o corpo molhado e uma toalha na cabeça. – Que é isto? – olhou um vestido pousado sobre a cama e seguidamente dirigiu o olhar a Tom que estava sentado na poltrona.
- Veste-o. – sorriu.
- Para?
- Carol, sabes tão bem como eu que dia é hoje…
- Não te esqueceste?
– sorriu.
- Claro que não me esqueci, tonta! – riu-se. Carol foi direita a ele e abraçou-o, Tom retribuiu. – Veste-o. – pediu-lhe novamente. Carol dirigiu-se à cama e vestiu o vestido preto, curto, justo e sem alças, sobre o olhar atento de Tom.
- Dá aqui uma ajuda! – pediu colocando-se em frente ao espelho, referindo-se ao fecho do vestido. Tom alcançou-o e apertou-o, depositando um beijo sobre o ombro despido de Carolina. – Obrigada. – sorriu-lhe.
- Tenho mais uma coisa para ti. – disse dirigindo-se a um saco que se encontrava à porta do quarto.
- O quê? – perguntou despenteando o cabelo, ainda laranja e amarelo, com o secador.
- Isto. – elevou uma caixa quadrada de veludo azul no ar.
- Que é isso? – perguntou desligando o secador e dando um jeito ao cabelo com um pouco de gel. Calçou uns sapatos pretos de tacão alto e voltou ao espelho. Enquanto isso Tom abriu a caixa e colocou-se atrás dela.
- Parabéns, borboleta! – disse um pouco mais baixo que o seu tom de voz normal colocando-lhe o interior da caixa à vista. Carol levou as mãos à boca.
- Wow! – fora a única coisa que conseguiu dizer.
- Gostas? – perguntou. Carolina acenou afirmativamente com a cabeça. – É teu. – beijou-lhe o pescoço e observou Carol pegar no fio. Era um colar em ouro branco, com um pequeno coração a fazer de pendente, o que Carolina ainda não tinha descoberto era a inscrição na parte de trás do coração. – Deixa-me pôr! – pediu Tom com um sorriso.
- Espera tem algo escrito! – Tom riu-se. “Amo-te. Tommy” - leu a inscrição. – Que querido! – abraçou-se a ele. – Obrigada.
- De nada, borboleta.
– sorriu-lhe. – Agora já te posso pôr o colar? – brincou.
- Sim! – Carol virou-se de imediato para o espelho observando o gesto cuidado com que Tom colocava a peça sobre o seu peito, e o apertava no pescoço.

- E agora vens comigo! – puxou-a.
- Onde? – perguntou.
- A um sítio.
- Ah mas a Ana…
- Que tem a Ana? –
perguntou.
- … ela ainda não me disse nada.
- Como assim
? – fingiu-se de confuso.
- Não me deu os parabéns… - olhou o chão, a irmã era demasiado importante para não ficar tocada com isso.
- Anda então, e não penses nisso!
- Ok.
– Carol suspirou e pegou na mala. Chegaram ao carro de Tom.
- Deixa-me pôr-te isto. – disse Tom.
- Uma venda? – perguntou com cara de parva – Para quê?
- Nunca se sabe o que me apetece fazer contigo sem que percebas
! – gozou.
- Parvo! – sentiu Tom colocar-lhe a venda nos olhos e deixou-se levar. Estava super curiosa para saber o que ele tinha planeado.

