sábado, 19 de março de 2011

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Descuuuuuulpem ._. Era para ter postado ontem porque quinta fiquei sem net, mas ontem tive o relatório de AP para acabar e depois de andar o dia todo na Futurália estava totalmente podre e não consegui vir a este pc. Peço desculpa. Mas aqui está o 5º que eu gosto especialmente x) Próximo (se nada acontecer em contrário --") estará cá 4ª.


- Olá, Tom. – sorriu-lhe. – Está um belo dia, não está?

- Sim, já nem me lembro do último dia que tive a oportunidade de me deitar ao sol.

- É. - Silvie fechou os olhos e deixou-se aquecer. Tom imitou-a e pousou o corpo à tona de água, boiando.

- Posso fazer-te outra pergunta? – Tom perguntou.

- Estás a ficar curioso, não? – riu-se.

- Eu sei, mas estive a falar com o meu irmão…

- O Bill está contigo? – perguntou.

- Sim, eu não vinha para um sítio destes sem ele, né? – riu-se. – Porque é que desististe da moda? - pousou os pés na areia e olhou-a. Não sabia porquê mas queria uma resposta sincera. – O Bill acha que tiveste um motivo de força maior…

- O copo estava a encher há muito tempo e naquele dia transbordou. Foi de cabeça quente mas acho que foi a melhor solução na altura. – disse meio pensativa.

- Aquele Marcele – fez o famoso gesto do pulso partido, fazendo-a rir – não é lá muito boa pessoa, pois não?

- Ele não é má pessoa, - pousou os pés sobre a areia também e saiu da água, sendo seguida por Tom. – mas é muito… como é que hei-de dizer isto…

- Possessivo, mandão, chefe a todo o custo? – interrompeu Tom enumerando.

- Sim, talvez seja isso e talvez seja muito mais. – suspirou – A minha personalidade nunca encaixou na dele mas ele fazia um bom trabalho e aos 14 anos eu não tinha voto na matéria, mal sabia o que era capaz de fazer com o corpo perante uma câmara mas o desejo de aprender tornou-se mais forte. A minha mãe levou-me até ele e ele formou-me até eu dizer que queria mandar em mim, que queria decidir tudo e ser autónoma. – disse. – A partir daí nunca gostou daquilo que eu fazia, mas não se podia opor porque o sucesso crescia exponencialmente. Comecei a ser convidada para todo o tipo de trabalhos possíveis e imaginários e comecei a ver um sonho ganhar cor, sabor, textura, a deixar de ser apenas um sonho para eu conseguir vivê-lo na realidade. – Tom colou-se ao seu discurso, ela tinha jeito com as palavras e sabia expressar o que na verdade sentia em relação a tudo o que passara. – Mas deixemos de falar sobre mim. – sorriu, não querendo tocar no assunto, cada vez que o fazia sabia que nunca acabava bem. – Não sou assim tão agradável… - Tom riu-se.

- Acredita que és.

- Mas conta-me coisas sobre ti… - pediu.

- O que é que queres saber? A minha vida é um livro aberto, até chateia o facto de não ter vida pessoal. – bufou.

- Porquê a música e não a moda? Porquê a música e não a escola?

Ele sorriu. – Não sei. A música apareceu de repente mas assim que dei de caras com ela sabia que me descrevia sem realmente dizer nada. Soube no preciso momento que tive uma guitarra pela primeira vez entre os braços que queria fazer dela vida e parte de mim… - explicou mirando o horizonte.

- Percebo-te… a música é algo demasiado poderoso e até possessivo. É difícil dar de caras com ela e depois deixá-la. – sorriu-lhe contando, implicitamente, a sua própria história. Tom olhou-a.

- Não me digas que também és música!?

- Não propriamente, arranho umas coisas na guitarra e vou compondo meros textos. – explicou abraçando os joelhos ao peito.

- Já alguma vez te disseram que és demasiado interessante? – perguntou deitando-se sobre a areia.

- Vais ficar croquete! – ela avisou rindo, não ligando sequer ao comentário dele. Sim já lhe tinham dito isso, mas à conta dessas palavras já lhe tinham partido o coração do seu sonho.

