
- O QUÊ?!?! – Carol berrou a todos os pulmões ao receber a notícia da irmã. – A sério? – perguntou.
- Sim, pelo menos deu positivo. – disse apontando o teste de gravidez pousado na cama.
- Parabéns maninha!! – abraçou-a. – Ai vou ser tia antes de ser mãe! – riu-se. O assunto da perda do bebé para si era mais um corte no braço, nada mais. É claro que tinha marcado, é claro que nunca se iria esquecer de tal coisa, mas não podia martirizar-se a vida toda por isso.
- Ai meu deus! E agora? – Ana sentou-se na cama de cara enterrada nas mãos e cotovelos nos joelhos.
- Agora vais ao médico ver se está tudo bem e de quantos meses estás! – sorriu Carolina ajoelhando-se aos seus pés pousando as mãos nas suas pernas.
- Como é que achas que o Bill vai reagir? – perguntou olhando a irmã mais nova.
- Sinceramente? – Ana acenou afirmativamente. – Acho que muito bem. Reparaste bem na reacção dele quando o Tom lhe disse que ia ser tio? – sorriu.
- Sim, ficou super feliz.
- Então se for ele o pai, acho que o mundo vai cair de tanta felicidade. Não tenhas medo. Ele vai aceitar bem e vai apoiar-te sempre. – levantou-se e trouxe Ana consigo. – Vá recompõe-te e vamos contar-lhes. – sorriu limpando uma ou outra lágrima que Ana deixara cair. Ana obedeceu e dirigiu-se à sala antecedida por Carolina que se sentou ao lado de Tom no sofá.
- Tu não te vais sentar? – perguntou Tom a Ana.
- Tenho uma coisa para vos contar… - olhou a irmã e Carol piscou-lhe o olho em apoio.
- O quê? – perguntou logo Bill interessado.
- Eu… - começou. - … estou… ai ai não consigo! – sentou-se no braço do sofá individual em que Bill estava sentado. Este puxou-a para o seu colo e afastando-lhe o cabelo negro dos olhos beijou-lhe a cabeça.
- Consegues sim. – sussurrou-lhe. – Que se passa? – perguntou em tom normal. Tom e Carolina olhavam-nos.
- Sabes que podes contar. – Carolina descansou-a. – E deves! – sorriu-lhe. Ana sorriu em volta e olhou fundo os olhos de Bill.
- Vais ser pai. – observou um sorriso formar-se nos lábios de Bill. Um lindo e grande sorriso.
- A sério? – perguntou abrindo mais o sorriso.
- Sim! – sorriu-lhe Ana.
- Que bom! – abraçou a rapariga e depositou-lhe um beijo nos lábios. – Aiii! Estou tão feliz!! – saltou do sofá com Ana nos braços. Carolina riu-se enquanto Tom ainda apático olhava o casal.
- Vamos ser tios? – perguntou a Carol.
- Hum-um! – respondeu ela acenando afirmativamente.
- Ai que giro! Parabéns mano! – levantou-se e abraçou os dois envolvidos. – Agora juízo puto!
- Não precisas de me dizer isso oh miss!
- Ah ah que graça! – riu ironicamente. – Diva! – acrescentou deitando-lhe a língua de fora.
- Hoje não me chateias com essa! – respondeu-lhe. Olhou a namorada entranhando as mãos no seu cabelo e beijando os seus doces lábios. – Eu amo-te tanto… - sussurrou de testa colada à dela.
- Eu também te amo muito Bill… - pronunciou-se no mesmo tom.
- Agora temos é que ir ao médico. – disse Bill.
- Sim, sim! E tragam-me a ecografia que eu quero ver o meu sobrinho! – era Carol.
- Ui! Vai ser tia babada! – Tom riu-se abraçando-a pela cintura.
- É! Tens é de lhe fazer um filho Tom! – disse Ana com um sorriso. Tom sorriu também, depois daquela experiência que acabou mal pensava montes de vezes em como o seu rebento teria sido. Se mais parecido consigo se com Carol, se era rapaz ou rapariga… Tinha ficado curioso, mas por agora tinha medo de voltar a passar pela experiência.
- Temos que ver isso… - disse. Carolina olhou-o e sentiu-o um bocado a leste, algo distraído. Sabia perfeitamente que Tom tinha receio que ela voltasse a engravidar, porque afinal a coisa podia voltar a dar para o torto. No entanto Tom não mostrava isso, não mostrava esse medo muitas vezes.
