segunda-feira, 9 de maio de 2011

[ 13 ]

E pronto, cá está outro. Mais palha para cima, o próximo é importante este assim assim. Desculpem-me a imagem não ser grande coisa, mas este cap ainda não tinha imagem e foi à pressa que tenho trabalhos para amanhã --"
Estou a ver que há pessoal confuso mas não se preocupem o meu objectivo desde o início é confundir um bocado (nada de mais mas pronto xD) mas no fim tudo ou fará sentido ou nunca irá fazer sentido, isso decidem vocês. Até lá prometo regressar mais rapidamente, não sei é quando.
Beijinhos e obrigadas!


- Eu não achei piada ao aspecto deles… - Silvie comentava com Tom olhando constantemente por cima do ombro até os pais de Peter se perderem de vista. - … não me pareceram de confiança!


- Nem a mim, mas se são pais dele e ele os reconheceu como tal certamente só o aspecto é que é mau. – Tom encolheu os ombros, também não tinha achado piada nenhuma ao aspecto descuidado e desgrenhado daquelas duas pessoas, mas Peter parecia sentir-se bastante bem com eles por isso não deveria ter nada com que se preocupar.

- Ai, mas faz-me confusão. – cruzou os braços e sentou-se no muro que dava acesso à praia. Tom parou quando não a sentiu segui-lo.

- Mas vais amuar por não gostares do aspecto dos pais do puto? – perguntou voltando atrás.

- E se?


- E se… ficas aí sozinha, e se! – voltou ao caminho.

- Tom…! – chamou-o.

- Diz, Silvie? – perguntou estagnando outra vez, olhando-a de mãos nos bolsos.

- Podemos segui-los? – pediu quase inocentemente. Tom riu-se.

- O quê?! E ainda o Bill diz que eu é que sou paranóico, tá bem tá! – observou. – És boa da cabeça? – perguntou.

- Sou boa da cabeça aos pés. – atirou.

- Essas novidades não preciso que mas dês. – revirou os olhos ele tinha espetado na cara o quanto boa ela era. – Mas obrigado na mesma.

Ela levantou-se ajeitando os calções. – Vens comigo? – perguntou voltando ao passeio, recuando caminho.

- Mas tu vais mesmo? – pensara que ela desistira.

- Tom. – bastou dizer o seu nome.

- Ok, eu vou contigo. – elevou as mãos no ar em rendimento. Não a conhecia assim há tanto tempo mas sabia que tinha uma ligação qualquer com ela. Apercebera-se realmente disso quando ela lhe confidenciou toda, ou quase toda, a sua vida. - Não gosto do facto de teres tanta autoridade sobre mim. – refilou quando se deslocou até ela e começaram a caminhar por onde Silvie tinha visto os três elementos desaparecerem.

- Acho que viraram aqui. – ela quase sussurrou, virando uma esquina com não muito bom aspecto.

- Eu não acredito que estamos a fazer is… - Silvie deu-lhe uma canelada, quando ele chocou contra si por ter parado de repente, pedindo-lhe em murmúrios severos que se calasse. – Au! – quase não fez barulho. – Gosto mais de ti em versão biquíni, és menos bruta. – refilou baixinho vendo vultos passearem-se a uns 100 metros de si. – Quem são?

- Achas que eu sei quem são? – ela virou-se para ele com um olhar que fez Tom sentir-se estúpido.

- Ok, e vais avançar ou vamos ficar aqui feitos otários a olhar para coisas a mexerem-se sem sabermos o que são? – perguntou num refilar calmo próprio da sua personalidade.

- As duas coisas. – disse recuando, levando Tom por um braço até à rua principal.

- Não percebi… – Tom tinha a cara mais parva e confusa que alguma vez se lembrava de fazer, estampada no rosto.

- São traficantes de droga. – cruzou os braços e olhou-o.

Tom olhou a esquina e seguidamente olhou Silvie. – Não dava para ver nada, como é que tu te apercebeste?! – de facto não percebia.

- Existem sombras e conversas, mas tu pareces que fechas os olhos a tudo e a refilares constantemente é normal que não ouças a ponta de nada! – esbracejou.

Ele elevou a sobrancelha esquerda. – Então os pais do puto são traficantes de droga e estão hospedados num hotel… de quatro estrelas? – aquilo não encaixava.

- Os traficantes de droga são muito pobres? – perguntou.

- Depende.


- Pois.


- Então mas e o aspecto deles? Se eles não são muito pobres porquê vestirem-se daquela forma?


- Então vamos investigar. Quanto tempo tens mais aqui na ilha? – Tom esbugalhou os olhos. O quê? Em que é que ela se queria meter?

- Estás armada em FBI ou assim? Não me digas que já fos… - foi interrompido.

- Não fui nada, mas vejo muitas séries! – rematou.

- Claro. – Tom não sabia se havia de rir ou dar meia volta e mandá-la passear. – Estás bem? – perguntou só para ter a certeza que ela não estava louca ou algo parecido a isso.