- Não faz mal. – riu-se. – Não sou o único! – numa fracção de segundos levou a mão à barriga dela, que sentia agora ser totalmente definida, e fez com que Silvie também se deitasse sobre a areia. – Vês?

- Estúpido! – levantou-se com a gargalhada nos lábios e dirigiu-se ao mar, em corrida. Tom olhou-a, não sabia como conseguia estar à conversa com um mulherão daqueles sem fazer absolutamente nada. Devia estar a ficar doido, certamente.

Levantou-se e olhou-a sair do mar a pingar. A maneira como a água escorria pelo seu corpo, a maneira como o seu peito estremecia quando colocava um pé à frente do outro, a maneira como sensualmente escorria os longos cabelos laranja, a maneira como as suas tatuagens (reparava no momento em mais tatuagens: pulso, ombro, bacia…) tinham-no, agora sim, deixado em brasa.
Ela sacudiu o cabelo para baixo e Tom conseguiu ver uma sombra nas suas costas.

- É outra tatuagem? – perguntou.

- Sim. – confirmou.

- Posso ver?

- Claro. – virou-se de costas para ele, segurando o cabelo. Tom observou a frase “keep smilling”.

- Tem significado? – perguntou.

- Não faço nada na vida que não tenha um significado. – disse. – Olha o teu irmão! – disse espreitando por cima do ombro de Tom ao conseguir identificar a fisiologia que se aproximava. Tom virou-se.

- Bill! – chamou-o abanando os braços no ar.

- Claro, agora que já te vi é que te abanicas todo também! – refilou para consigo mesmo, fazendo um esforço para correr até eles. – Olá, Silvie!

- Olá, Bill! – abraçou-se a ele. Não tinha grandes confianças com ele, mas conhecia-o mais que Tom. – Está tudo bem?

- Vocês são assim tão amigos? – Tom estranhou.

- Não, mas falámos durante uns tempos depois de Milão e descobrimos coisas em comum… - explicou Bill.

- Ah, tá certo tá certo. – Tom acenou afirmativamente fazendo figura de parvo.

- Parabéns pelas colecções, Bill. – Silvie sorriu-lhe. - Já vi que conseguiste o que querias.

- Obrigado, já as viste? Não saíram assim há tanto tempo… - disse, apesar de orgulhoso em receber um elogio por parte de alguém que percebesse realmente do assunto.

- Sim, já vi. Eu adorei! – exclamou.

- Ok, eu vou comer qualquer coisa… - Tom falou apontando para a outra ponta da praia.

- Comemos aqui, Tom. – ela chamou a sua atenção. – Vamos entrar. – sorriu-lhe, delineando o seu corpo. Havia qualquer coisa nele que a fazia desejá-lo.
Tom dirigiu-se ao mar planeando tirar toda a areia croquete do seu corpo antes de seguir Bill e Silvie.

[…]

- Mas conta-me lá, rapariga tens planos de vida? – perguntou Bill, sentado na mesa da sala bebendo um copo de sumo de laranja natural.

- Sim. – respondeu num tom mais baixo. – Mas não sei bem como os desenvolver. Acho que preciso de ajuda. – suspirou. – E não sei como chegar até ela. – olhou-o.

- Nós não podemos ajudar? – Tom meteu-se, dando a ideia como se fosse a coisa mais simples de todo o Universo, trincando um bombom.

- Sim, explica-nos. – Bill sorriu-lhe.

- Se for para tirar fotos eu disponibilizo-me! – Tom riu-se pondo a mão no ar.

- Sim, até pode ser. – Bill olhou-o concordando. – Para ser bonito é um tretas, não tem jeito nenhum, - disse para Silvie em modo confidenciado – mas para tirar fotografias até tem alguma técnica. – riu-se. Ela sorriu olhando os dois alternadamente. Se calhar não era mal pensado usar a ajuda deles, mas… - Conta lá, então! – pediu curioso.

- Deixa-me amadurecer as coisas. – pediu ela.

- Vais-me dizer que já não pensavas nisso assim que decidiste desistir…? – insinuou Tom. Ela respirou fundo.