- Bem vamos ao médico então… - Bill e Ana saíram e Tom e Carolina ficaram sentados no sofá.
- Tom… - depois daquela notícia Tom tinha vindo completamente a baixo, já tinha passado a grande Tour, já conhecia Tom à quase dois anos mas por muitas novas recordações que ele tivesse aquela iria ficar sempre.
- Sim… - murmurou não despegando os olhos da televisão. Carolina ajeitou o seu corpo no sofá e fez com que Tom se deitasse sobre si com a cabeça no seu peito.
- Não penses nisso… - disse enquanto lhe fazia festas sobre a face e brincava com as suas tranças negras. - … não penses mais nesse assunto. Está a corroer-te por dentro e isso faz-me impressão…
- É difícil… eu que nunca desejei ter filhos, nunca tinha pensado algum dia vir a ter, depois de saber que estavas grávida houve qualquer coisa em mim que despertou. Algo no meu corpo, na minha mente e no meu coração despertou para outra realidade. – pousou o queixou no peito da rapariga e olhou-a fundo nos olhos. – Eu quero construir uma família contigo, quero ser pai contigo, quero partilhar todos esses momentos contigo, quero vê-los crescer e saber que vou lá estar sempre. Quero proteger algo meu dos males do mundo. – Carolina suspirou. Tom fascinava-a. Os seus dois lados e ultimamente o lado paternal deixavam-na fora de si. Tom era tudo! Tudo! Era meigo, atencioso, brincalhão, tinha uma personalidade parecida com a sua, completava-a!
- É por isso que te amo. – fechou os olhos ao sussurro e beijou Tom intensamente. - Promete-me que vamos ser felizes para sempre… - pediu.
- Prometo. – beijou-a. – Nós vamos ser felizes para sempre.
Tom aninhou-se no corpo de Carolina e deixou-se adormecer, acordando apenas quando Ana e Bill regressaram àquela casa.
- Então? De quanto tempo? – perguntou Carol.
- Dois meses e uma semana. – sorriu feliz. – E por enquanto está em boa formação! – sentou-se no sofá com Bill agarrado à sua cintura.
- Parabéns. – em toda a sua vida fora uma das palavras mais sinceras que lhe houvera saído dos lábios. Queria realmente que a irmã fosse feliz, que aproveitasse aquela gravidez e que gozasse do tempo livre que iria ter com Bill, visto este estar novamente em período de descanso.
- Vocês merecem. – Carolina sorriu e Ana levantou-se abraçando a rapariga. Tom despertou.
- Oh Ana sai de cima de mim! – refilou, Bill riu-se.
- Não tivesses adormecido aí! – Ana deitou-lhe a língua de fora e atirou-lhe uma almofada.
- Hey! – protestou sentando-se no sofá pestanejando, tentando acordar o máximo possível antes de retribuir a almofada.
- Hey digo eu! – refilou Bill ao ser ele o atingido pela dita almofada.
- Estou numa casa de loucos está visto! – Carolina levantou-se e dirigiu-se à cozinha com uma gargalhada nos lábios.
(…)
- Estás gigante! – Carolina estava surpreendida. Era quase impossível! Ainda ontem tinha estado com a irmã e hoje a barriga quase tinha duplicado.
- Ai obrigada sim? -.-‘ – Ana sentou-se com dificuldade no sofá da vivenda luxuosa em que a irmã vivia com Tom. Tinham casas separadas pois o recente casal de pais decidiu juntar os trapinhos. Viviam lado a lado e todos os dias, quando podiam, combinavam algo. Como sucedia a linha de pensamentos de Carolina ainda no dia anterior tinha estado com a irmã em sua casa, mas a sua barriga de 8 meses parecia cada vez maior.
- Oh foi de forma carinhosa! – sorriu dando-lhe um beijo na testa.
- Põe aqui a mão! – pediu rapidamente pousando a mão de Carolina na sua barriga, numa parte mais lateral.
- Está a dar pontapés! – sorriu de forma fraternal. – Que sensação! Faz-te confusão? – perguntou. Afinal durante a sua curta gravidez não teve tempo de sentir o seu rebento mexer-se.
- Não. – sorriu à irmã – Até é giro…
- Hum… - Carolina sentou-se no sofá ao lado da irmã e ligou a televisão outrora negra.
- Já falaste com o Tom em relação a isso? – perguntou. Ana sabia perfeitamente que Carolina queria ter filhos. Conhecia demasiado bem a irmã para não ver isso espelhado nos seus olhos. Desde que Carolina engravidara que Ana via esse desejo exasperado nascer nos olhos daquela rapariga tudo menos inocente. Queria e isso via-se a léguas… mas o medo que Tom tinha que lhe voltasse a acontecer alguma coisa estava a matá-la por dentro e evitar a todo o custo que isso acontecesse.
