sexta-feira, 7 de maio de 2010

#6




- Wow. – Tom não podia ter esbugalhado mais os olhos ao ver Melanie entrar na zona da piscina onde ele e os rapazes já estavam. – Que corpo. – comentou com Georg que se mantinha deitado na sua espreguiçadeira e levantou o olhar para mirar aquilo de que Tom falava.
- Tenho que concordar contigo. – sorriu. Sim, Melanie tinha um corpo de sonho, por baixo de todas aquelas roupas agora mais largas que o normal numa rapariga como ela, estava escondido um monte de curvas. A barriga lisa, as ancas delineadas, os seios firmes e salientes, as pernas torneadas e a pele ligeiramente bronzeada.
- Olá rapazes! – pousou a toalha na espreguiçadeira ao lado da de Bill e retirou os óculos de sol para os poder realmente olhar. – Está um bom dia hoje!
- Estás feliz?
– Bill perguntou, tal como o irmão sabia que Melanie não era totalmente feliz, não estava muitas vezes feliz e que pronunciar-se como tal era realmente nulo, já para não falar na bronca que tivera acontecido naquela manhã: as bocas partilhadas por ela e Tom.
- Não posso negar, este sol enche-me o coração! – sorriu. Olhou Tom que mirava o seu corpo, segundo o que tinha lido e se lembrava quando estava com Joe ele era mulherengo e um autêntico playboy, talvez fosse essa a razão para a olhar tanto. – Pretendes despir-me mais ainda? – picou, não podia negar que também ela já tinha visto o corpo de Tom e aquela calma que a atingiu de todas as vezes lhe dava uma sensação de conforto e calor.
- Queres que eu o faça? – perguntou olhando-a agora nos olhos.
- Não foi isso que eu disse. – deitou-se na espreguiçadeira e Bill, que olhava agora para ela, descobriu uma frase na sua anca.
- Wow, não sabia que tinhas uma tatuagem!! – disse espantado.
- Tenho! – virou-se e mostrou-a melhor afastando um pouco o fio das cuecas do biquíni negro que envergava. – São apenas duas palavras! – sim a sua frase “Passado Esquecido” na anca, em itálico e letras trabalhadas, saltava um tanto à vista.
- Que diz? É português não é? – perguntou Gustav prestando atenção à conversa, tal como Tom e Georg também agora faziam.
- Um dia descobrirão. – sorriu. Deveria contar-lhes já? Após saberem provavelmente as perguntas iriam abundar e não lhe apetecia de facto explicar o que aquilo significava para si intimamente.
- Desmancha-prazeres! – refilou Tom. Ela olhou-o cinicamente.
- Por não te dizer aquilo que tenho escrito no meu corpo?! Essa é boa.
- Ora.
– virou costas indignado, e voltou a sentar-se na espreguiçadeira.

- Bem alguém vem ao banho? – perguntou Bill.
- Eu vou! – Melanie levantou-se e seguiu Bill. Ele sentou-se na beira da piscina com as pernas dentro de água e as mãos apoiadas atrás de si. Melanie mergulhou e depois colocou-se em frente a Bill apenas na conversa com ele, tinha gostado da personalidade daquele rapaz de estilo extravagante.