- Preciso de tempo. Só isso. Tenho tudo planeado e sim quero a vossa ajuda. – admitiu. – Mas não agora, não é o tempo certo, não passou o tempo certo e eu não estou preparada. – levantou-se da mesa, frustrada. Não queria que tudo saísse à pressão, não queria ser ela mesma pressionada a desbobinar um plano de emergência, se assim lhe podia chamar. Iria emergir das achas passadas do seu antigo mundo, a moda, sim. Mas não agora.

Saiu a correr daquela casa antes que as lágrimas e os flashback’s lhe afluíssem o cérebro. Não queria voltar
a passar por toda a depressão novamente. Não queria.

- Onde é que vais? – Bill levantou-se da cadeira, num salto, e correu atrás dela. – Silvie! – chamou-a. – Fica aqui, Tom! – Bill estava mais preocupado do que aquilo que algum dia se imaginara por alguém que não conhecia há tempo praticamente nenhum. Um boa conversa há uns 5 anos atrás não lhe dizia nada no presente. Não percebia.

- E por que é que tenho que ser eu a ficar aqui sentado e tu ires a correr atrás dela!? – refilou olhando a figura do irmão desatar em corrida pela praia. Levantou-se da mesa e sentou-se nas escadas que davam acesso à praia. – Por que é que não fui eu a correr atrás dela? – perguntou-se novamente. – Até fui eu que a encontrei aqui primeiro, tenho direitos. – refilou em murmúrios.

- Silvie! – Bill voltou a chamar correndo atrás dela, mas Silvie parecia não querer parar por nada. – Desculpa! – gritou-lhe parando na areia, à beira-mar. Silvie parou também e olhou para trás limpando as lágrimas que lhe brotavam dos olhos. Era demasiado doloroso recordar algo tão traumático na sua vida, algo que tivera deixado marcas físicas. Marcas que nem o tempo iria apagar.

Virou o corpo para Bill e esperou que ele se dirigisse a si, a passo lento e demorado ao mesmo tempo que ela acenava negativamente com a cabeça.

- Desculpa eu. – proferiu limpando o resto das lágrimas. – Não devia ter falado assim, mas…

- Calma. – Bill abraçou-a pela cintura pondo-lhe uma madeixa de cabelo atrás da orelha. – Queres conversar? – perguntou.

- Não sei. – ela largou-se dele, arrepiando-se com o toque que a mão de Bill provocava no fim das suas costas e sentou-se na areia, junto a uma das palmeiras existentes. Bill seguiu-a. – É difícil, a única coisa que eu preciso agora é de descontrair. – suspirou.

- Se eu puder ajudar… - ofereceu-se não sabendo bem para quê. Silvie olhou-o. Sim ele podia ajudar, podia talvez apagar por momentos as recordações que se formavam na sua mente. Ele podia, mas talvez não quisesse.

Chegou o corpo para mais perto do de Bill e virou os lábios dele para os seus. Não negava que sentia desejo pelo corpo dele, talvez não tanto quanto tinha sentido pelo seu gémeo, mas para aquilo que queria esquecer qualquer ser humano serviria para a satisfazer. Sentiu a respiração de Bill adensar assim que os seus lábios tocaram os dele e sem se fazer de negada passou lentamente para o colo dele, sentindo-o crescer à medida que o seu corpo se contorcia sobre o dele e se excitava.

Bill não soube o que fazer quando um corpo daquele calibre se sentara sobre o seu da maneira mais sensual que alguma vez alguém tinha feito. Continuava confuso em relação àquilo a que o seu corpo respondia, se a homens, se a mulheres ou até aos dois e sinceramente pensando, começava a achar que a sua sexualidade se dividia em duas. Respirou fundo e levou as mãos às costas de Silvie acariciando-as, precisava de confirmar a sua teoria, até porque aquilo que existia entre as suas pernas não se tinha negado ao avanço da rapariga.
Desapertou-lhe os atilhos da parte superior do biquíni e presenciou a visão da sua vida, sem dúvida. Beijou-lhe o pescoço e desceu os lábios pelo seu peito à medida que sentia a respiração de Silvie adensar e os seus gemidos femininos formarem-se aos seus ouvidos.

