segunda-feira, 18 de abril de 2011

[ 10 ]

Cá está ele, tradicionalmente conhecido como capítulo palha. Próximo, algures não muito distante de hoje.


Lá estava ela, mais uma vez frente a frente com o tronco nu de Tom. Seria possível ter-lhe mesmo resistido naquela passada tarde? Não sabia como o fizera, mas a verdade é que a vontade de o possuir era infinita. Tom tinha um toque diferente que qualquer outro rapaz que se atravessara na sua vida não tivera, tinha qualquer coisa que o diferenciava numa multidão. Sim, recordava-se de ter distinguido o seu sorriso entusiasmado no meio dos convidados existentes nos bastidores do desfile em Milão, era impossível não se recordar e era impossível não o ter distinguido. Na altura não sabia quem ele era mas era, de facto, qualquer coisa do outro mundo. Um mundo puramente sexual. Mais uma vez não negava a si mesma que o queria provar com tudo a que tinha direito.

- Silvie! – Bill chamava-a mas ela estava completamente a leste, mirando a figura de Tom que se mantinha deitada ao seu lado na praia. – Hey!
- Hum? – ela olhou-o quando o viu aproximar-se de si.
- Estás cá ou estás neste sujeito? – riu-se apontando Tom que parecia ter adormecido.
- Desculpa, estava distraída… - riu-se, apercebendo-se que se calhar estava a dar um bocado de cana.
- Estás interessada nele? – Bill perguntou aproveitando-se do facto de Tom não os ouvir, pois naquele momento virava-se de lado num típico “estou mesmo a dormir” que Bill conhecia bem.

Silvie sentiu um salto assaltar-lhe o peito. Estava? Sim, claro que estava, era notória a maneira como o seu corpo respondia ao dele, mas… - Ehh, mais ou menos. – respondeu encolhendo os ombros.
- Ele contou-te da nossa discussão…?
- Mais ou menos, mas sim. – ela respondeu, inquieta.
- Estás confortável com isso? – perguntou.
- Nem por isso, é sempre difícil ser alvo de disputa!
- Já não o és. – disse calmamente com um sorriso. – Aquilo que se passou entre nós os dois foi algo momentâneo, nada mais.
- Sim. – encolheu os ombros. – E desculpa. – quase riu ao relembrar que se atirara mesmo a Bill. – Não me controlei.
- Não faz mal, é sinal que ainda sou alguma coisa de jeito para ser alvo de desejo! – riu-se com ela.
- Não sejas assim! Tens milhares de gajas e até gajos atrás de ti! Matavam só para te puderem tocar com a ponta de uma unha! – riu.
- E isso assusta! – falou – Mas tu também o deves saber…
- Tenho folga disso há já uns anos. – sorriu mirando o horizonte.

- Vais mesmo voltar à ribalta com os teus desenhos?
- Acho que sim. – suspirou. – E quero voltar a ser modelo, mas não sei como… - desabafou.
- Não sabes? Tenho quase a certeza que basta bem estalares os dedos e estás lá outra vez. – sorriu – Aposto!
- Eu não me fiava nessa. – disse, sabia que Marcele iria fazer de tudo para que ela não vingasse. – O mundo da moda não é fácil!
- Sim, mas tu tens aquela qualquer coisa que dá vida a um vestido, a um palco, a uma revista… tens talento, rapariga e sei lá eu que mais!
- Gostavas assim tanto do meu trabalho? – com aqueles elogios todos era de desconfiar.
- Adorava. Quando te conheci fiquei encantado e depois perdemos o contacto e tu saíste da moda e foi uma confusão.
- Obrigada, então. – sorriu-lhe. – Esse caramelo vai demorar muito a acordar? – referia-se a Tom.
- Tens uma química qualquer com ele, não tens? – perguntou fazendo-lhe olhinhos. – Se tu não tens ele está lixado, não fala de outra coisa! Quer-te à força toda.
- É, eu sei disso. Pode ser que ele tenha sorte. – deitou o corpo para trás e deixou de dar importância a fosse o que fosse que Bill dizia ou fazia, os seus pensamentos tinham parado por instantes perdendo-se.

Bill sorriu perante a figura dela, parecia tão frágil mas ao mesmo tempo tão forte, parecia sensível mas ao que Bill via não o era. O seu estilo próprio, aquela cor de cabelo viva, aqueles traços de mulher modelo… tudo nela lhe fazia despertar qualquer coisa, mas ele não sabia o quê e como tal o melhor era manter-se afastado e procurar resolver as suas inquietações com Joe. Precisava de falar com ele.

[…]

Tom acordou do nada. Olhou à sua volta e a única coisa que vira fora areia e água, não havia sinais nem de Bill nem de Silvie. “E já desapareceram os dois outra vez!” refilou para consigo mesmo. Levantou-se e apanhou a toalha, não ia certamente ficar ali deitado à espera que alguém caísse do céu e lhe desse alguma coisa para fazer. Pôs a toalha aos ombros e correu simplesmente pela praia até casa.