Tom estava no meio de Georg e Gustav e o seu olhar não era capaz de se descolar daquele corpo feminino que agora descobria. Parecia tão estranho vê-la assim, é um facto que já a tinha visto em cuecas e t-shirt, visto ela dormir assim e encontrá-la diversas vezes na cozinha do TourBus sem pregar olho, mas o seu tronco… o seu tronco tinha um encanto diferente de todos os corpos femininos que já houveram passado pelas suas grandes e fortes mãos. Havia qualquer coisa nela que o atraía a si, e não conseguia perceber o que era.
Viu-a sair da piscina torcendo o cabelo retirando a maior parte da água, viu a cena sem exageros, em câmara lenta. Viu o seu corpo subir as escadas metálicas que ligavam à piscina e o seu sorriso dirigido a Bill. Não se podia acreditar que a desejava cada vez mais. “Ela não vai contigo, Tom, por isso nem tentes!” podia pensar as vezes que quisesse, e fazia até mesmo com que o seu cérebro repetisse aquela frase vezes e vezes sem conta, mas o facto é que não conseguia evitar esse pensamento, não agora que vira o seu corpo em… trajes menores.
- Controla a cabeça de baixo e pensa com a de cima, - sussurrou-lhe Georg – ela vem aí! – avisou.
- Eu sei que vem! – refilou num murmúrio. É claro que sabia! Tinha visto toda a cena até ali.
- Melanie cuidado! – riu-se Gustav.
- Cuidado? – perguntou confusa olhando o rapaz loiro. – Porquê?
- Este sujeito come-te com os olhos!
– riu apontando Tom.
- Hum. – emitiu um som com a garganta e voltou a sentar-se apanhando sol no corpo agora molhado. – Não vejo porquê, tem sítios mais giros por onde olhar. – disse de olhos fechados contra o sol.
- Não aqui com certeza. – disse Tom por entre dentes.
- Ai não? – perguntou ela.
- Não. – confirmou ele. – Vou para dentro este sol faz-me mal, constipa-me! – levantou-se e pegou na sua toalha. Colocou os óculos de sol e ao passar por ela olhou-a por cima deles. Não podia crer que a miúda o desafiava.
- Constipa? Coitadinho. – abriu os olhos e reparou que quem lhe tapava o sol era de facto Tom.
- Não tenhas pena, miúda. – sorriu.
- Eu não. Penas têm as galinhas! – voltou a fechar os olhos com um sorriso vitorioso na cara ao voltar a ter o sol sobre si. Já Tom deixou a piscina e entrou no Hotel directo ao seu quarto. “A miúda vai tê-las!” Estava visivelmente aborrecido, ninguém mas nunca ninguém que o conhecesse minimamente o desafiava daquela maneira. Ok, ele já tinha percebido que a miúda tinha qualquer coisa, mas o que lhe fazia confusão é que não conseguia, por mais coisas que ela lhe dissesse mal, por mais gozo que ela fazia de si, não conseguia deixar de desejá-la. Nunca se atraiu por mulheres que trouxessem bagagem, por assim dizer, todas as que tinham uma história estranha por trás das suas vidas, não lhe agradavam, mas Melanie era diferente, era realmente especial aos seus olhos e ao que parecia ao seu corpo. Afinal, não podia deixar de passar em branco que ao ver o seu corpo algo em si se levantou.

- Que é que lhe deu? – perguntou Bill ao sentar-se na sua espreguiçadeira de gelado em punho.
- Foste buscar guloseimas e perdeste o espectáculo! – gozou Georg.
- Espectáculo? – perguntou confuso.
- Sim entre a Melanie e o Tom.
- Oh sim, isso já é hábito.
- Hábito?
– perguntou Gustav tirando os óculos de sol olhando o rapaz de cabelos negros.
- Sim, - deu mais uma trinca no chocolate do gelado – passam a vida a picarem-se no Bus eu acho que qualquer dia… - foi interrompido.
- Ora não falem de mim como se eu não estivesse aqui, ok? – Melanie meteu-se na conversa sentando-se na espreguiçadeira.
- Desculpe madame! – sim todos eles estavam completamente à vontade de brincar com ela. Melanie já lhes tinha dado essa confiança e sinceramente tinha sido muito bem dada. Todos eles eram fantásticos e óptimas pessoas! Uma coisa que Melanie houvera pensado era que a personalidade deles se alterasse pelo facto de serem grandes estrelas rock, mas não, a única pessoa que talvez a deixasse na dúvida era com todas as certezas Tom Kaulitz, mas esse, esse Melanie sabia que tinha todo o tempo do mundo para descobrir quem realmente ele era, ou não partilhasse o mesmo autocarro que ele, nem desse de caras com ele cada vez que não conseguia dormir.