- Existe medo…
- Eu sei, mas ele não pode ter medo para sempre! – disse-lhe Ana. – Se queres arrisca, Carol! Nunca vais perder nada, apenas ganhas.
- Lembro-me de dizeres isso quando… - foi interrompida.
- … quando engravidaste e me perguntaste o que seria melhor! Mas uma coisa que tu não tinhas na altura e que agora tens, é cabeça! – Carolina olhou-a intrigada. – Na altura não tinhas juízo, e muito sinceramente acho que nunca vais ter, mas actualmente tens consciência de muita coisa! Do mundo real e dos perigos que ele acarreta! Carolina tu passaste por muito, aliás citando as tuas próprias palavras, naquele dia no hospital: “Ana eu já vi coisas que ninguém imagina, eu já estive em coma, eu mutilo-me, eu já tive a sensação do que é estar grávida, tive a sensação do que é perder um filho, estou deitada numa cama de hospital com 9 pontos devido a uma facada… achas que não chega?”. Lembras-te?
- Perfeitamente. – encostou bruscamente a cabeça para trás fechando os olhos depois de suspirar.
- Então faz o Tom perder o medo! Mostra-lhe que a situação não volta a acontecer! – e pela mesma pessoa não voltaria a acontecer certamente, afinal Joel estava preso por violação e tentativa de homicídio.
- Preciso de fa… - foi interrompida pela voz de Bill.
- Entras? – perguntava Bill a Tom.
- Não, vou ver da Carol! – respondeu.
- ESTOU AQUI! – berrou Carol levantando-se do sofá dirigindo-se ao namorado, mas não sem antes receber um sorriso de apoio por parte de Ana. – E preciso de falar consigo, Sr. Tom. – disse apontando-o.
- Uiii, vem cena! – sorriu-lhe aproximando-se dela. – Que se passa Srª Carolina? – perguntou beijando-a a seguir.
- Tenho um assunto pendente.
- Pendente?
- Sim. Vamos para casa. – despediram-se dos outros dois e seguiram até à casa que partilhavam.
- Sim, pelo menos deu positivo. – disse apontando o teste de gravidez pousado na cama.
- Parabéns maninha!! – abraçou-a. – Ai vou ser tia antes de ser mãe! – riu-se. O assunto da perda do bebé para si era mais um corte no braço, nada mais. É claro que tinha marcado, é claro que nunca se iria esquecer de tal coisa, mas não podia martirizar-se a vida toda por isso.
- Ai meu deus! E agora? – Ana sentou-se na cama de cara enterrada nas mãos e cotovelos nos joelhos.
- Agora vais ao médico ver se está tudo bem e de quantos meses estás! – sorriu Carolina ajoelhando-se aos seus pés pousando as mãos nas suas pernas.
- Como é que achas que o Bill vai reagir? – perguntou olhando a irmã mais nova.
- Sinceramente? – Ana acenou afirmativamente. – Acho que muito bem. Reparaste bem na reacção dele quando o Tom lhe disse que ia ser tio? – sorriu.
- Sim, ficou super feliz.
- Então se for ele o pai, acho que o mundo vai cair de tanta felicidade. Não tenhas medo. Ele vai aceitar bem e vai apoiar-te sempre. – levantou-se e trouxe Ana consigo. – Vá recompõe-te e vamos contar-lhes. – sorriu limpando uma ou outra lágrima que Ana deixara cair. Ana obedeceu e dirigiu-se à sala antecedida por Carolina que se sentou ao lado de Tom no sofá.
- Tu não te vais sentar? – perguntou Tom a Ana.
- Tenho uma coisa para vos contar… - olhou a irmã e Carol piscou-lhe o olho em apoio.
- O quê? – perguntou logo Bill interessado.
- Eu… - começou. - … estou… ai ai não consigo! – sentou-se no braço do sofá individual em que Bill estava sentado. Este puxou-a para o seu colo e afastando-lhe o cabelo negro dos olhos beijou-lhe a cabeça.
- Consegues sim. – sussurrou-lhe. – Que se passa? – perguntou em tom normal. Tom e Carolina olhavam-nos.
- Sabes que podes contar. – Carolina descansou-a. – E deves! – sorriu-lhe. Ana sorriu em volta e olhou fundo os olhos de Bill.
