sexta-feira, 19 de agosto de 2011

[ 18 ]



Silvie acordou pela manhã com um sorriso resplandecente na cara, a noite passada tinha sido qualquer coisa do outro mundo e o culpado disso era nada mais nada menos que Tom Kaulitz.
Virou-se na cama e comprovou que Tom já não se encontrava lá, mas ao contrário dele, a roupa que envergava no dia anterior permanecia espalhada pelo chão do seu quarto. Voltou a sorrir ao aperceber-se que ele não tinha propriamente fugido de si e levantou-se envergando as suas cuecas e um top negro pousado sobre a cadeira existente.

- Bom dia! – Silvie cumprimentou quando chegou à cozinha e viu Tom de volta da máquina das panquecas.

- Bom dia, alegria!

- Uhh, acordámos animados… - constatou cercando-o por trás pousando as mãos nos seus peitorais descobertos, dando-lhe um beijo no ombro.

- Se a noite for boa, eu acordo sempre animado… - riu-se voltando-se para ela beijando-lhe sensualmente os lábios.

- Então e se a manhã for boa, o que é que vai acontecer? – perguntou saltando-lhe para o colo fazendo Tom agarrá-la pelas nádegas de forma a suportar o seu peso.

- Se a manhã for boa… - traçou uma linha de beijos pelo seu pescoço à medida que prolongou a resposta. - … vou queimar as panquecas! – riu-se chegando aos seus lábios.

- E se eu te disser que neste momento não gosto de panquecas? – perguntou mordendo-lhe o lábio inferior no sítio do piercing.

- Hum… - pousou-a sobre a bancada e rodeou-lhe as ancas com ambas as mãos à medida que os seus lábios desciam até ao seu decote. - … isso far-me-ia perguntar-te porque é que neste momento possuis uma máquina de panquecas… - subiu até aos lábios dela, novamente, beijando-os com a garra que o caracterizava e com o fogo que aquela conversa começava a acender em si.

- Só há uma coisa que eu era capaz de possuir neste momento… - sussurrou arrastando os seus lábios pelo pescoço dele mordendo-lhe levemente o lóbulo.

Tom gemeu sentindo-se cada vez mais excitado pela conversa que ela insistia em respirar ao seu ouvido.

- … e o que era? – perguntou.

- Não achas a resposta óbvia? – perguntou num tom puramente sexual parando tudo o que estava a fazer para o olhar fixamente nos olhos.

- Não, quero que me expliques. – respondeu levando as mãos ao tronco da rapariga fazendo o top deslizar da sua vista. – E que exemplifiques. – acrescentou. Sorriu-lhe matreiramente e levou os seus lábios ao peito desnudado de Silvie.

~


Bill acordara numa manhã solarenga que bem podia ser saída dos seus sonhos se não tivesse certezas de que estava nas Maldivas. De férias. E, acima de tudo, feliz.

- Tom? – chamou pelo irmão, apetecia-lhe ir para a praia, mas não lhe apetecia propriamente ir sozinho, como tal a melhor solução seria levar o outro Kaulitz consigo. – Tom! – chamou novamente ao não obter resposta. Dirigiu-se ao seu quarto e deparou-se com a cama ainda por desfazer. – Não dormiu em casa. – constatou.

- Posso saber que coisa é essa? – Tom estava tecnicamente lixado pelo irmão lhe esconder aquilo que contava a toda a gente menos a ele. Bem, a toda a gente é como quem diz, mas a partir do momento que conta a Silvie, que mal conhece!, e não lhe conta a ele é caso para ficar no estado em que estava naquela tarde.


- Eu conto-te, mas não agora. Um dia…


- Ya, um dia. No dia de S. Nunca à Tarde, queres tu dizer! – estava irritado. – Não confias em mim? – perguntou seriamente.


- Talvez confie mais em ti que em mim próprio, Tom. – respondeu sinceramente sentando-se no sofá olhando a posição altiva que Tom adoptava.


- Então porque é que não me contas?! Isto baralha-me, Bill! Por uma vez na vida não te consigo ler, e isso chateia-me! – desabafou.


- Imagino…


- Não, se imaginasses contavas-me! – refilou apontando-lhe o dedo. Aquilo nunca tinha acontecido entre os dois e tal acontecimento deixava Tom frustrado mas, talvez e acima de tudo, triste. Parecia que Bill não confiava nele, não lhe dava crédito suficiente.


