quinta-feira, 8 de abril de 2010

#45




Um dia. Faltava apenas um dia para voltar a ver Tom. Voltar a estar perto do seu corpo. Voltar a beijar os seus lábios até agora era apenas um sonho.
Estava ainda hospeda no mesmo Hotel, e iria ficar até o concerto dos Tokio Hotel acabar e seguirem todos juntos de novo até à Alemanha. O autocarro da crew de Carolina já tinha partido mas Raquel tivera ficado com ela.
- Estou bué ansiosa! – disse suspirando para o ar deitando-se na cama.
- Porquê? Por causa do Tom? – Raquel sorriu, tinha-se tornado muito ligada a Carolina e já confiava nela como na melhor coisa do mundo. Podia até chamá-la de pseudo melhor amiga, e Carol concordava.
- Que achas?! Tu não tens saudades do teu namorado? – perguntou.
- Sim, tenho imensas! – sorriu lembrando o rapaz que namorava consigo há 5 anos.
- Então compreendes-me! – riu-se. – Bem, eu vou mas é tomar um duche que bem preciso!
- Ok, eu vou lá para baixo um bocado!
– sorriu-lhe e saiu do quarto.

- Tom? – fora Raquel que ao sair do elevador, de vir do quarto de Carolina, deu de caras com o rapaz de tranças negras.
- Olá Raquel! – sorriu-lhe. Estava feliz, ia voltar a ver Carolina e matar todas as saudades possíveis e imaginadas. Já estava em Lisboa e não queria perder mais tempo. Tinha que a ver.
- 723. – sorriu-lhe passando por ele. – Ela disse que ia tomar um banho.
- Obrigada!
– Tom riu-se. Seria assim tão previsível? Subiu no ascensor e parou no 7º andar, que já lhe houvera sido indicado pelo recepcionista.

- David! – Raquel chegou-se a ele e deu-lhe dois beijinhos.
- Olá, então que tal as coisas da Carolina? – perguntou interessado – Tenho ouvido falar muito bem dela… - sorriu, estava orgulhoso por ter sido ele a descobrir tal talento.
- Muito bem… - continuaram a conversa até ao bar enquanto os restantes elementos se acomodavam nos respectivos quartos.

Tom chegou ao 7º andar e posicionou-se em frente ao número 723. Estava estranhamente nervoso, não se lembrava de sentir aquele nervosismo em mais lado nenhum, o nervoso dos concertos era muito maior, mas aquele também não era um nervoso miudinho. Parecia estúpido aquilo estar a acontecer-lhe. Quem olhasse para trás, para o seu passado, nunca diria que um dia Tom ‘Sex-Gott’ Kaulitz estaria nesta situação: completamente nervoso, plantado à porta do quarto da namorada que não via há, apenas se assim se pode dizer, duas semanas!
No entanto o Tom que ali estava era o real, o Tom autêntico, aquele que não se mostrava às câmaras mas que no seu interior sempre viveu e sempre sonhou sair e abrir-se a alguém. Esse alguém era com toda a certeza Carolina. Bateu três vezes na porta e esperou que Carolina a viesse abrir.

Carolina tinha saído do banho à dois minutos e mantinha enrolada ao corpo uma toalha branca acima dos joelhos. Estava um bocado absorta no que o reencontro com Tom podia despertar em si quando três pancadas secas na porta invadiram o silêncio do quarto.
- Já vou! – respondeu e pensando ser Raquel novamente nem se deu ao trabalho de vestir alguma coisa, abriu a porta tal e qual como estava. – TOM?! – ela berrou ao vê-lo encostado à ombreira com aquele maravilhoso sorriso que tanto amava nele.
- Uh, parece que vim em boa hora! – riu-se olhando o corpo da namorada de alto a baixo. Carolina riu-se e abraçou-se ao seu pescoço puxando-o para si e consequentemente para dentro do quarto. Tom olhou-a nos olhos e fechando os seus lentamente assistiu a Carolina fazer o mesmo. Aproximou os seus lábios dos dela e deixou que ao se encostarem o seu corpo fizesse o resto. Era tão bom voltarem a sentir-se. – Que saudades disto... – murmurou Tom ao quebrar o beijo acariciando uma das faces de Carolina.
- A quem o dizes… - Carol sussurrou também enquanto procurava mais uma vez os lábios de Tom com os seus. Tinha tanta sede daqueles lábios, tanta saudade a ser morta, tanta recordação a voltar a viver… Podia dizer que neste momento estava extremamente feliz.
- Então tudo bem? – perguntou não largando a cintura da namorada.
- Agora tudo óptimo! – sorriu e deitou o seu corpo sobre o de Tom depois de o fazer deitar sobre a sua cama. Beijou-o de forma ousada, queria tanto voltar a senti-lo.
Tom deixou-se levar sem dizer palavra, voltar a sentir Carolina assim era com certeza um sonho tornado realidade. Levou as mãos à toalha da rapariga e desapertou o nó lançando a toalha para longe dela. Percorreu todo o corpo da namorada com a ponta dos dedos sentindo a sua pele arrepiar ao toque. Era bom demais.
Carol puxou ambas as t-shirts de Tom para cima e desapertando as suas calças atirou-as para trás de si. Não podia ver o momento em que voltaria a sentir Tom navegar no seu interior. Sentou-se sobre a cintura do rapaz e beijou os seus lábios carnudos brincando com o seu piercing . Desceu até ao peito e abdominais de Tom e matou todas as saudades que tinha deles. Já Tom não se deixou ficar e voltou ao lugar de comando. Colocou-se sobre o corpo da namorada e percorreu em beijos calmos e compassados o seu pescoço, peito, barriga, piercing, coxas e voltou aos lábios.
Despiram-se completamente entre beijos, carícias e morte das saudades.
Tom gemeu assim que se sentiu no interior de Carolina, já ela suspirou o nome dele.
Seria um sonho?
Estaria a viver numa realidade que não era a sua?