Silvie levou as mãos aos calções de banho (hoje ditos normais) de Bill e removeu-os num acto de perícia e experiência sorrindo ao membro que surgia à sua frente. Deixou que Bill removesse as suas cuecas e roçando o seu corpo no dele da forma mais sensual e arrepiante que conseguia beijou-o.

- Protecção? – Bill perguntou, completamente rendido àquilo que ela o fazia sentir pelo simples facto de se mexer sobre ele.

- Não tenho… - sussurrou lambendo o seu peito, deitando-o totalmente sobre a areia. Talvez fosse arriscado ter sexo naquele local, qualquer um tinha acesso àquela zona, mas ou era ali e naquele momento ou nunca mais seria.

- … e então? – ganhou força nos músculos e rodou-a para a sua direita, deitando o corpo sobre o dela. Lambeu o seu peito e percorreu o seu corpo até dar de caras com as tatuagens. As famosas tatuagens. Beijou cada uma delas, explorando também o pequeno coração acinzentado com ornamentos irregulares e que continha uma fechadura ao centro que se situava na sua bacia, e levou uma das mãos ao interior das suas pernas, abrindo-as ao máximo e aproveitando para a provocar da maneira que os seus dedos sabiam.

Silvie apoiou-se nos cotovelos controlando a respiração o suficiente para ganhar fôlego e sussurrar mais uma vez ao ouvido de Bill, que se sentia mais excitado que nunca. – Avisas-me antes de te vires, é simples. – Bill olhou-a, se era esse o preço a pagar para uns bons minutos de sexo com uma das mulheres já eleita a mais sexy do mundo, porque não? Já para não falar que tinha a sua teoria bissexual para provar a si mesmo!

Encaixou-se da melhor maneira entre as pernas de Silvie e deixou-se entrar nela. Assim que o fez sentiu-a gemer num tom baixo, de respiração dura, e sentiu o seu próprio corpo ganhar uma força animal. Penetrou-a o máximo tempo que conseguiu evitando controlar-se, queria que o momento durasse e que não fosse apenas o sexo de que ele sempre tivera alguma repulsa, mas não queria prolongá-lo demais e deixar-se vir antes do seu planeado. Primeiro ela. Ouviu um grito mais agudo vindo da boca de Silvie e apercebeu-se que ela tinha atingido o seu clímax.

- Agora… - conseguiu gemer quando se aproximou do seu limite, sentindo imediatamente o corpo de Silvie largar-se do seu violentamente. Ela sorriu-lhe e agarrou o seu membro estimulando-o manualmente. Queria que ele se viesse, só não dentro dela.

Bill gemeu, demasiado agudo para aquilo a que se lembrava, sentindo-se aliviado e satisfeito no momento. Abriu os olhos e sorriu à visão que tinha à sua frente. O peito perfeito em que se perdera à minutos atrás estava agora coberto de uma produção dos seus testículos. “Ok.” Bill pensou. “Menos, muito menos rapaz.”

- Foi bom? Deu para esquecer? – acima de tudo não se podia fazer de parvo, notou-se perfeitamente que o objectivo dela não era sexo consigo, era sexo para esquecer.

Ela olhou-o, vestindo-se. Tinha-se notado assim tanto? – Desculpa não te queria usar mas… estavas tão perto…

- Não tem problema, também acabei por te usar sem te aperceberes. – respondeu timidamente.

- Ai sim? – sorriu-lhe dirigindo-se à água. Bill acenou afirmativamente vendo-a deslocar-se á sua frente.

1 comentário:

  1. WOOOW isto foi no mínimo surpreendente :o e eu a achar q o Billoqas era totalmente gay XD OMG!!! ahhh e o Tomi?? :o oh senhor, ele vai-se passar quando souber disto... O.O' e quando souber q o mano tem inclinações gays!!! (sim pq eu sei q o bill é gay e não me tentes enganar carla u.u i mean, gay NESTA história XDDD só e apenas aqui, né? :P)

    weell, está tudo ^^ estou ansiosa para a continuação :)

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