- Vais ser pai. – observou um sorriso formar-se nos lábios de Bill. Um lindo e grande sorriso.
- A sério? – perguntou abrindo mais o sorriso.
- Sim! – sorriu-lhe Ana.
- Que bom! – abraçou a rapariga e depositou-lhe um beijo nos lábios. – Aiii! Estou tão feliz!! – saltou do sofá com Ana nos braços. Carolina riu-se enquanto Tom ainda apático olhava o casal.
- Vamos ser tios? – perguntou a Carol.
- Hum-um! – respondeu ela acenando afirmativamente.
- Ai que giro! Parabéns mano! – levantou-se e abraçou os dois envolvidos. – Agora juízo puto!
- Não precisas de me dizer isso oh miss!
- Ah ah que graça! – riu ironicamente. – Diva! – acrescentou deitando-lhe a língua de fora.
- Hoje não me chateias com essa! – respondeu-lhe. Olhou a namorada entranhando as mãos no seu cabelo e beijando os seus doces lábios. – Eu amo-te tanto… - sussurrou de testa colada à dela.
- Eu também te amo muito Bill… - pronunciou-se no mesmo tom.
- Agora temos é que ir ao médico. – disse Bill.
- Sim, sim! E tragam-me a ecografia que eu quero ver o meu sobrinho! – era Carol.
- Ui! Vai ser tia babada! – Tom riu-se abraçando-a pela cintura.
- É! Tens é de lhe fazer um filho Tom! – disse Ana com um sorriso. Tom sorriu também, depois daquela experiência que acabou mal pensava montes de vezes em como o seu rebento teria sido. Se mais parecido consigo se com Carol, se era rapaz ou rapariga… Tinha ficado curioso, mas por agora tinha medo de voltar a passar pela experiência.
- Temos que ver isso… - disse. Carolina olhou-o e sentiu-o um bocado a leste, algo distraído. Sabia perfeitamente que Tom tinha receio que ela voltasse a engravidar, porque afinal a coisa podia voltar a dar para o torto. No entanto Tom não mostrava isso, não mostrava esse medo muitas vezes.
- Bem vamos ao médico então… - Bill e Ana saíram e Tom e Carolina ficaram sentados no sofá.
- Tom… - depois daquela notícia Tom tinha vindo completamente a baixo, já tinha passado a grande Tour, já conhecia Tom à quase dois anos mas por muitas novas recordações que ele tivesse aquela iria ficar sempre.
- Sim… - murmurou não despegando os olhos da televisão. Carolina ajeitou o seu corpo no sofá e fez com que Tom se deitasse sobre si com a cabeça no seu peito.
- Não penses nisso… - disse enquanto lhe fazia festas sobre a face e brincava com as suas tranças negras. - … não penses mais nesse assunto. Está a corroer-te por dentro e isso faz-me impressão…
- É difícil… eu que nunca desejei ter filhos, nunca tinha pensado algum dia vir a ter, depois de saber que estavas grávida houve qualquer coisa em mim que despertou. Algo no meu corpo, na minha mente e no meu coração despertou para outra realidade. – pousou o queixou no peito da rapariga e olhou-a fundo nos olhos. – Eu quero construir uma família contigo, quero ser pai contigo, quero partilhar todos esses momentos contigo, quero vê-los crescer e saber que vou lá estar sempre. Quero proteger algo meu dos males do mundo. – Carolina suspirou. Tom fascinava-a. Os seus dois lados e ultimamente o lado paternal deixavam-na fora de si. Tom era tudo! Tudo! Era meigo, atencioso, brincalhão, tinha uma personalidade parecida com a sua, completava-a!
- É por isso que te amo. – fechou os olhos ao sussurro e beijou Tom intensamente. - Promete-me que vamos ser felizes para sempre… - pediu.
- Prometo. – beijou-a. – Nós vamos ser felizes para sempre.
Tom aninhou-se no corpo de Carolina e deixou-se adormecer, acordando apenas quando Ana e Bill regressaram àquela casa.
- Então? De quanto tempo? – perguntou Carol.
- Dois meses e uma semana. – sorriu feliz. – E por enquanto está em boa formação! – sentou-se no sofá com Bill agarrado à sua cintura.
- Parabéns. – em toda a sua vida fora uma das palavras mais sinceras que lhe houvera saído dos lábios. Queria realmente que a irmã fosse feliz, que aproveitasse aquela gravidez e que gozasse do tempo livre que iria ter com Bill, visto este estar novamente em período de descanso.