- É apenas uma maneira de te proteger, Tom mas mais cedo ou mais tarde vais saber. – levantou-se dirigindo-se ao quarto.


- Proteger?! Proteger? Que idade é que eu tenho afinal? 6 anos?! – perguntou totalmente chateado.


- Tu vais dos zero aos 24 anos consoante o assunto e neste caso, - sorriu-lhe – talvez tenhas mesmo 6 anos.


- Eu não acredito, e ainda por cima goza comigo! – indignou-se olhando o irmão. – Não contes comigo para jantar! – berrou-lhe saindo porta fora.


Bill suspirou, tinha mesmo que lhe contar ou toda a confiança entre os dois morreria todos os dias mais um bocadinho.

Tinha mesmo que lhe contar. – Não pode passar d’hoje! – determinou-se dirigindo-se ao duche. Tom certamente estaria em casa de Silvie. Ou num bar. Ou num Hotel com alguma gaja de segunda. Hum, talvez o melhor fosse esperar por ele na praia.

[…]


- Não te cheira a queimado? – Silvie perguntou arfante, saindo de cima de Tom e deitando-se ao seu lado.

- As panquecas. – ele respondeu no mesmo tom apoiando a cabeça nos braços cruzados por baixo da mesma. – Vai desligar aquilo.. – pediu-lhe virando a cabeça para ela.

- Que lata, foste tu que a ligaste! – riu-se.

- Mas tu estás mais perto da bancada…

- Isso, lembra-me que acabei de foder Tom Kaulitz no chão da minha cozinha! – levantou-se, aquele cheiro incomodava quando nada se sobrepunha a ele.

- Olha só a desgraça! – ele riu-se vendo o corpo nu de Silvie dirigir-se à bancada. – Estás com bom aspecto… - deitou-se de lado apoiando o cotovelo no chão e a cabeça na mão.

- Quem? – ela perguntou. – Eu ou a panqueca? – riu-se colocando a panqueca num prato e mostrando-a a Tom.

- Hum… - Tom parou para pensar alternando os olhos entre a panqueca totalmente negra e Silvie.

- Tom, estás sequer a considerar comparar-me, nua!, a uma panqueca esturricada… ? – perguntou revirando os olhos.

- Sim, realmente é estúpido… - ela sorriu pensando naquilo que vinha a seguir e que provavelmente os levaria ao segundo round daquela manhã. - … a panqueca bate-te aos pontos! – riu-se levando com a panqueca na cara.

- És tão parvo! – pegou na roupa que lhe pertencia e saiu da cozinha.

Tom correu atrás dela, vestindo atabalhoadamente os boxers, e agarrou-a pelo braço e encostando-a ao seu corpo. Olhou-a seriamente nos olhos e pousou-lhe o dedo indicador sobre os lábios impedindo fosse o que fosse que ela queria dizer. Substituiu o dedo pelos seus lábios e envolveu os dois num dos beijos mais mágicos que qualquer um deles alguma vez pensara sequer realizar. Tom deixou-se levar por aquilo que a sua personalidade mandava fazer. Aquele ser não era famoso, não era irmão de ninguém, não era filho de ninguém, não era o Tom Kaulitz, não tinha problemas, era meramente o Tom: um, ainda, puto de 24 anos que gostava de ser levado a sério de vez em quando e que acima de tudo tinha gostado daquilo que se tinha passado naquela noite e especialmente naquela manhã. Nunca na vida Tom tinha tido intimidade suficiente com alguém do sexo feminino para fazer o jogo, a brincadeira de palavras, que tinha acabado de realizar com Silvie. O mais estranho? Tinha gostado. E muito. Tinha-se sentido bem consigo mesmo e com a presença dela.

Silvie quebrou o beijo ao mesmo tempo que sentia os seus joelhos cederem ao peso de qualquer coisa que não estava ali na noite anterior. Sentia-se diferente depois daquele beijo e estranhamente sentia-se feliz com isso. Sorriu e encostou a testa à de Tom.

- Vais comer aquela panqueca até ao fim ou eu não me chamo Silvie Ports. – disse.

Tom riu-se. – E se eu decidir comer a outra escolha? – pegou nela ao colo e encaminhou-os para as traseiras da casa onde sabia se situar o jacuzzi.

- Odeio a maneira como me consegues dar a volta… - bufou contra os lábios de Tom sentindo-os abrir novamente numa gargalhada.

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