- Tom! – ouviu a voz de Silvie chamar por si.
- Estás aqui? – ele perguntou pousando a toalha.
- Não, - ela riu-se – é um holograma. – gozou. – Eu não estou aqui, estás-me só a imaginar. – acrescentou com aquilo a que vulgarmente se chama voz de fantasma.
- Goza comigo que eu gosto. – sentou-se no sofá ao lado do irmão que ria perdido da situação. – Então, fizeram alguma coisa interessante na minha ausência? – perguntou fechando os olhos e encostando a cabeça para trás, o sono mantinha-se.
- Sexo. – Silvie riu-se e Bill engasgou-se com a própria saliva. Tom encolheu os ombros e levantou a cabeça.
- Se o tivessem feito não mo dizias. – olhou-a. – Primeira regra, nunca dizer que se tem sexo ou vai soar a fake. – respondeu.
- Isso quer dizer que tu és um fake autêntico! – Bill ressalvou. – Passas a vida a falar de sexo nas entrevistas e proclamar-te de Sex-Gott e a dizeres-te o melhor em sexo…
- Eu por ser Deus tenho direitos. – limitou-se a responder, levantando-se dirigindo-se ao frigorífico.
- Tu existes? – Silvie perguntou-se com um sorriso nos lábios, ele tinha com cada uma.
- Queres apalpar para comprovar? – Tom pôs as mãos sobre os seus peitorais a descoberto e rodou o piercing na direcção dela. Teria que a provocar a todo o custo para a ter?
- É preciso eu sair? – Bill riu-se, não conseguia deixar de achar hilariante ver o irmão em versão ataque. Era lindo! – Estou um bocado a mais, não?
- Podemos fazer uma coisa a três, já que vocês os dois já estão familiarizados um com o outro… - abriu a porta do frigorífico e tirou uma garrafa de coca-cola.
- Ou então estamos os três quietos. – Silvie sugeriu cruzando as pernas à chinês sobre a cadeira.
- Então não te abras, se faz favor. – Tom voltou a sentar-se no sofá bebendo a cola.
- Tens algum problema com isso? – ela perguntou. – Faz-te confusão eu manter-me aberta, em biquíni? – também tinha direitos de provocação e claro que os sabia usar, apesar de raramente o fazer, na verdade não precisava mas o envolvido era Tom Kaulitz e valia a pena.
- Não me faz confusão absolutamente nenhuma e talvez esse seja verdadeiramente o problema. – a calma era o ponto chave na conversa.
- Estou definitivamente a mais. – Bill não conseguia parar de rir, ainda que tentando não fazer barulho, mas eles também não lhe estavam a ligar nenhuma. – Vou ligar a um amigo, já venho. – apanhou o telemóvel. – Divirtam-se! – saiu de casa e fechou a porta atrás de si.

- Lá se vai a coisa a três. – Tom bufou como se isso lhe fosse realmente importante. – Que chatice já viste?
- Já. – ela despiu o curto e justo top que trazia vestido sob o olhar atento de Tom. – Mas a dois tudo tem mais piada. – levantou-se e deixou que o top escorregasse das suas mãos até ao chão. – Não achas? – sorriu-lhe e viu o olhar de Tom percorrer o seu corpo como se nunca a tivesse visto naqueles trajes, como se nunca na vida tivesse visto qualquer mulher naqueles trajes.
- Completamente. – Tom não sabia para que parte do corpo de Silvie olhar. Não sabia se se havia de centrar no peito firme e empinado dentro do minúsculo biquíni ou se devia percorrer todas as suas curvas na íntegra. Ela era, sem margem de dúvidas, a mulher mais bonita que alguma vez Tom tivera diante dos olhos.
- Vais ficar aí sentado?

2 comentários:

  1. '' Primeira regra, nunca dizer que se tem sexo ou vai soar a fake. – respondeu.
    - Isso quer dizer que tu és um fake autêntico!
    - Como Deus tenho direitos'' - ÉPICO. xD
    agora a opinião geral: este Tom é muito estranho! Aliás, é o Tom mais estranho que alguma vez descreveste numa história. Estava tão desesperado e mostrou-o tanto que até assusta XD
    Bem, parece que o Bill já se decidiu 8D 'men rule!' xD
    A partir de aqui estou para ver como se vai desenrolar, já que a Silvir já se rendeu aos encantos kaulitzescos xD (que raio de palavra esta o.o).
    disseste que esta história vai ser bem mais pequena que a Magnólia, espero que isso não seja por desinteresse á história, pq tu fazes coisas maravilhosas e dignas de serem lidas quando te aplicas bem nisto.
    i'll keep waiting!
    xxxxxxxxxx

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  2. já agora: num destes capítulos fizeste referência à «Blackout» dos Muse (nome que inspirou a história - claramente!). Hoje estive a ver o meu lindo HAARP que não via há mt tempo (sabes o que é o HAARP? é um dvd dos Muse de Junho de 2007 gravado no estádio de Wembley), pronto, estava eu a dizer que o vi hoje e quando passei por esta música... woowwww, esta música é de facto um show autêntico... absolutamente maravilhosa e das mais bonitas que os Muse já fizeram. :) já percebo pq é que o Absolution é o teu preferido :)
    xxxxxxxxx

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