- Vocês merecem. – Carolina sorriu e Ana levantou-se abraçando a rapariga. Tom despertou.
- Oh Ana sai de cima de mim! – refilou, Bill riu-se.
- Não tivesses adormecido aí! – Ana deitou-lhe a língua de fora e atirou-lhe uma almofada.
- Hey! – protestou sentando-se no sofá pestanejando, tentando acordar o máximo possível antes de retribuir a almofada.
- Hey digo eu! – refilou Bill ao ser ele o atingido pela dita almofada.
- Estou numa casa de loucos está visto! – Carolina levantou-se e dirigiu-se à cozinha com uma gargalhada nos lábios.
(…)
- Estás gigante! – Carolina estava surpreendida. Era quase impossível! Ainda ontem tinha estado com a irmã e hoje a barriga quase tinha duplicado.
- Ai obrigada sim? -.-‘ – Ana sentou-se com dificuldade no sofá da vivenda luxuosa em que a irmã vivia com Tom. Tinham casas separadas pois o recente casal de pais decidiu juntar os trapinhos. Viviam lado a lado e todos os dias, quando podiam, combinavam algo. Como sucedia a linha de pensamentos de Carolina ainda no dia anterior tinha estado com a irmã em sua casa, mas a sua barriga de 8 meses parecia cada vez maior.
- Oh foi de forma carinhosa! – sorriu dando-lhe um beijo na testa.
- Põe aqui a mão! – pediu rapidamente pousando a mão de Carolina na sua barriga, numa parte mais lateral.
- Está a dar pontapés! – sorriu de forma fraternal. – Que sensação! Faz-te confusão? – perguntou. Afinal durante a sua curta gravidez não teve tempo de sentir o seu rebento mexer-se.
- Não. – sorriu à irmã – Até é giro…
- Hum… - Carolina sentou-se no sofá ao lado da irmã e ligou a televisão outrora negra.
- Já falaste com o Tom em relação a isso? – perguntou. Ana sabia perfeitamente que Carolina queria ter filhos. Conhecia demasiado bem a irmã para não ver isso espelhado nos seus olhos. Desde que Carolina engravidara que Ana via esse desejo exasperado nascer nos olhos daquela rapariga tudo menos inocente. Queria e isso via-se a léguas… mas o medo que Tom tinha que lhe voltasse a acontecer alguma coisa estava a matá-la por dentro e evitar a todo o custo que isso acontecesse.
- Existe medo…
- Eu sei, mas ele não pode ter medo para sempre! – disse-lhe Ana. – Se queres arrisca, Carol! Nunca vais perder nada, apenas ganhas.
- Lembro-me de dizeres isso quando… - foi interrompida.
- … quando engravidaste e me perguntaste o que seria melhor! Mas uma coisa que tu não tinhas na altura e que agora tens, é cabeça! – Carolina olhou-a intrigada. – Na altura não tinhas juízo, e muito sinceramente acho que nunca vais ter, mas actualmente tens consciência de muita coisa! Do mundo real e dos perigos que ele acarreta! Carolina tu passaste por muito, aliás citando as tuas próprias palavras, naquele dia no hospital: “Ana eu já vi coisas que ninguém imagina, eu já estive em coma, eu mutilo-me, eu já tive a sensação do que é estar grávida, tive a sensação do que é perder um filho, estou deitada numa cama de hospital com 9 pontos devido a uma facada… achas que não chega?”. Lembras-te?
- Perfeitamente. – encostou bruscamente a cabeça para trás fechando os olhos depois de suspirar.
- Então faz o Tom perder o medo! Mostra-lhe que a situação não volta a acontecer! – e pela mesma pessoa não voltaria a acontecer certamente, afinal Joel estava preso por violação e tentativa de homicídio.
- Preciso de fa… - foi interrompida pela voz de Bill.
- Entras? – perguntava Bill a Tom.
- Não, vou ver da Carol! – respondeu.
- ESTOU AQUI! – berrou Carol levantando-se do sofá dirigindo-se ao namorado, mas não sem antes receber um sorriso de apoio por parte de Ana. – E preciso de falar consigo, Sr. Tom. – disse apontando-o.
- Uiii, vem cena! – sorriu-lhe aproximando-se dela. – Que se passa Srª Carolina? – perguntou beijando-a a seguir.
- Tenho um assunto pendente.
- Pendente?
- Sim. Vamos para casa. – despediram-se dos outros dois e seguiram até à casa que partilhavam.
Sem comentários:
Enviar um comentário