(…)

- Cuidado com o degrau! – avisou Tom agarrando-a pela cintura, mantendo-se atrás dela. Estavam no estúdio e presentes, escondidos atrás do sofá, estavam: Ana, Bill, Gustav, Georg, David e a respectiva mulher, Andreas também se encontrava ali com a namorada.
- Mas onde é que tu me levas afinal? – perguntou levando as mãos à venda negra.
- Ah! Não tira, só quando eu disser! – travou-lhe o movimento. Carol estancou.
- Ok, então avisa! Mas rápido que já estou farta disto! – refilou pondo as mãos na cintura.
- Faz beicinho faz! – riu-se. – Podes tirar! – ao Tom dizer isto, Carol tirou a venda e os presentes levantaram-se berrando a altos pulmões “PARABÉNS!”. Carolina mandou um salto que Tom teve que a agarrar, enquanto que Ana se dirigia a ela abraçando-a.
- Sua parva páh! Fizeste-me sofrer! – Carol deu-lhe um leve murro nas costas ao abraçá-la. – Parva!
- Desculpa! –
Ana largou-se dela e olhou-a nos olhos – Parabéns maninha. – sorriu e beijou-lhe carinhosamente a face.
- Obrigada! – Carol retribuiu o gesto. – Obrigada a todos! – sorriu.
- Se vocês vissem o pânico em que ela ficou por ninguém lhe dar os parabéns! – Tom gozou agarrando-a por trás, pela cintura, beijando o seu ombro despido onde pousou o queixo.
- Eu não estava em pânico! Só não era normal! – disse pousando as suas mãos sobre as de Tom.
- Pois sim. – sorriu. Todos cumprimentaram Carol individualmente felicitando-a, não só pelo seu 20º aniversário como pelo CD que seria editado no dia seguinte.
- Toma. – Bill estendera-lhe uma caixinha vermelha de veludo. – Eu espero seriamente que gostes! – riu-se. Carol abriu a caixa e soltou um guincho.
- É tão linda!!!! – abraçou-se a Bill. Era uma pulseira absolutamente normal, mas em correntes negras e com uma estrela verde a fazer de pendente. – Faz-me lembrar isto! – apontou o seu pulso, a sua estrela verde no seu pulso direito.
- Eu sei disso! – riu-se e Carol agradeceu-lhe mais uma vez. Bill dirigiu-se com Tom à cozinha onde foram preparar o bolo acendendo-lhe as velas e trazer o champanhe.
- É teu. – Ana estendeu-lhe um pequeno saquinho.
- É o quê? – perguntou curiosa. Gostava sempre das prendas da irmã, por muito simples que fossem ela acertava sempre no presente a dar.
- Abre. – sorriu. Carolina assim o fez e descobriu um piercing em metal negro com um conjunto de mini correntes com uma borboleta na ponta.
- Ai que lindo! – disse admirada. O piercing era demasiado o seu género, já para não falar que já tinha pensado em colocar um parecido quando voltou a fazer o furo, afinal depois de o ter tirado pela gravidez e furo acabou por fechar. – Vou já pôr! – correu à casa de banho trocar o piercing branco que tinha por aquele. O seu novo furo já tinha cicatrizado por completo já o podia trocar. Colocou o novo piercing e mirou-se ao espelho: era delicioso e ficava-lhe a matar. Baixou o vestido e voltou a Ana. – Obrigada!! – disse à irmã abraçando-se a ela ao voltar à sala do estúdio. – O Tom? – perguntou. De repente tudo ficou escuro e uma melodia na guitarra se ouviu. – Isto são os parabéns… - sussurrou para a irmã ao reparar melhor na melodia. Ana riu-se.
- Eu sei! – respondeu. Bill apareceu com o bolo, Gustav com o champanhe, Georg trazia os pratos e Tom vinha atrás de guitarra ao ombro. Todos começaram a cantar e mais tarde aplaudiram a rapariga da noite.

- Carol! – era Georg. – Que tal um mini concerto para apresentares o álbum aqui ao pessoal?
- Ai que boa ideia!
– era Ana que acabava a fatia de bolo.
- Sim sim! – berraram Bill e Andreas.
- Ok. – Carol sorriu. – Preciso de uma guitarra que não tenho a minha! – avisou.
- Anda comigo e escolhes uma. – disse Tom. Carol seguiu-o até à zona onde guardava religiosamente as guitarras.

Sem comentários:

Enviar um comentário