- Por amor de Deus, homem há uma criança de 5 anos, com uma grande afeição por ti assim só por acaso, metida num negócio de drogas!! – Tom olhou-a intrigado. – Consegues ser assim tão insensível?! – estava enervada, assuntos daquele calibre ferviam-lhe as veias e trocavam-lhe as voltas. Odiava. Era sensível demais no que tocava a crianças, era sensível demais no que tocava o seu passado a que apenas ela tinha acesso.

Tom deixou-se abater sobre si mesmo por momentos, lá estavam novamente a acusá-lo de não ser sensível ou ter sentimentos visíveis. Silvie estava a fazer o mesmo jogo que Bill fizera consigo há uns dias atrás por causa dela. – Cerca de um mês. – respondeu à anterior pergunta. – Achas que chega?


- Não sei, - suspirou – mas podemos tentar. – encolheu os ombros.

- Voltemos para a praia que esta situação toda já me trocou os hemisférios. – disse. – E está quase a anoitecer.


- E eu ainda não fui às compras! – ela lembrou assim que começou a caminhar com Tom.

- Eu não tenho culpa disso. – encolheu os ombros – Tu é que te armas-te em mulher d’armas e do FBI e que vê muitas séries e não sei quê, não fui eu!


- Se isso é o teu sentido de humor eu rio-me, se não eu vou manter-me calada. Qual escolhes? – perguntou com ar sério.

Tom olhou-a sem perceber. Era impressão sua ou cada passo que dava naquela ilha era mais confuso que o anterior? Era realmente impressão sua ou o seu mundo, o seu cérebro e a sua vida no geral tinham sido voltados ao contrário e ele não percebia absolutamente nada do que se passava à sua volta e até consigo? Estaria internado nalgum hospício e estava naquele momento a sonhar? Talvez.

- É uma mistura das duas coisas. – encolheu os ombros olhando em frente sem saber aquilo que devia realmente responder.

Ela olhou estacando no meio da estrada não percebendo.

- Que é agora? – ele voltou-se.

- Nada. – encolheu os ombros e voltou a andar ou mais 5 segundos e era atropelada. Afinal não era só ela que não batia bem da cabeça, Tom também não era muito normal.

[…]

- Bem vocês levaram uma tarde inteira numa cama?! – Bill perguntou assim que sentiu Tom e Silvie entrarem em ‘sua’ casa.

- Não foi a tarde toda e além disso não foi só na cama. – Tom sentou-se, estafado, no sofá. – Mas simplesmente encontrámos um puto e fomos levá-lo aos pais, depois esta sujeita decidiu-se a ir atr… - Tom foi interrompido por Silvie.

- Decidi-me a ir às compras mas não encontrei nada de especial nas lojas que o Tom escolheu. – ele abriu a boca para falar mas Silvie calou-o novamente. – Não foi, Tom?


- É, foi isso foi. – ele acenou afirmativamente olhando-a intrigado e confuso. Havia problema de esconder a Bill a desconfiança que tinham tido dos pais de Peter? Não a percebia. – Que é o jantar? – perguntou descalçando-se.

- Salada. – Bill sentou-se numa das cadeiras a beber uma garrafa de água.

- Outra vez?


- Não és vegetariano? Então é isso: vegetais. – Silvie riu-se da observação, sentando-se no sofá ao lado de Tom.

- Então vou virar sojiano ou tofusano ou vegetarianosojianotofusano, assim já posso variar alguma coisa. – Bill descascou-se a rir da palavra complexa que o irmão formara e Silvie olhou-o com um sorriso de troça. – Que foi? – perguntou. – Não é melhor? Ou menos assim já tenho uma variedade de comida razoável, agora estar sempre a comer alface, tomates, rúcula, espinafres e essas cenas todas de que este gajo também tem a mania para as dietas e…


- Por amor de Deus cala-te. – Silvie interrompeu-o levando as mãos à cara e Bill voltou a rir, desta vez da cara que Tom fizera. – Estás chato.


- E tu és confusa! – disse-lhe.

- Novidade nº1. – respondeu ironicamente. Levantou-se. – Meus senhores, tenho mais que fazer. Vemo-nos depois. Beijinhos. – e dirigiu-se à porta.

- Não jantas? – Bill perguntou.

- Claro que janto, tal como as outras pessoas normais. – Tom revirou os olhos ao comentário.

- Eu reformulo a pergunta dele: não jantas cá? – perguntou.

- É bom ter um gémeo, não é Bill? – riu-se saindo definitivamente daquela casa.

- Ela vai levar-me à loucura. – Tom marcou a mão na testa e desabafou.

- Como se tu não fosses gostar disso. – Bill sorriu.

Silvie atravessou a praia embrenhada nos seus próprios pensamentos e relembrando as suas próprias vivências. Não, nunca se tinha metido nas drogas mas tinha tido um problema com isso

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