(…)

O telemóvel de Tom tocava incansavelmente no bolso das suas calças perdidas no chão do quarto de Hotel em que tinha adormecido.
Carolina espreguiçou-se e sentiu a pele macia de Tom contra as suas costas e a sua mão apertar suavemente a sua cintura. Virou-se para ele e observou a sua face enquanto dormia. Pousou-lhe uma mão na bochecha e sentiu-o sorrir e abrir levemente os olhos encarando-a.
- Bom dia… - Carolina sussurrou beijando levemente os lábios de Tom.
- Não foi um sonho. – Tom sorriu com a voz ainda entaramelada de quem acabara de acordar, ao observar aqueles olhos azuis que tanto amava. Ao senti-la sobre si, abraçá-lo sem pudor, sentir o seu cheiro novamente pela manhã, sentir a sua mão sobre a fina cintura dela. Abraçou-a mais e puxou-a para cima de si, ficando Carol deitada sobre o seu corpo.
- Pois não… - murmurou beijando novamente os lábios do rapaz de tranças pretas. - … e ainda bem. – acrescentou deitando a cabeça no peito de Tom sentindo o seu ritmo cardíaco compassado à sua respiração.
O toque irritante do telemóvel de Tom volta a dar sinais de vida.
- Ai não me apetece levantar! – Tom refilou beijando a cabeça de Carolina.
- Não te levantes mas eu aconselhava-te a fazê-lo! – riu-se rebolando para o seu lado da cama. – Foi isso que me acordou.
- Ok, ok.
– levantou-se pesadamente da cama e vestiu os seus boxers. Procurou as calças e retirou o telemóvel de um dos largos bolsos.

**
- Sim, Bill? – atendeu vendo que quem o chateava era o irmão.
- Estás onde meu? Só faltas tu! Não sei se te lembras mas temos entrevistas para dar! – refilou Bill.
- Merda! – levou uma mão à cabeça. – Esqueci-me!
- Pois já vi que sim! Dou-te 10 minutos para estares na sala de pequenos-almoços!
– disse Bill.
- Ok, ok! Já vou!
- Despacha-te!
- ESPERAAAA!
– berrou.
- Que foi puto?
- Qual é o meu quarto?
– soava estranho mas o facto é que não sabia qual era. Pedira ao segurança que deixasse as malas no seu quarto, mas não perguntou a David qual era.
- 801. – riu Bill, sabia perfeitamente que o irmão deveria ter dormido com Carolina.
- Obrigada! – desligou.
**

- Tenho 10 minutos! – apanhou as calças do chão e voltou a colocar o telemóvel num dos bolsos.
- Para? – perguntou Carol sentada na cama com uma das suas t-shirts vestidas.
- Para estar lá em baixo, para entrevistas!
Carol riu-se.
- Toma banho aí que eu vou-te buscar roupa, qual é o quarto? – perguntou levantando-se, despindo a t-shirt de Tom e vestindo a sua roupa interior.
- Fazes-me esse favor? – sorriu.
- Claro que faço! O que é que eu não faço por ti!? – riu-se e aproximou-se de Tom para lhe depositar um beijo nos lábios.
- Que querida! – Tom abraçou-a pela cintura e voltou a beijar os seus lábios.
- Claro que sou! – riu-se e vestiu um top e uns calções, saindo até descalça do quarto, mas não sem antes: - Toma banho que eu já volto!

(…)

- Bill! – Carol chamou assim que chegou à porta de sua casa na Alemanha.
- Sim? – olhou-a.
- Trás a mala que ficou em cima da mesa, se faz favor! – sorriu-lhe.
- Ok. – Bill riu-se, lá estava a mesma esquecida de sempre.

- MANINHA?! – Carol berrou entrando em casa. Ana veio lançada escada a baixo e abraçou-se à rapariga de cabelos laranja.
- Ai que saudades… - sussurrou.
- Estou de volta, chega de teres a casa só para ti! – gozou.
- Ainda bem, não estou habituada a estar sozinha.
- Ui! Falavas comigo todos os dias, não estás farta de me ouvir?
– brincou.
- Achas? - sorriu largando a rapariga. Ao largar Carolina, e por estarem no corredor, Ana viu a porta de casa abrir-se novamente. – Bill. – sussurrou atirando-se aos braços do namorado que também à duas semanas não via.
- Finalmente nos teus braços. – murmurou Bill contra a pescoço da rapariga elevando-a no ar. Tom entrou em casa e passou pelo reencontro do irmão com Ana, seguindo Carolina até ao quarto.

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