- Olhem lá alguém quer jogar às cartas? – perguntou Gustav vendo um fulano dirigir-se a uma rapariga com um monte de cartas nas mãos.
- Olha boa ideia!! – disse Melanie.
- Sim! Eu também quero! – Bill saltou da espreguiçadeira e deixou que o gelado voasse até ao chão. – Merda! – franziu o sobrolho olhando o pedaço, agora mais pequeno, que ficara no chão a derreter.
- Só fazes asneiras! – comentou Melanie enquanto ria com vontade. Lá estava a sua verdadeira gargalhada.
- Vá eu vou buscar as cartas então! – Georg levantou-se e dirigiu-se ao interior do Hotel, chegando 5 minutos mais tarde com um baralho de cartas e Tom que o seguia. – Temos mais um jogador! – avisou.
- Boa assim somos mais! Sabem jogar ao olho? – perguntou Melanie. Todos a olharam intrigados. – Ok, já vi que não. – riu-se – Sentem-se que eu explico. - Sentaram-se da melhor maneira que arranjaram para poderem fazer de mesa na espreguiçadeira de Melanie, logo alguém teria que se sentar ao lado dela para o espaço servir.
- Tom senta-te tu aí! – Tom olhou o irmão que atarefadamente puxava a sua espreguiçadeira para junto da de Mel. “Porquê eu?” refilou consigo mesmo, mas sim sentou-se ao lado dela que não parecia nada incomodada com a situação, talvez ele também não precisasse de o fazer. Decidiu levar o jogo na descontra e o sítio onde estava sentado não importava.
- Que jogo estranho. – Georg argumentou ao ouvir a explicação de Melanie.
- Não é nada é giro! Vamos jogar e já me dizes! – disse – Ou então jogamos à bisca! – acrescentou.
- Ah por mim qualquer coisa, desde que dê para passar o tempo! – era Bill.
- Eu jogo melhor à bisca. – disse Gustav.
- Tu e eu! – era Tom – E ganho-te sempre! – riu-se deitando-lhe a língua de fora no segundo seguinte.
- Parvo. – fez-lhe um gesto obsceno com o dedo ao que Melanie riu. Tom olhou-a, aquela gargalhada que lhe tinha chamado a atenção quando a conheceu estava ali, e continuava igual.
- Vá, vá calem-se e vamos jogar! – disse Georg. - Melanie dá as cartas! – pediu e a rapariga assim o fez. Uma coisa é certa em quatro jogadas Melanie bateu-os a todos, já Bill ficou em último.
- Não gosto deste jogo! – disse o rapaz que perdera.
- Isso é porque perdeste como é óbvio! – disse Mel.
- É sim, - ironizou – vamos jogar outra vez! Mas desta dou eu as cartas!
- Força.
– Tom passou-lhe as cartas já meio baralhas para as mãos.

- Não prestas mesmo! – riu Tom, afinal o irmão ficara novamente em último.
- Não senhor! Ela é que tem o jogo viciado! – apontou Melanie que se riu, e sim ela ganhara novamente.
- Eu?! Que lata, tu é que não sabes jogar! – disse deitando-lhe a língua de fora.
- Vamos jogar a outra coisa! – disse Bill em sua própria defesa.
- Quê ao peixinho? – gozou Tom.
- Não, óh miss, à bisca!
- Eu ganho mini-diva e tu sabes disso!
- Miss e mini-diva?
– Melanie riu-se – Brutal, han? – olhou Bill e seguidamente Tom.
- Lindo. – suspirou o rapaz de tranças, se bem que aquele suspiro não seria bem para o que ela proferira mas para o seu corpo semi-nu que continuava sentado ao seu lado e continuava sem querer, a provocá-lo. “Controla-te meu!” deu uma chapada mental a si mesmo e voltou à realidade.
- Ya, ya. Gus dá as cartas! – disse Bill.

Entretiveram-se a jogar às cartas uma hora, até começarem a ver o sol-pôr e decidiram entrar no Hotel, tomar um duche e de seguida ir jantar.
- Mel! – era David.
- Sim? – virou-se deixando que Bill e Tom com quem vinha se dirigissem aos respectivos quartos, que tal como dos G’s eram colados com o seu.
- Vens jantar connosco?
- Sim, porquê? –
perguntou.
- Era só uma pergunta nada mais! – riu-se – Como às vezes não vens…
- Ah mas hoje estou bem disposta! Estou a ver que tenho que ir mais vezes à piscina!
- Fixe, até já então!
– e virou costas à sobrinha. “Se ela soubesse o que eu descobri…” suspirou para si mesmo.

1 comentário:

  1. " Controla a cabeça de baixo e pensa com a de cima " OMFG xDDDD o que eu me ri pááá xDDD muito bem mandada xD

    ahhh :o o que é que ele descobriu? Quero saber páááá :O mete mais anda u.u'
    Tens uma forma de escrita mesmo característica (;

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