quarta-feira, 13 de abril de 2011

[ 9 ]

Desculpem-me o atraso mas não tenho estado em casa tempo suficiente para escrever na fic. Em todo o caso, o próximo deve vir no fim de semana, mais ou menos.
beijinhos* e obrigada pela paciência!


Bill e Tom estavam naquela ilha há cerca de uma semana e meia e a única coisa que se tinham preocupado em fazer era procurar Silvie. Quer Tom quer Bill estavam vidrados nela e nada parecia abalar-lhes a expectativa de se cruzarem com ela a qualquer momento.

- Vamos ver da Silvie? – perguntou Bill quando se sentou numa mesa em frente ao irmão.

- Para quê? Para chegares lá e dares com a cabeça na porta novamente? – Tom falou acabando de organizar uns papéis com umas pautas, estivesse onde estivesse era difícil desgrudar da música.

- Agora ela pode já lá estar, não sabes. – encolheu os ombros e Tom olhou-o.

- Porque é que tu queres tanto vê-la?


- Vamos voltar ao mesmo, Tom? Andas a fugir desta conversa há séculos mas passas a vida a atirar-ma à cara! – refilou.

- Então ‘bora, vamos conversar! – cruzou os braços largando tudo e olhou Bill fulcralmente. – Força. Podes começar.


- O que é que tu queres mesmo saber? – perguntou só para ter certezas.

- Tudo. – o rosto de Tom parecia impenetrável.

Bill decidiu contar todo o percurso, desde ter tentado saber o porquê de ela ter realmente desistido até ao pedido de desculpas que a levaria a parar e sentar-se consigo numa das palmeiras. – O resto é história.


- Da melhor suponho eu.


- Sim, Tom. Ela é podre de boa, super sexual, arrasa qualquer um, é a mulher perfeita, é tudo aquilo que queiras imaginar mas não me culpes por ela não querer nada contigo!! – refilou exaltado. – Já alguma vez pensaste que grande parte das mulheres não vive meramente para gajos que queiram apenas sexo?! Já?! – levantou-se da mesa andando às voltas. Tom olhou-o.

- E porque raio é que eu tenho sempre que ser esse gajo? Porque merda nesta história sou eu novamente esse gajo quando foste tu que a fodeste?! Diz-me! – pediu seguindo-o com olhar. – Ou já não foi a primeira vez…? – perguntou.

- Neste momento eu sou a pessoa mais confusa à face da Terra, - começou – questiono-me todos os dias sobre o que fazer, o que escolher mas sinto-me impotente para o fazer, e a partir do momento em que a Silvie entrou na minha vida estou ainda pior. Achas que me sinto bem? – Bill sentou-se no sofá de cotovelos nos joelhos e cara nas mãos. Tom olhou-o intrigado. Não notava nada de novo no irmão e mesmo depois do sexo com a Silvie não o notava absolutamente nada diferente ou reticente. Como é que Bill poderia sentir aquilo tudo que dizia se Tom não o sentia? Estaria Bill a controlar o seu ser e alma de modo a não ser transparente ao seu gémeo?

- E porque é que eu não sinto nada disso que estás a dizer? – o tom de discussão acalmara. – Estás a esconder-te de mim, Bill Kaulitz?


- Não me chames Bill Kaulitz, pareces a mãe. – não levantou sequer a cara das mãos.

- Então conta-me o que se passa! Já antes de virmos para aqui tu estavas estranho, parecias distante e meio na lua mas agora eu não te noto assim. O que é que te aconteceu durante a Tour? – perguntou. – Da última vez que te fiz esta pergunta acabaste por me responder que conheceste um rapaz… - olhou-o ainda de cara enterrada nas mãos - … mas isso para mim não quer dizer absolutamente nada, meu. Se se passou mais alguma coisa devias saber que podias confiar em mim… mesmo que não o tenhas feito aquando da Silvie.


- Eu contei-te da Silvie. – ignorou toda a conversa anterior de Tom. Não estava em condições para lhe contar a confusão sobre a sua sexualidade e era verdade que tentava de tudo para que Tom não se apercebesse que alguma coisa não estava bem, mas não lhe podia dizer isso. Não gostava do facto de lhe esconder coisas, nunca fora assim habituado, mas desta vez era necessário.

- Porque te desbroncaste! – rolou os olhos.

- Não me desbronquei, irritei-me contigo e quis mandar-to à cara! Simples.


- Super simples. – ironizou. – Mas porque raio estás confuso? Não me vais contar?


- Não agora, Tom.


- É assim tão grave? – tinha sensação de já ter feito aquela pergunta antes.

- Não é grave, é anormal mas não é grave. – encolheu os ombros e levantou-se. – Vamos à Silvie ou não?


- Anormal mas não grave? – não percebera. – Nunca me senti tão impotente em relação a ti. – confessou abanando a cabeça em negação.

- É por te sentires impotente que a Silvie não quer nada contigo. – riu-se aliviando a tensão.

- Eu disse contigo não com ela. – Tom riu-se também, apesar de não ter achado assim tanta graça nem de se ter esquecido do assunto pendente que estava entre os dois. O que é que será que Bill escondia de si?

~

Estava novamente de volta dos desenhos e de todas as peças que por ela mesma já tinha fabricado, apenas durante aquela semana. Cada vez que pensava voltar á ribalta dos palcos e das sessões fotográficas tinha arrepios sucessivos correrem-lhe a espinha mas, se a experiência não lhe falhava, isso era sinónimo de perfeccionismo.
Despiu o top e os calções de trazia vestidos e envergou sobre o corpo um vestido roxo, feito de uma única faixa de tecido, abrindo numa racha à frente. Olhou-se ao espelho e realizou que não perdera o jeito.
Olhou os outros três vestidos pousados sobre o sofá. Até àquele dia nunca se apercebera da facilidade que tinha em passar para o real aquilo que desenhava no papel, para além de modelo era sem dúvida alguma uma grande produtora.

- Silv… - Tom ficou a meio do seu nome ao espreitar para dentro da sala e ver Silvie naquele vestido.

- Olá, Tom. – sorriu dando uma volta sobre si mesma ao ver a curiosidade e embasbacamento com que Tom percorria o seu corpo. Bill entrou. – Olá, Bill.


- Estás tão gira! – Bill avançou rapidamente até ela fazendo-a dar mais duas voltas sobre si. – Adoro esse vestido! Onde é que o compraste? Deve ter sido num daqueles costureiros famosos, não? Quem foi? – Tom avançara até aos desenhos, podendo agora observá-los com minúcia enquanto Bill fazia uma data de perguntas seguidas não dando sequer tempo a Silvie de responder.

- Foi ela que o fez. – Tom falou, pegando no desenho a que aquele vestido correspondia. – Estou errado? – olhou-a. Depois daquela cena há cerca de uma semana atrás naquela mesma praia a maneira como ambos se olhavam tinha mudado.

- Estás certo. – ela respondeu mantendo o contacto visual.

- A sério? – Bill espantou-se. – Foste tu que o desenhaste e o criaste!?


- Sim. – encolheu os ombros. – Não é de nenhum alto costureiro! – riu-se.

- Tens mesmo jeito, devias fazer disto vida. – ela sorriu ao pensamento.

- É isso, não é? – Tom tivera uma luz. – É isso que planeias fazer para regressar! – bastava juntar 1 com 2 e a resposta era óbvia.

- É uma das coisas, sim. – teve que concordar, afinal era mesmo aquilo que planeava fazer.

- Espera aí… - Bill tinha ficado atrapalhado. - … tu tens este talento imenso e nunca ousaste sequer propor ser a tua própria estilista ao Marcele?!


- Achas que ela lhe ia propor isso? – Tom revirou os olhos estando a par da relação dela com Marcele, já Bill não percebera.

- Qual era a cena?


- A cena era que… - ela começou meio desnorteada - …era mais giro vestir outras pessoas… em vez de mim própria! – respondeu, ainda que atrapalhadamente.

- E isso era mau? – ele perguntou novamente enquanto Tom se resumiu à sua insignificância ao aperceber-se que Silvie não queria que Bill soubesse. Tom não percebia era porquê.

- Não, mas não era giro. Pelo menos não no meu mundo. – encolheu os ombros. – São giros? – perguntou a Tom ao vê-lo observar cada desenho ao pormenor. Ignorou Bill completamente, não queria mesmo falar daqueles assuntos ou acabaria tudo em pantanas novamente.

- Tens mesmo muito jeito, rapariga. – olhou-a. – Mas também dás muito bem como modelo. – riu-se rodando o piercing.

- É multifacetada a miúda. – Bill riu também e Silvie sorriu ao elogio de modelo. Não era o primeiro que Tom lhe fazia, podia ser o não mais oportuno, mas um elogio vindo de alguém como Tom era sempre bem vindo.

- Tenho uns quantos talentos escondidos, sim. – riu. – Mas que vos traz por cá? – ela perguntou voltando a arrumar os vestidos no armário e dar espaço a que os dois se sentassem. Ela manteve-se de pé, olhando-os.

- Há séculos que não te víamos. – disse Bill.

- Saudades minhas? – ela olhou em especial para Tom e Bill não conseguiu ficar indiferente, alguma coisa se tinha passado entre aqueles dois, mas ele não conseguia decifrar o quê. Sexo certamente não tivera sido ou Tom já lho tinha atirado à cara, mas…

- Claro! – disse – Gelado? – Bill levantou-se.

- Boa ideia! Só preciso de me trocar. – ela disse.

- Por mim podes ir assim como estás. – Tom mantinha-se sentado no sofá, rodava o piercing cada vez que Silvie dirigia o olhar até si, tinha certezas que aquele movimento não a deixava indiferente a si, e acima de tudo tinha mesmo que conseguir conquistá-la e ser, pelo menos, o único a superar a fase difícil de Silvie. A merece-la, segundo as suas palavras. Tinha que conseguir o que queria dela e tinha que lhe dar aquilo que queria também receber, iria fazê-la sentir-se de tal maneira bem que recusá-lo à primeira tentativa tinha sido realmente má ideia.

- Dispenso andar a passear aquilo que fiz quando a finalidade dele não é propriamente essa. – disse dirigindo-se ao quarto. Bill saíra da sala com uma gargalha ao ouvir a resposta dela ao irmão e Tom deteve-se perante os desenhos que o deixavam de queixo caído. Gostava de de vez em quando dar um jeito com um lápis numa folha para desanuviar a cabeça, mas o trabalho que se expunha à sua frente não era meramente um passatempo, algo sem significado ou sabor que ela lhe tivera dito da primeira vez que ele viu aqueles mesmos desenhos. O que é que ela planearia mesmo fazer? Qual era o culminar de tudo aquilo?

Nota: desculpem a formatação --"

1 comentário:

  1. '- E porque raio é que eu tenho sempre que ser esse gajo? Porque merda nesta história sou eu novamente esse gajo quando foste tu que a fodeste?! Diz-me! ' está forte, muito forte.
    desculpa estar a responder rápido , mas quero ler tudo primeiro :)
    ahh e essas notas no fim sem ser em itálico ou () fazem-me confusão xD sou tão coisinha com estas coisas XD

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